quinta-feira, 21 de setembro de 2023

ACÚMULO INTERMEDIÁRIO versus PULMÃO DE ALIMENTAÇÃO

 

Muito temos abordado e combatido os acúmulos de peças entre as operações de costura na produção, em nossas confecções. Já falamos, por diversas vezes, os males que esse problema ocasiona no processo produtivo, o quanto o custo operacional cresce com o desperdício da mão de obra, em produzir algo que ficará parado, esperando a próxima operação. Isso é um fato indiscutível, porém não podemos confundir acúmulo intermediário com “pulmão de alimentação”.

Então vamos lá. Qual a diferença entre – acúmulo e pulmão, no abastecimento do processo produtivo?

Chamo de acúmulo intermediário todo excesso de peças que fica na fila esperando ser costurado entre uma operação e outra. Esse excesso significa perda de mão de obra, custo operacional elevado, significa costureira fazendo algo que não agrega valor ao produto, enfim, gastando tempo com operações que simplesmente ficarão esperando a necessidade da próxima operação. Resumo – prejuízo.

Já um “pulmão de alimentação” são peças que alimentarão a próxima operação sem risco de desabastecer, pois convenhamos, tão grave quanto acumular é não abastecer. Sendo assim preciso sempre ter peças entre as operações, numa sequência operacional, a fim de nunca comprometer o fluxo produtivo.

Portanto a líder de produção deverá administrar esse fluxo, mantendo um pulmão, nunca se esquecendo que cada operação tem um tempo diferente de fabricação e esse pulmão deverá ter um tamanho para cada uma dessas operações.

 

 

 

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

PROBLEMAS versus DIFICULDADES

 

É normal (mas não correto), o gestor confundir problemas e dificuldades num processo produtivo.

Digo isso até porque dificuldades fazem parte de um processo de produção, mas os problemas, acima de tudo, precisam ser resolvidos. São coisas diferentes. Podemos dar alguns exemplos até para esclarecer melhor essa afirmação.

Chamo de dificuldade, por exemplo, uma operação mais complexa, onde exigirá uma costureira com mais habilidade, ou mesmo alguns gargalos que se formam na sequência operacional em virtude de um desequilíbrio de máquinas. Isso são dificuldades que deveremos administrar.

Problemas são eventos que surgem por mal gestão ou mesmo de erros provocados por operadores sem polivalência ou multifuncionalidade, peças com defeito, máquinas mal reguladas, ou até mesmo por layout mal construído e muitos outros casos no nosso cotidiano.

Vejam que as dificuldades deveremos administrar, porém aprender a conviver com as mesmas, sempre estudando uma melhor maneira de “passar por essa barreira”, já problemas não deverão fazer parte do nosso dia a dia, deverão ser eliminados o mais rápido possível para que não venham a comprometer resultados.

Portanto, senhor gestor, vamos aprender a diferenciá-los a fim de que não buscar justificativa para resultados ruins...