Muitos têm me perguntado qual o tamanho ideal para se formar
um grupo de costura. Costumo responder que não existe ideal. O importante é que
sejam analisadas algumas variáveis conforme o produto que se fabrica.
O fundamental é que não se permita gargalos de máquinas para
um melhor aproveitamento da mão de obra. Não posso permitir acúmulos entre as
operações, isso significa que teremos que ter um equilíbrio entre as fases do processo
o que nos obriga a ter um estudo para cada tipo de produto que fabrico.
Grupos com muitas pessoas poderão criar subgrupos, o que não
permitiria um bom rendimento da equipe. Outro fator que poderá ser negativo,
nesse caso, é que o número de minutos de mão de obra nem sempre é compatível com
o número de máquinas desse grupo, e desta forma perderíamos mão de obra, pois
os gargalos seriam comuns.
Não quero dizem com isso que não poderemos ter grupos
maiores, até porque uma das vantagens em ter um grupo com mais costureiras é
uma necessidade menor de polivalência dessa mão de obra.
Já um grupo com poucas pessoas exigirá uma polivalência
maior dessas costureiras, mas a grande vantagem é ter o produto mais tempo
dentro do grupo de trabalho, até porque se o grupo é menor, a meta do produto
será menor e desta forma demorará para ser trocado. Lembrar sempre que o
momento crítico da produção é a troca de modelos. Em muitos casos é melhor ter
dois grupos pequenos do que um grupo grande.
Desta forma não existe uma regra – ter um grupo com mais ou
menos costureiras. O que vai determinar essa condição são fatores particulares
a cada empresa.
Podemos até passar para vocês leitores uma base do tamanho
do grupo em relação aos produtos, mas nada que possa garantir a melhor
situação. Sendo assim, poderemos dizer que camisetas básicas - 6 ou 7
costureiras. Já calças jeans – 9 ou 10 costureiras. Soutien – 7 ou 8
costureiras. Calça social – 10 ou 12 costureiras. Calcinha 5 ou 6 costureiras,
enfim cada produto poderá exigir um número diferente de operadoras. Isso não
significa que esses produtos não poderão trabalhar com números diferentes de
pessoas.
O mais importante nesse caso é não permitir que gargalos
sejam provocados pelo número errado de pessoas na formação dos grupos.
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