sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

DIFERENÇAS

Nem sempre fica muito claro, para mim, as diferenças do bom e de mal na fábrica. Explico melhor – a liderança, gerência ou até mesmo a diretoria, muitas vezes, não toma atitudes corretivas, quando a situação exige, assim como não valoriza os acertos quando deveria.

Nessa falta de avaliar o bom e o ruim, permitem que se misturem bons e maus profissionais, comprometendo resultados.

O funcionário que é comprometido, bom, enfim corresponde em todas as expectativas acaba se desmotivando diante da falta de ação da chefia, quando esse deve punir o faltoso e não o faz.

Vocês já ouviram falar em “meritocracia”? O que é isso?

Nada mais do que valorizar quem merece.

O bom deve ser valorizado assim como o ruim deve ser penalizado. Caso isso não aconteça dentro da fábrica estaremos nivelando todos por baixo, ou seja, que ganho eu se sou bom e não reconhecido, principalmente, se a meu lado tem alguém completamente descompromissado e a reação do meu chefe é zero?

As empresas ainda não perceberam que essa diferença poderá ser um fator relevante nos resultados. Ainda sobre esse assunto acredito muito na valorização através de números conquistados.

Considero injusto pagar os mesmos salários para esses dois tipos de profissionais. Advogo em favor de quem mais trabalha mais deveria receber. Isso é no mínimo justo.

A premiação de produção deveria ser lei, onde os números mostrarão claramente essas diferenças.
Sr. Empresário me responda, se for capaz – “o que o leva a ficar com um funcionário que não está rendendo para sua empresa”? Você ainda não percebeu que além de não fazer sua obrigação poderá comprometer o trabalho daquele que está disposto e pronto para produzir?

Falta de visão desse empresário que ao findar o mês chora porque mais uma vez teve “prejuízos”. Não poderia ser diferente, ele não tomou atitudes que valorizasse o bom, permitiu que “ervas daninhas” matassem o bom...

Aprenda a valorizar, aplique a meritocracia e quem sabe, num futuro não muito distante terá motivos para comemorar, caso contrário continue com sua visão atual onde não existem diferenças entre o bom e o ruim...


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

MAIS UM INIMIGO DA PRODUÇÃO - A PRATELEIRA

Pode parecer estranho, mas afirmo que a prateleira dentro do setor produtivo é um grande inimigo ao fluxo de mercadoria.

Toda vez que se faz um “pacote” e esse é colocado na prateleira significa a morte do fluxo de mercadoria. Isso significa dizer que o produto entrou na “fila” para ser trabalhado. Exatamente o contrário do que estamos adotando na produção. A peça precisa ter continuidade no processo, sequência contínua, sem interrupções, ou seja, precisa caminhar na direção da última operação. Quando vai para a prateleira, tudo isso “morre” ...

Estamos mais uma vez privilegiando a operação em prejuízo do produto final.

É necessário eliminar as prateleiras, assim como as mesas intermediárias. Nada poderá mudar o caminho do produto em direção ao processo final, caso contrário não teremos números satisfatórios.

Fazer “pacotes” é perda de tempo. Não agrega valor ao sistema! Tenho observado várias empresas que têm meninas só para fazer pacotes... Absurdo! Que operação é essa?

O mais lamentável é que a encarregada não enxerga que a menina acabou de amarrar o pacote e a costureira desamarra-o para fazer sua operação. Infantil. Seria cômico se não fosse trágico.

Trágico para a produção que já tem vários inimigos como por exemplo ritmo lento de costureiras, processos complexos de costura, qualidade ruins de corte e modelagem, máquinas com manutenção precária. Agora queremos conviver com mais um?

Parece que estamos numa guerra que não faltam inimigos por toda parte. Não alimente mais um, pois de repente esse poderá ser aquele que lhe dará o “tiro” final...



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

COMPENSAÇÃO

Muito tenho criticado e orientado, em minhas matérias, a liderança e todo trabalho de encarregadas de nossas confecções. Preciso fazer isso, não porque gosto, mas sim por necessidade e tentativa de ajudar essas profissionais.

Acontece que em certas empresas o trabalho executado por esse pessoal é tão maravilhoso que me deixa satisfeitíssimo. É lindo quando se enxerga o setor de costura “bombando” produção, as costureiras sempre querendo mais, produzir é a palavra-chave, todas comprometidas, buscando bater recordes de produção, atuando como se tudo aquilo fosse seu. Maravilha!

Temos que valorizar o desempenho dessa liderança que está administrando a produção, até porque isso não acontece por acaso. É muita insistência, garra, energia que é transmitida para a equipe. Na verdade isso tudo se transfere para resultados.

Tenho acompanhado algumas fábricas onde as pessoas são respeitadas, valorizadas e sentem um orgulho dos resultados, que de forma natural acabam sendo sensacionais.

Isso posso chamar de compensação! Compensação em relação a tantas outras fábricas que, muito embora tenham o mesmo potencial como essas citadas, não têm a mesma sorte de terem lideres fantásticas.

Eu falei sorte. Será que é só isso?

Não acredito. Quero acreditar que é uma soma de fatores. Uma diretoria que atua de forma brilhante, encarregada com conhecimento técnico, com garra, que tem atitudes, coragem, enfim, sabe conduzir seu grupo.

Puxa! Que coisa maravilhosa!

Essa situação me dá forças para continuar “brigando” pelas coisas certas e sempre acreditando que um dia isso tudo não será exceção, mas sim uma coisa rotineira.


Acredite também, compensa...