Se cortou, costure, se costurou embale!
Esse deve ser a sequência operacional correta, que quando
ininterrupta permite uma sincronia entre os setores de uma confecção.
O estudo de um fluxo contínuo não poderá ser adotado somente
no setor de costura, mas sim desde o início do processo – o corte. Curiosamente
existem empresas que favorecem um desiquilíbrio muito grande entre corte e
costura. Não é necessário ter enormes volumes de peças cortadas para se
costurar, basta ter equilíbrio, ou seja, peças suficientes para um bom
abastecimento da costura.
Acontece que o medo de que falte serviço na costura,
costuma-se cortar um número absurdamente alto. As peças são cortadas e entram
numa fila enorme para serem costuradas. Não se esqueça, isso compromete o custo
operacional. Agora, tome cuidado para que o oposto também não aconteça – por
falta de corte, para a costura. É fio da navalha, nem deixar faltar, nem
exagerar na quantidade. Não se esquecer que todo acúmulo intermediário mascara
os resultados, é um efeito tampão para cobrir uma ineficiência.
A regra também deve valer entre costura e
acabamento/embalagem.
Se sua fábrica produz 1.000 peça dia, então tenha uma equipe
de acabamento para 1.000 peças também. Lamentavelmente e de uma forma errada
quando falamos em produção até parece que estamos falando só do setor de
costura e o acabamento acaba ficando em segundo plano.
Observe que geralmente temos mais gente que o necessário
nesses setores de acabamento. Mas também aí deveremos ter um estudo de tempos,
uma meta clara e transparente e também uma receita de fabricação, pois assim
como na costura, as operações têm tempos diferentes – limpeza de linhas,
revisão, passadoria, embalagem, enfim, cada operação tem um tempo diferente e a
receita de fabricação vai equilibrar essas diferenças.
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