Não podemos mais trabalhar com costureiras que só sabem operar
uma máquina. Isso é um fato, pois a diversidade dos produtos, nos dias de hoje,
é muito grande.
Num passado, em virtude de poucos modelos e muitas peças
do mesmo modelo, poderíamos ter costureiras especialistas em determinadas
máquinas, mas agora vivemos uma situação inversa, ou seja, milhares de
modelos diferentes e todos com quantidades pequenas.
Esse fenômeno mudou completamente o tipo de mão de obra que
precisamos em nossas oficinas de costura. Precisamos de costureiras
polivalentes.
Que são costureiras polivalentes?
São aquelas que conseguem ter bom desempenho em mais de um
tipo de máquinas ou mesmo em mais operações.
Acabou-se o tempo que tínhamos “mangueiras” (costureiras que
só pregam mangas), ou “goleiras” (costureiras que só pregam golas) ou até mesmo
“zipeiras” (costureiras que só sabem pregar zíperes). Hoje precisamos de
COSTUREIRAS, que saibam fazer várias operações e saibam operar diversas
máquinas, caso contrário, não poderão fazer parte de um grupo que privilegia o
produto pronto e nunca uma parte dele (a operação).
Como poderei equilibrar as diferenças de tempos padrões das
operações de uma peça, se não tenho costureira multifuncional? Impossível, pois
existem operações simples que não
ocuparão a costureira o tempo todo, mas como posso colocá-la para ajudar
outra operação, se essa costureira não sabe fazê-la? Receita de Fabricação
totalmente fracassada. E nunca é demais lembrar que a Receita de Fabricação é a
principal causa de uma boa eficiência produtiva.
Portanto nossas costureiras precisam ser polivalentes, caso
contrário, nossa oficina de costura estará afogada em gargalos produtivos,
provocando acúmulos intermediários ou desabastecimento no fluxo produtivo,
conforme o grau de dificuldade das operações.
Lembre-se, gargalo é coisa séria, precisa ser eliminado como
uma doença, doença da produção...