quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

TECNOLOGIA DE ELIMINAÇÃO DE GARGALOS


Afirmo que o “gargalo” é quem dita as regras para a sua produção.

De nada adianta grande produção em uma das fases do processo se, de repente, a outra não acompanha.

Partindo da premissa que produção é peça “pronta” preciso ter um equilíbrio entre suas fases.

Nunca é demais lembrar que no processo produtivo a entrada de mercadoria deve ser igual à saída, ou seja, eliminar qualquer chance de acúmulo intermediário.

O fluxo produtivo é o caminho para bons resultados e na verdade ele só acontecerá com esse equilíbrio operacional.

Os gargalos apresentam-se como os inimigos fortes desse fluxo e desta forma vão exigir toda atenção dos administradores da produção. Quando os inimigos são claros temos uma possibilidade maior de eliminá-los, quero dizer com isso que quanto mais cedo tivermos conhecimento do problema, mais rapidamente resolveremos esse problema.

Para praticarmos as regras da TEG (Tecnologia de Eliminação de Gargalos) precisamos comprometer as pessoas do grupo de trabalho, onde todos deverão estar voltados para resultados.

Num passado, não muito remoto, as líderes de produção advogavam em favor da operação e não do produto final. Grande erro! Não existe produção se não alinharmos as operações. Isso significa que não tem sentido fazer uma grande quantidade de peças numa operação só porque é simples, sabendo que a operação complexa não tem o mesmo resultado. Sendo mais claro com números:-

Primeira operação – tempo = 1 minuto – produz 60 peças/hora.
Segunda operação – tempo = 2 minutos – produz 30 peças/hora.

Desde que não se tenha duas máquinas para fazer a segunda operação, pergunto: qual a vantagem em se fazer 60 peças na operação primeira? Perda de mão de obra! Excesso de peças na segunda operação, acúmulo intermediário, elevação de custos operacionais, entre outras perdas.

Todo produto apresenta gargalo de produção, seja na dificuldade da operação ou no número reduzido de recursos para executá-la, porém, só conseguiremos combate-lo com uma receita de fabricação que tem como princípio equilibrar a diferença dos tempos padrões de tais operações.

Parece simples, mas isso exige treinamento. Nunca esquecer que toda regra deverá ser clara e bem absorvida pelos líderes. A TEG é baseada em regras. Regra não se quebra, se cumpre...

Além dessa receita de fabricação (que não é nada mais do que um balanceamento produtivo) outras regras compõem as técnicas da TEG, que são tão importantes quanto essa como, por exemplo:- um bom layout, a polivalência da operadora, a transparência dos resultados, a apuração dos resultados num curto espaço de tempo (sugerimos hora a hora), a guerra total contra um mal chamado – desperdício, o treinamento de todos os envolvidos, a troca perfeita de um modelo no setor produtivo, as técnicas para o equilíbrio – entrada versus saída, a utilização dos equipamentos e não apenas a ativação desse equipamento, enfim tudo aquilo que leva para peça pronta...





quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

CURSO DE PRODUÇÃO

É com prazer que informamos mais um CURSO DE PRODUÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE CONFECÇÃO.
Será realizado no final do mês de janeiro de 2019.
Interessados poderão entrar em contato pelo nosso e-mail - jrsconsultoria@terra.com.br ou pelo fone (11) 985885458


ANO NOVO, PROBLEMAS VELHOS...


Vai ano, vem ano e os problemas se repetem!

Impressionante como não se aprende com os erros, os problemas se repetem, a cada dia, a cada mês, a cada ano. Lamentável, isso reforça minha tese de que a costureira não é a responsável pelos números ruins, mas sim a sua administração.

As regras básicas da administração da produção não são respeitadas. Produtos “entrando” no fluxo produtivo sem aviamentos, isso porque o PCP não existe, acúmulos entre as operações minando completamente a utilização da mão de obra, falta de transparência no processo produtivo, sem contar com a falta de vibração, por parte dos líderes. Pergunto, com tanto problema, é possível ter um bom rendimento? Impossível! E não me venham dizer que a costureira é a responsável. Essa fábrica está mal trabalhada pelo sistema administrativo e a incompetência de certas líderes que teimam em “tocar” a produção como a trinta anos atrás.

Resultados, diante de um quadro desses, com certeza será lamentável. A produção de uma confecção é administrada, de um modo geral, por curiosos e não por verdadeiros líderes, que for falta de capacidade técnica, por vaidade e teimosia comprometem a eficiência da fábrica.

E a diretoria dessa fábrica, onde está? Geralmente reclamando desses resultados e dizendo que está fechando mais um mês no vermelho. Amigo empresário, é necessário ter atitude.

Talvez uma saída para esse círculo vicioso seja um investimento no que tange a treinamento. Treinamento total, liderança, profissionais de PCP, administração dos recursos produtivos, etc. Estamos no início de mais um ano, aproveite agora e separe do seu projeto financeiro uma verba para investir no melhor recurso – treinamento.

Ou não! Continue assim, sem regras definidas e verá que logo nem terá mais o que fazer, você já deve saber o fim desse filme.... Insistir em profissionais incompetentes não é inteligente e esperar que maus profissionais se tornem bons, impossível. Troque aqueles que não estão em sintonia com a empresa, tenha coragem, lembrar sempre que a meritocracia poderá ser adotada em sua empresa, com sucesso.
Como produzir sem um planejamento?

Ano novo, vida nova, atitudes novas, ou a empresa corre o risco não ter outra troca de ano...