Afirmo que o “gargalo” é quem dita as regras para a sua
produção.
De nada adianta grande produção em uma das fases do processo
se, de repente, a outra não acompanha.
Partindo da premissa que produção é peça “pronta” preciso
ter um equilíbrio entre suas fases.
Nunca é demais lembrar que no processo produtivo a entrada
de mercadoria deve ser igual à saída, ou seja, eliminar qualquer chance de
acúmulo intermediário.
O fluxo produtivo é o caminho para bons resultados e na
verdade ele só acontecerá com esse equilíbrio operacional.
Os gargalos apresentam-se como os inimigos fortes desse
fluxo e desta forma vão exigir toda atenção dos administradores da produção.
Quando os inimigos são claros temos uma possibilidade maior de eliminá-los,
quero dizer com isso que quanto mais cedo tivermos conhecimento do problema,
mais rapidamente resolveremos esse problema.
Para praticarmos as regras da TEG (Tecnologia de Eliminação
de Gargalos) precisamos comprometer as pessoas do grupo de trabalho, onde todos
deverão estar voltados para resultados.
Num passado, não muito remoto, as líderes de produção
advogavam em favor da operação e não do produto final. Grande erro! Não existe
produção se não alinharmos as operações. Isso significa que não tem sentido
fazer uma grande quantidade de peças numa operação só porque é simples, sabendo
que a operação complexa não tem o mesmo resultado. Sendo mais claro com
números:-
Primeira operação – tempo = 1 minuto – produz 60 peças/hora.
Segunda operação – tempo = 2 minutos – produz 30 peças/hora.
Desde que não se tenha duas máquinas para fazer a segunda
operação, pergunto: qual a vantagem em se fazer 60 peças na operação primeira?
Perda de mão de obra! Excesso de peças na segunda operação, acúmulo
intermediário, elevação de custos operacionais, entre outras perdas.
Todo produto apresenta gargalo de produção, seja na
dificuldade da operação ou no número reduzido de recursos para executá-la,
porém, só conseguiremos combate-lo com uma receita de fabricação que tem como
princípio equilibrar a diferença dos tempos padrões de tais operações.
Parece simples, mas isso exige treinamento. Nunca esquecer
que toda regra deverá ser clara e bem absorvida pelos líderes. A TEG é baseada
em regras. Regra não se quebra, se cumpre...
Além dessa receita de fabricação (que não é nada mais do que
um balanceamento produtivo) outras regras compõem as técnicas da TEG, que são
tão importantes quanto essa como, por exemplo:- um bom layout, a polivalência
da operadora, a transparência dos resultados, a apuração dos resultados num
curto espaço de tempo (sugerimos hora a hora), a guerra total contra um mal
chamado – desperdício, o treinamento de todos os envolvidos, a troca perfeita
de um modelo no setor produtivo, as técnicas para o equilíbrio – entrada versus
saída, a utilização dos equipamentos e não apenas a ativação desse equipamento,
enfim tudo aquilo que leva para peça pronta...