sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

DIAS DIFÍCEIS

Pela situação em que se encontra o país (tanto econômica como politicamente) o que nos resta é esperar dias bem difíceis.

O mercado não está comprador, pois o poder aquisitivo do brasileiro vem caindo assustadoramente. 

Impostos subindo, falta água, falta energia elétrica, mais taxas, enfim tudo faltando, tudo subindo. 

Esse povinho já não aguenta mais, mas quem mandou não saber votar? Desculpem, esse é outro assunto, o que importa é que teremos dias difíceis.

Como enfrenta-los?

Em primeiro lugar é importante ser eficiente. Aproveitar da melhor maneira possível os recursos (principalmente a mão de obra). Depois cortar gastos desnecessários que elevam os custos. Quando falo em cortar gastos não estou me referindo aos cortes miseráveis, como cafezinho, papel higiênico e outras bobagens, mas cortes muito mais profundos como –

1.       Buscar parceiros mais fiéis no que tange aos fornecedores. Tentar comprar melhor e somente o necessário para a manutenção da empresa.

2.       Eliminar estoques de toda espécie (matéria prima, produtos em processo, produto acabado).

3.       “Matar” todo e qualquer gargalo no processo produtivo.

4.       Negociar com seus credores. Não pagar juros.

5.       Negociar também com o cliente (entregar antecipado seu pedido e consequentemente receber antecipado, sempre que possível).

6.       Trabalhar “enxuto” ou seja, se tiver carga de trabalho para 1,5 pessoa, não tenha 2, mas sim apenas 1 pessoa.

Enfim, existem muitas maneiras de “passar por dias difíceis”, porém tudo isso depende de você. 

Lembre-se ou você aperta o cinto ou seus dias difíceis não terão mais fim...

Uma coisa é certa – só com muito trabalho e uma dedicação, acima do normal, poderemos enfrentar esse período turbulento, que com certeza se tivéssemos um governo menos corrupto e bem intencionado não precisávamos passar por isso.


Que Deus nos ajude...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A GRANDE MUDANÇA NOS RESULTADOS DE NOSSOS FUNCIONÁRIOS

Tenho ouvido, com muita frequência, os proprietários de confecções se lamentarem pelos cantos da fábrica dizendo que no passado conseguia produzir muito mais com menos gente. Qual a razão desse fato, que é uma realidade.

É necessário fazer uma análise comportamental desse funcionário para chegarmos às conclusões.

Antes de mais nada fica evidente que a evolução do homem fez com que sua postura modificasse.

O mundo mudou, poderemos enumerar essas mudanças –

1.       Maior força da mídia, que desta forma teve um grande papel no comportamento humano;
2.       A necessidade de atender um cliente cada vez mais exigente no que tange em buscar mais opções de modelos. No passado tínhamos grandes quantidades de peças por modelos. Hoje temos muitos modelos com quantidades pequenas. Esse fenômeno provocou uma ruptura na continuidade do processo produtivo, gerando dessa forma, uma redução no número de peças a se produzir.

3.       As reduções de horas trabalhadas. Num passado, não muito distante, era habitual as confecções terem turnos mais longos, hoje existem campanhas para cada vez mais se reduzir essa jornada.

4.       A concorrência mais forte obrigando um compromisso muito grande com relação à qualidade, fato que de certo modo, obriga o setor a ter mais gente.

5.       Também a sua costureira mudou a maneira de enxergar a vida. É mais exigente, tem maior cobertura dos sindicatos, luta pelos seus direitos, quer ser melhor remunerada. Não existe mais aquela costureira antiga que aceitava tudo e tinha medo de ficar desempregada.

6.       Num passado a preocupação do empresário era simplesmente fazer nova tabela de preços para combater a inflação animal que tínhamos, hoje ele deve se preocupar em ser eficiente naquilo que se propôs a fazer.

7.       A costureira no passado adorava ser “costureira”, hoje é por falta de opção. Isso muda tudo!

8.       Ainda nem falamos de bolsa família, seguro desemprego, bolsa leite, bolsa gás, bolsa preguiça e outras bolsas mais….


Quer mais razões? Provavelmente você as encontrará! Se acha que isso é tudo, pode se preparar para enfrentar dias mais complicados. Mas não desista, você com certeza vencerá os novos desafios...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

TEMPO PADRÃO

Deve ficar muito claro, para o administrador de produção, que tempo padrão de uma determinada operação é o tempo justo de execução da tarefa. Quando o cronometrista levanta um tempo qualquer deverá adicionar à esse tempo as tolerâncias competentes, tais como – fadiga, necessidades pessoais e imprevistos (quebra de linha, troca de agulhas, enchimento de bobinas, etc.).  Aí sim teremos o tempo padrão da operação. Desta forma temos – TP = TN + TOL.

Quando falamos em tempo é importante salientar que não existe o tempo da operadora, mas sim da operação. Se tivermos duas costureiras fazendo a mesma operação em tempos diferentes significa que essa diferença é a eficiência da operadora e não o tempo. O tempo é um só – o padrão.

Toda vez que formos montar a meta de um produto ela deverá obedecer o tempo padrão do conjunto de operações.


Mais uma dica – nunca deverá ser “levantado tempo” com uma costureira que não “domina” tal tarefa.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

UM BOM LAYOUT NA PRODUÇÃO

Partindo do princípio que um grande aliado à produção é o fluxo de mercadoria no processo, digo que o layout poderá ajudar a criar esse fluxo contínuo.

Fluxo, vem da palavra fluir, andar, caminhar num sentido. É disso que a produção precisa, buscar sempre a “última operação”. Quando esse “caminho” é claro e contínuo, sem interrupções significa que estamos ficando livres de um grande mal que assola nosso grupo de trabalho – esse mal se chama “acúmulos”.

Sempre que eliminarmos os acúmulos de peças em processo estaremos no caminho certo para que a peça chegue mais rapidamente na última operação. Esse é nosso objetivo.

Evidentemente que poderemos montar nosso layout de diversas maneiras, mas o importante é manter o fluxo adequado permitindo que o produto tenha uma direção sem muitas voltas em nossa sequência de máquinas.

Um layout em formato de U poderá ser ótimo e eficiente desde que se coloquem as máquinas na sequência operacional. Esse U permitirá o produto entrar numa das extremidades e sair em outra.

Na verdade o layout é uma das mudanças exigidas por uma nova filosofia do trabalho, mas nunca pensar que ele por si só resolva os maus resultados.