As metas de produção deverão sempre ter um “casamento”
perfeito entre os recursos do grupo de trabalho, ou seja, mão de obra e equipamento.
Vale lembrar que não adianta ter costureira e não ter máquina, assim como ter
máquina e não ter costureira.
É comum encontrarmos fábricas com desequilíbrio de
equipamento, por exemplo. Muito overlok para pouca reta, ou ao contrário.
Geralmente os gargalos de produção acontecem em virtude do setor ter falta de algum
tipo de máquina e excesso de outra. Isso faz com que o setor consiga “encaixar”
todas as costureiras em máquinas, mas nas máquinas erradas.
Vou dar um exemplo com números para facilitar seu
entendimento na afirmação que fiz acima –
Imagine que estou
fabricando uma regata. Ela tem a necessidade de dois tipos de máquinas – Galoneira
e overlok. O tempo operacional das operações de overlok é igual a 2 minutos
(unir ombros, fechar laterais), já o tempo de Galoneira é igual a 3 minutos
(galão cavas, galão decote e barra). Suponhamos que tenho 4 overloks e apenas
uma Galoneira. Nesse setor tenho 5 costureiras. Qual seria a meta desse produto
por hora?
Se aplicarmos a fórmula de metas teríamos 4 costureiras no
overlok e apenas uma na Galoneira. Os overloks produziriam 120 peças por hora e
a Galoneira apenas 20 peças por hora. Por mais que as costureiras trabalhassem
bem, perderemos mão de obra, em consequência desse gargalo de produção na única
Galoneira, pois de que adianta produzir 120 peças nos overloks se pela Galoneira
só conseguiremos produzir 20?
Perdemos mão de obra terrivelmente, fato esse que deixaria o
custo operacional altíssimo.
Não podemos nos esquecer que a produção sempre deverá
advogar em favor da peça pronta e nunca nas operações individualmente.
Nesse caso me atrevo a dizer que esse setor “jogou bem, mas
perdeu o jogo”, pois as costureiras trabalharam muito bem nas operações, mas mesmo
assim só produzimos aquilo que a Galoneira poderia ter feito...
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