sexta-feira, 25 de março de 2016

ANDAMOS PARA TRÁS

Quando digo que andamos para trás estou querendo dizer que grande parte das nossas encarregadas não evoluíram, continuam administrando o setor de costura como nos anos 60.

O pior é que a maioria não quer entender que existe uma nova realidade e não basta a costureira fazer a operação no tempo padrão, mas sim um conjunto de novas variáveis que permitirão uma eficiência no setor produtivo. O equilíbrio do tempo das operações é uma dessas variáveis, que se não existir contribuirá para acúmulos intermediários e consequentemente provocará aumento de custo operacional, pois certamente se “joga fora” mão de obra das costureiras.

Muito já escrevi sobre o assunto, porém vejo que a assimilação dessa lição nem sempre é bem absorvida pela encarregada, pois prefere trabalhar em estilo “mutirão”, fato esse que contribui para a derrocada de toda eficiência.

Porquê dessa atitude? Teimosia, falta de capacidade para entender o fluxo produtivo ou mesmo falta de escola? Talvez um pouco de cada coisa, porém o fato é que os resultados são desastrosos e as costureiras não têm culpa de uma atuação fraca e incompetente da maioria das nossas encarregadas. E que fique muito claro, quando me dirijo às encarregadas nem sempre é aquela líder das costureiras, mas as vezes os próprios gerentes que minam o setor produtivo.


Precisamos mudar essa situação para podermos através de uma boa eficiência tornar o produto mais barato e sermos mais competitivos, pois caso contrário ficaremos pelos cantos da fábrica reclamando que o mercado não está comprador. Pudera, seu preço é alto e talvez sua qualidade já não está tão boa, pergunto – “vender como”? 

sexta-feira, 18 de março de 2016

VERGONHA

Aos meus leitores peço desculpas, hoje não falarei em produção, mas sim da vergonhosa situação que se encontra nosso país.

Recorde em desemprego, recordes negativos em vendas, recordes de fábricas desistindo de continuar sobrevivendo, enfim, recordes e mais recordes negativos que ao longo dos anos, alimentados por uma quadrilha, estão deixando o país numa situação sem saída.

Vergonha de ser brasileiro. Vergonha de fazer parte de um povo que nem sequer sabe escolher seus governantes.

Podridão, bando de ladrões que fazem com nosso dinheiro uma “farra”.

Até quando vamos aguentar isso?

Nosso país está sendo humilhado e destruído no mercado internacional.

PT, que significa isso? Partido dos Trabalhadores ou Partido dos Trambiqueiros?

É pessoal, só nos resta votar um pouco melhor nas próximas eleições, até porque os mesmos que votaram nesse partido canalha, hoje estão desempregados e completamente sem rumo...

Bem dizia um sábio – “cada povo tem o governo que merece”...


sábado, 12 de março de 2016

ADIANTAR A PRODUÇÃO

Desculpem-me meus amigos, mas quando escuto alguém falar essa frase “Vai adiantando a produção”, perco a educação, e logo vou partindo para a “ignorância”.

Não me conformo como pode um administrador de produção acreditar que a produção poderá ser recuperada posteriormente, quando, por exemplo falta um aviamento e o corte entra na costura, mesmo assim para ser adiantado.

Ignorância, falta de conhecimento, falta de estudo ou mesmo, às vezes, gostar de se enganar.

Uma coisa é produzir com equilíbrio entre entrada e saída de produtos no processo, outra é entrar serviço e ficar parada na operação que faltou o aviamento, mas esse administrador diz – “A costureira não está parada”. Absurdo, pois toda vez que se começa algo e não se termina, estamos parados. Uma coisa é “utilizar” máquinas, outra é simplesmente “ativar” máquinas e, diga-se de passagem, que produzir é utilizar equipamento e nunca simplesmente ativá-lo só para dizer que está trabalhando.


É senhor administrador (não sei de que) continue “adiantando suas operações” e logo não poderá mais pagar suas contas no fim do mês, aí sim você estará adiantando seu fim...

sábado, 5 de março de 2016

A CONFECÇÃO NEM, NEM...

Tenho visitado muita confecção por aí que chamo de “nem, nem”.

“Nem” produção, “nem” qualidade... Triste, mas verdadeiro. Não sei como essas confecções sobrevivem, mas certamente estão com os dias contados.

O cartão de visitas de qualquer empresa que se preze é a qualidade, o segundo fator determinante é o preço do seu produto, portanto se sua confecção não tem qualidade e produtividade estamos perto de “fechar o caixão”. Tenho ouvido empresários reclamando muito, porém sem atitudes e as mudanças para reverter esse quadro não são praticadas.

É bem verdade que a situação do país é à beira do abismo, mas independente disso temos que fazer nossa parte.

Que fazer?                                                                    
                                       
Invista em treinamento, torne sua mão de obra multifuncional, aproveite bem os recursos de mão de obra conforme as receitas de fabricação. Não admita estoques de forma nenhuma, reduza seu custo fixo “enxugando” a fábrica, não admita retrabalho no processo produtivo, acompanhe o desempenho da fábrica de hora em hora.

Dê atenção ao seu cliente mais do que está acostumado. Trabalhe para ter um produto bem feito, limpo, com apresentação impecável. Execute um trabalho de racionalização das operações, tente junto ao seu cronoanalista uma padronização das operações, baixe o tempo de fabricação, caso contrário entrará na estatística das confecções NEM, NEM ...

Perceba que existem alternativas e a medida em que você se “mexer” poderá amenizar um momento tão difícil que esse país passa.


Ação e boa sorte...