Muito temos abordado e combatido os acúmulos de peças entre
as operações de costura na produção, em nossas confecções. Já falamos, por
diversas vezes, os males que esse problema ocasiona no processo produtivo, o
quanto o custo operacional cresce com o desperdício da mão de obra, em produzir
algo que ficará parado, esperando a próxima operação. Isso é um fato
indiscutível, porém não podemos confundir acúmulo intermediário com “pulmão de
alimentação”.
Então vamos lá. Qual a diferença entre – acúmulo e pulmão,
no abastecimento do processo produtivo?
Chamo de acúmulo intermediário todo excesso de peças que
fica na fila esperando ser costurado entre uma operação e outra. Esse excesso
significa perda de mão de obra, custo operacional elevado, significa costureira
fazendo algo que não agrega valor ao produto, enfim, gastando tempo com
operações que simplesmente ficarão esperando a necessidade da próxima operação.
Resumo – prejuízo.
Já um “pulmão de alimentação” são peças que alimentarão a
próxima operação sem risco de desabastecer, pois convenhamos, tão grave quanto
acumular é não abastecer. Sendo assim preciso sempre ter peças entre as
operações, numa sequência operacional, a fim de nunca comprometer o fluxo
produtivo.
Portanto a líder de produção deverá administrar esse fluxo,
mantendo um pulmão, nunca se esquecendo que cada operação tem um tempo
diferente de fabricação e esse pulmão deverá ter um tamanho para cada uma
dessas operações.