quinta-feira, 26 de julho de 2018

NORMAS E PROCEDIMENTOS


O setor de produção deverá seguir fielmente as regras que servem como ferramentas de trabalho, seja qual for seu método empregado. As normas e procedimentos deverão ser aplicadas com rigor muito forte, a fim de enraizar na empresa uma filosofia da disciplina quanto aos documentos que regulam os resultados e dessa forma permitir que os gestores adotem decisões corretas, quando necessário.

Que não devemos burocratizar a produção, entendo. Porém existem controles básicos que nunca deverão ser desprezados sob o risco de perder o poder de análise e consequentemente a perda nos resultados.

A produção deverá ter relatórios na produção onde serão medidos –

1.       Número de peças produzidas por hora.
2.       A meta de cada produto que se fabrica.
3.       A receita de fabricação, controle esse que é nada mais do que o planejamento do grupo de trabalho.
4.       A eficiência do setor.
5.       O resumo do período – hora/dia/mês.

Vejam que são poucos controles, básicos, mas que sempre deverão ser acompanhados pelos líderes da produção. Sua finalidade é acompanhamento em espaço curto de tempo (para que se corrija o mais rápido possível um desajuste nos resultados).

Tudo isso com muito comprometimento dos envolvidos e a transparência dos resultados deverá ser total. 

Sugerimos que sejam lançados em quadros para que a equipe possa acompanhar a desenvoltura do setor.

Infelizmente essas normas e procedimentos são criados, às vezes, porém não se utiliza como uma ferramenta para se obter resultados.

Fico surpreso quando um setor de produção não tem esses míseros controles que apontam seu desempenho. Mais uma vez vou “atacar” a liderança que por não querer se “expor” prefere esconder os péssimos resultados que certamente acontecerão, pois nem sabe que está ineficiente. Existem líderes e “lideres”, não preciso falar mais nada...

sexta-feira, 20 de julho de 2018

CONFORMISMO OU FALTA DE NOÇÃO DO PERIGO?


Acho incrível como certos empresários encaram os maus resultados da produção de sua fábrica. Fico pensando que, das duas uma, ou se conformam com esses resultados ruins ou não estão enxergando o risco e perigo em que se encontram.

Costumo dizer que produção não se recupera, pode-se até fazer outro, porém recuperar um número perdido, sem que onere custos, é impossível. Fácil de entender, vejam – se tenho que produzir 60 peças por hora, devido ao tempo da operação (1 minuto), jamais poderei produzir 120 peças, caso não tenha produzido nada na hora anterior. Recuperar jamais. O relógio não para, o tempo da tarefa continua sendo 1 minuto. Conclusão – perdi, fim...

Desta forma não consigo entender o que passa na cabeça do empresário que se conforma com a perda. Será ingênuo? Ou não têm a real dimensão dessa perda?

Me assusta quando nada é feito diante de um quadro ruim e com tendência a repetição dos maus resultados, até porque os problemas não se resolvem sozinhos, serão necessárias atitudes para solucioná-los. Acontece que nem sempre as atitudes acompanham os problemas e desta forma, novos resultados ruins.

O conformismo é um fator muito comum em certas fábricas, onde os números produzidos mal cobrem o custo de fabricação. E vocês poderão me perguntar porque isso ocorre? Eu diria que provavelmente esses números ruins estão escondidos num ambiente completamente carente de informação. Não se tem claramente como apontar esses maus resultados, outro fator interessante é a visão desse empresário que só percebe a perda quando fecha o mês no “vermelho” e para piorar a situação, sempre fica pondo a culpa em terceiros, como se isso fosse consolo. A meu fornecedor é o culpado, pois não entregou a mercadoria na hora certa, ou ainda, nesse mês tivemos muitas faltas, ou minha líder de produção ainda é muito nova na empresa...

Desculpas não vão faltar. Culpados, muitos (nunca ele, empresário) ...

O que está faltando nessa empresa é competência dos gestores, que das duas uma, têm muito dinheiro e não está se importando com perdas, ou mais provavelmente, não sabe que está se aproximando de um abismo muito perigoso, que talvez não consiga mais escapar...

O que devemos fazer, quando os números não são favoráveis? Uma série de medidas, tais como: -

1.       Em primeiro lugar procurar o motivo da perda;

2.       Quando detectado esse motivo, procurar soluções para tal;

3.       A partir das soluções, acompanhamento bem próximo; para analisar se as medidas foram suficientes para a correção;
4.       Se certificar se esses motivos tendem a voltar e como evita-los;

5.       Procurar saber se o (s) responsáveis aprenderam com os erros e se corrigiram;

6.       Agir mais rapidamente, uma vez que a situação pode ser causadora de prejuízos.

A única coisa que não pode acontecer é ficar assistindo o problema consumir a energia da fábrica e tornando a situação ainda pior. Não existem problemas sem solução, porém elas não acontecem se não existir a atitude do (s) gestor (es).

terça-feira, 10 de julho de 2018

GARGALO PRODUTIVO


Se formos definir ao pé da letra o gargalo, podemos dizer que é qualquer restrição no processo produtivo.

Dentro do setor de costura, em uma confecção, não é diferente. O gargalo poderá ser a dificuldade de uma operação ou a necessidade de máquinas que o processo exige, mas a fábrica não tem o suficiente para atender o equilíbrio dos tempos operacionais.

De uma forma geral, o vício de “um passado ainda presente” em nossas confecções, que é justamente “adiantar” a produção gerando acúmulos intermediários é a maior causa de gargalos operacionais.

Podemos citar os maiores causadores de gargalos na costura –

1.       Falta de máquina para equilibrar as operações.
2.       Uma operação muito complexa.
3.       Acúmulos intermediários pela falta de equilíbrio de tempo padrão das operações.
4.       Operações não feitas no tempo determinado, “matando” o fluxo produtivo.
5.       A quebra de uma máquina que não possua reserva.
6.       A fragilidade de alguma costureira que não consegue fazer a operação no tempo correto.
7.       A desobediência da receita de fabricação.
8.       A falta de algum aviamento que paralisou a sequência operacional.

Enfim, muito embora sejam esses os principais causadores de gargalos na costura, alguns outros poderão comprometer a produção em virtude da restrição.

Seja como for, gargalo é câncer de produção e deverá ser combatido com todas as armas, mas o principal é que a liderança ou mesmo a administração da produção enxergue e tome atitudes assim que sentir os primeiros sintomas dessa doença chamada – gargalo...