Quando digo que andamos para trás estou querendo dizer que
grande parte das nossas encarregadas não evoluíram, continuam administrando o
setor de costura como nos anos 60.
O pior é que a maioria não quer entender que existe uma nova
realidade e não basta a costureira fazer a operação no tempo padrão, mas sim um
conjunto de novas variáveis que permitirão uma eficiência no setor produtivo. O
equilíbrio do tempo das operações é uma dessas variáveis, que se não existir
contribuirá para acúmulos intermediários e consequentemente provocará aumento
de custo operacional, pois certamente se “joga fora” mão de obra das
costureiras.
Muito já escrevi sobre o assunto, porém vejo que a
assimilação dessa lição nem sempre é bem absorvida pela encarregada, pois
prefere trabalhar em estilo “mutirão”, fato esse que contribui para a derrocada
de toda eficiência.
Porquê dessa atitude? Teimosia, falta de capacidade para
entender o fluxo produtivo ou mesmo falta de escola? Talvez um pouco de cada
coisa, porém o fato é que os resultados são desastrosos e as costureiras não
têm culpa de uma atuação fraca e incompetente da maioria das nossas encarregadas.
E que fique muito claro, quando me dirijo às encarregadas nem sempre é aquela
líder das costureiras, mas as vezes os próprios gerentes que minam o setor
produtivo.
Precisamos mudar essa situação para podermos através de uma
boa eficiência tornar o produto mais barato e sermos mais competitivos, pois
caso contrário ficaremos pelos cantos da fábrica reclamando que o mercado não
está comprador. Pudera, seu preço é alto e talvez sua qualidade já não está tão
boa, pergunto – “vender como”?