quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O ALICERCE DO SUCESSO


Henry Ford defendia firmemente três fatores para que qualquer empresa pudesse ter sucesso em sua empreitada.  Em primeiro lugar ter um produto com qualidade, na sequência ter custos operacionais reduzidos e funcionários ganhando os melhores salários era o terceiro mandamento.

Certamente concordaremos que, nos dias de hoje, com a brutal competição e concorrência, a empresa deverá ter na qualidade do seu produto o seu cartão de visitas. Impossível sobreviver com um produto que não atenda a necessidade do cliente. Qualidade essa é a palavra mágica.

Isso envolve treinamento e aperfeiçoamento de mão de obra, além de um equipamento adequado para cada tarefa dentro do setor produtivo.

O segundo passo é reduzir ao máximo os custos operacionais. Lembrar sempre que se a qualidade é o primeiro argumento para venda, sem dúvidas o preço é o próximo. Preço está diretamente ligado aos resultados da produção. Não é difícil entender que a medida em que se cresce os números produzidos seu custo baixa na mesma proporção, até porque consegue-se diluir melhor os custos operacionais.

Agora vamos para o terceiro item do Ford. Melhores salários do mercado. Aí que as coisas se complicam, pois, nem sempre os empresários levam esse mandamento ao pé da letra, muito pelo contrário, ele sempre quer pagar o menor salário, ou no máximo o salário do mercado.

Gostaria que me respondessem porque trabalhar na empresa A, se ela não valoriza financeiramente seu funcionário? Simplesmente ela paga o que todas pagam! Cumpre sua obrigação!

Percebam que a equipe da produção fez sua parte – qualidade e preço (através de um bom resultado numérico), mas o empresário, parece que não está querendo fazer a sua parte (pagar os melhores salários). Como ficamos? Talvez esse empresário ainda não percebeu que salário não é custo, mas sim retorno.

Como posso obter bom resultado se a equipe é fraca? Sim, eu disse fraca, porque bom funcionário ganha bom salário.
Qual o motivo para o empenho total, se a empresa não reconhece?

Infelizmente existem alguns departamentos de RH que não se impõem diante de empresários teimosos que por medo ou mesmo ignorância sempre querem aqueles profissionais que se acomodam em “ganhar pouco”.

Profissional bom = salário alto. Salário medíocre = profissional medíocre = produto medíocre.

Mais uma vez aquele velho ditado, que parece que certos empresários não conseguem entender – “ O barato sai caro”.





quinta-feira, 6 de setembro de 2018

RECLAMAÇÕES INFUNDADAS


Não é raro quando os gestores da produção se queixam que num passado se fazia muito mais com muito menos gente. Tenho ouvido muito essa reclamação.

Podemos interpretar essa afirmação de diversas formas, ou mesmo dizer que são muitas as razões para que isso ocorra.

Em primeiro lugar, repito, com certa insistência, que o que determina a produção é o grau de dificuldade do produto e não simplesmente o número de peças alcançadas. Com isso estou afirmando que provavelmente os modelos eram muito menos elaborados e consequentemente o tempo de fabricação, muito menor. Sendo assim, produzia-se mais peças, o que não garante que a eficiência era maior.

Um segundo fator que pode estar contribuindo para esse fenômeno é sem dúvida a quantidade de peças que se produzia por modelo. No passado existiam menos troca de modelos no processo produtivo, pois as quantidades de peças por modelos eram grandes, coisa que hoje é exatamente o contrário – muitos modelos e poucas peças de cada um desses modelos. Isso complica o desenrolar do fluxo produtivo – muitas trocas, não permitindo que a costureira se “acostume” com a operação.

Também faz parte dessa diferença o fato do gestor não levar em consideração os gargalos de máquinas. Muitas vezes ouço a reclamação que se tinha 10 costureiras que produziam x peças e hoje temos 13, produzindo o mesmo x. Acontece que essas três costureiras a mais não foram recrutadas para eliminar gargalos, até porque não existe máquina compatível com a necessidade, mas simplesmente estão criando acúmulos na operação de chamo de gargalo.

Portanto são reclamações infundadas, que mascaram, muitas vezes, a real causa do problema.
Sem contar que a própria costureira mudou! Aquela exímia costureira que no passado tinha um comprometimento pleno com a empresa, já é coisa rara.

Aconselho que você gestor esqueça o passado e comece a trabalhar com uma nova realidade, pois existem coisas que compensam essas dificuldades, como por exemplo – um avanço na tecnologia, máquinas mais adequadas para cada operação, uma maior facilidade em treinamentos para aperfeiçoar a mão de obra, ou mesmo maiores recursos complementares.

Não faça uma leitura errada da situação, prepare melhor seu quadro de liderança, treine-o, invista em equipamento, reduza seu custo operacional, racionalize as tarefas e verá que tempos atuais exigem comportamento diferentes de um passado que não volta mais...


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

AS ARMADILHAS DA PRODUÇÃO


Muitas vezes, quando um grupo não está atingindo as metas traçadas, o setor de engenharia costuma pedir para que o cronometrista cheque os tempos operacionais a fim de verificar se alguma costureira não está fazendo a operação no tempo padrão.

Curiosamente fica constatado que as operações estão sendo feitas no tempo estipulado, mesmo assim as metas não são atingidas. Como pode ser?

Essa é uma armadilha em que os gestores da fábrica acabam caindo, pois não basta fazer a operação no tempo certo para obter resultado. É necessário manter o fluxo da mercadoria para consegui-lo.

Se a costureira estiver fazendo a operação no tempo correto, mas se esquecer de parar no momento certo para equilibrar o fluxo, fazendo a outra operação da Receita de Fabricação, o resultado não acontecerá.

Nunca é demais lembrar que as operações têm graus de dificuldades diferentes, portanto precisam ser trabalhadas minutos diferentes para obtermos a mesma quantidade de peças.

A liderança deverá acompanhar a receita de fabricação e “alimentar” a costureira conforme o plano de trabalho que nada mais é do que seguir a RECEITA DE FABRICAÇÃO.

Essa armadilha costuma “matar” a produção e além do mais é péssimo para a compreensão das costureiras, quanto ao método de trabalho, pois ela não consegue entender porque a meta não é alcançada se ela está fazendo o melhor na operação.

Lembre-se – não é o bastante fazer o melhor na operação, mas é necessário fazer o melhor no produto.
Cuidado não caia nessa armadilha, que será fatal para os resultados...