RECEITA DE FABRICAÇÃO

 

Que significa uma Receita de Fabricação de um produto?

Chamo de RF o equilíbrio da diferença dos tempos operacionais de um produto a ser fabricado. Partindo do princípio de que produção é peça pronta e nunca uma operação isolada, pergunto, como devo trabalhar para que essa peça fique completamente pronta se as operações que compõem esse produto têm tempos diferentes de fabricação?

A resposta é simples – trabalhar minutos diferentes cada operação, para que possamos ter o mesmo número de peças em cada operação. Acompanhe o exemplo:- Imagine que tenho um produto A qualquer, cuja meta é de 30 peças por hora. Esse produto é composto de 4 operações, como segue:-

Operação 1 = 1,00 minuto

Operação 2 = 0,50 minuto

Operação 3 = 2,00 minutos

Operação 4 = 1,50 minuto

Partindo do princípio de que a meta é de 30 peças por hora, precisarei minutos diferentes em cada operação, para aproveitamento pleno da minha mão de obra, sendo assim, informarei o grupo de trabalho que a RF deverá ser seguida da seguinte forma:-

Operação 1 -30 minutos

Operação 2 – 15 minutos

Operação 3 – 60 minutos

Operação 4 – 45 minutos.

Dessa forma se somarmos os minutos necessários para atingirmos nossa meta afirmo que precisarei de 2,5 pessoas em uma hora para atingir eficientemente  meu objetivo.

Veja que a RF favoreceu a produção do produto com pleno aproveitamento da mão de obra, contribuindo para “enxugar” o custo operacional.

Operador X – executa a operação 1 – em meia hora

Operador Y – executa a operação 3

Operador K – trabalha operações 2 e 4.

Pronto, com apenas 2,5 pessoas consigo produzir 30 peças por hora. Isso que chamo de aproveitamento “enxuto”.

 

 

 

ORIENTAR PARA GANHAR...

 

Muitas empresas ainda não perceberam que todo “novo funcionário” deverá passar por uma orientação, assim que inicia sua trajetória no novo emprego. Orientação no que tange aos processos.

Percebo que a preocupação da liderança, de um modo geral, é muito pequena em relação ao futuro desse novo funcionário, pois não o acompanha, não mostra o método correto do trabalho, não se preocupa com seu desenvolvimento na tarefa que lhe foi atribuída enfim, vai contribuir para que esse trabalhador se torne uma vítima. Vítima da péssima atuação da sua liderança.

Por mais experiência que esse novo colaborador tenha, mesmo  assim existem as particularidades que são peculiares à nova empresa que acabou de ingressar.

Em muitos casos, acaba-se perdendo pessoas boas, pois ela acabará desistindo desse novo emprego.

Incrível, mas, mais uma vez estamos abordando um assunto delicado – “o despreparo da liderança”.

Faço um apelo aos gestores, principalmente de produção, invistam em treinamento aos seus líderes, pois isso fará toda a diferença nos resultados da sua empresa, mas quando o líder não assimilar tal treinamento, troque esse líder, pois por mais caro que seja sua dispensa, ainda será pouco se comparar com o prejuízo em mantê-lo.

FAZ DE CONTA...

 

Sempre digo, em minhas mensagens, que número não mente! Seja bom ou ruim, ele sempre mostra a verdade.

Estou tratando desse assunto porque percebo que existem gestores que não gostam de controles. Enxergo que o controle ou o relatório de produção é a melhor ferramenta de trabalho que um gestor pode ter. O número está bom, ótimo, uso essa informação para motivar e valorizar a equipe. O número está ruim, essa informação me permitirá detectar o que causou esse número ruim e a partir desse momento, corrigi-lo.

Na verdade, aqueles que não gostam de relatórios, geralmente são gestores inseguros e que têm medo de se expor, pois como já disse, o número mostra a verdade, mas nesse caso, a “verdade” vai mostrar que esse gestor não está apresentando bons resultados. Ele prefere “fazer de conta” que as coisas estão caminhando bem.

Parece obvio essa minha afirmação, porém, como consultor posso afirmar que são inúmeros os casos de empresas que tem gestores que tem horror de relatórios. Por que será?...