sábado, 27 de abril de 2013

CADA MACACO NO SEU GALHO



A cada dia que passa a polivalencia torna-se uma necessidade muito grande nas empresas, contudo, antes de qualquer coisa não podemos forçar situações que poderão se tornar grandes problemas no futuro.

O funcionário para se tornar um multifuncional deverá atender alguns quesitos fundamentais para seu bom desempenho. Cabe ao seu superior imediato ter a sensibilidade para detectar suas limitações.

Falo especialmente de pessoas que são preparados para assumir cargos de líderes.

É bem verdade que o treinamento deverá ser uma tônica para esse futuro chefe de setor, porém ele deverá ter em sua personalidade algumas características peculiares a lideres.

De nada adianta treinar uma pessoa para se tornar líder se ele não tem características para tal.

Na personalidade de um líder devemos encontrar algo que não se aprende em escolas, mas vitais para a boa performance desse líder. Estou me referindo ao dinamismo, carisma, força em persuadir, uma boa comunicação entre outros adjetivos mais.

Não quero dizer com isso que um líder nasce pronto e que não aprenderá didaticamente, mas sim, para ser treinado com sucesso deverá ter essas qualidades citadas acima. As coisas se somam, o treinamento e sua força de personalidade.

Sendo assim costumo dizer que cada macaco no seu galho, ou seja, aquele que poderá tornar-se líder deverá ser treinado, aquele que não tem condições para tal deverá ser liderado. Muito mais importante ser um bom operário do que um péssimo líder.

Encontramos com certa freqüência, nas fábricas, aqueles líderes que não agüentam mais liderar, se é que podemos chamar isso de liderar.

Desta forma afirmo que a busca de um líder na produção é uma tarefa difícil e o erro nessa escolha pode comprometer resultados.

Já ouvimos um ditado que diz – um nasceu para mandar e outro nasceu para ser mandado. Não quero acreditar nessa afirmação, mas é bem verdade que outro ditado cabe melhor no caso – cada macaco no seu galho.

 

 

 

 

                                                          

 

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sábado, 20 de abril de 2013

O LIMITE ENTRE O SUCESSO E O FRACASSO

 Muito interessante o fato de uma empresa ter sucesso em sua empreitada enquanto outra fabricante do mesmo produto, mal consegue sobreviver. Estou me referindo ao processo produtivo.

Seria o nível das costureiras que contribuiria para tal diferença? Talvez a potencialidade das costureiras daquela fábrica que tem boa produção seja maior, porém posso afirmar que esse fator é o que menos contribui para essa diferença. Então, qual o segredo?

Alguns fatores são relevantes nesse caso, poderemos citar os mais frequentes.

1. A postura da direção da empresa.

2  O grau de motivação das costureiras.

3. A dinâmica empregada pela líder do setor.

4. O sistema que a produção adota.

5. A capacidade que a empresa tem em manter as regras criadas.
 

  1. A POSTURA DA DIREÇÃO DA EMPRESA.

Digo que o diretor da empresa precisa participar do dia a dia da produção, mostrando ao pessoal a importância de se atingir resultados. Na verdade ele “paga” uma encarregada para tal, porém se não houver seu acompanhamento as pessoas envolvidas não sentirão verdadeiramente o peso do seu trabalho. Um ditado popular diz – “os olhos do dono é que engordam o porco”. Não quero acreditar nisso, mas o dono precisa saber se “alguém” está dando de comer a esse porco. Esse alguém é a encarregada. Muitas delas só “levam” ao diretor as informações que lhe convém e nem sempre a verdade. Desta forma quando o diretor da empresa pensa que as coisas são de uma forma geralmente é de outra.

 

  1. O GRAU DE MOTIVAÇÃO DA COSTUREIRA

Arrisco a dizer que é de fundamental importância o grupo estar motivado. Fábrica motivada é aquela que produz, que briga por fazer uma peça a mais. Que tem “motivos” para alcançar metas traçadas. Muitos empresários me questionam de como motivar a equipe. Alguns chegam a dizer, não entendo porque meu pessoal está desmotivado, pois eu pago os salários em dia, recolho os impostos desses salários, dou cesta básica, pago convênio, entre outros benefícios. Então por quê?

Simples, tudo isso não motiva ninguém, fazem parte da obrigação da empresa. Elas desmotivariam se não existissem, porém, não motivam a equipe, quando existem.

Então como motivá-los? Respondo que o melhor motivador é a costureira se sentir segura, com perspectivas, um plano de carreira, ser respeitada como gente e também como profissional. Ela precisará sentir a sua importância dentro da fábrica, enfim, se sentir valorizada. Esses sim são aspectos que motivam, ela precisará sentir que a “empresa” é ela e não o prédio onde trabalha ou as máquinas que utiliza. É um exercício que todos da cúpula da empresa terão que começar praticar para que seu pessoal, ao longo do tempo sinta esse comportamento.
 
 

3. A DINÂMICA EMPREGADA PELA LÍDER DO SETOR.

Costumo dizer em minhas palestras que o fato que mais desmotiva uma costureira é enxergar em sua líder uma “banana” e não uma verdadeira líder.

O grupo costuma ficar “a cara do líder”. O líder é o exemplo! Estou cansado de ver grupos com potencial excelente, mas com resultados péssimos, pois sua liderança é péssima. Também costumo ver grupos medianos que se agigantam, pois sua líder transpira dinamismo.

A dinâmica da encarregada está diretamente ligada aos bons resultados do grupo de trabalho.

Desta forma me arrisco a afirmar que a líder é aquela que alia técnica à garra. Briga por uma peça a mais, respira números, passa essa energia ao grupo.

 

4. O SISTEMA QUE A PRODUÇÃO ADOTA.

Ter um sistema definido e baseado em regras é fundamental para que qualquer grupo possa render bons resultados. Em nosso caso, sugiro que a produção tenha o foco no produto e não na operação. Precisamos lembrar que produção é peça pronta e não uma parte dela. Em primeiro lugar devemos abolir a palavra “adiantar” em produção, pois produção não se adianta, mas faz-se. Tenho presenciado erros lamentáveis de líderes que costumam permitir acúmulos intermediários enormes, pois não querem que as costureiras façam operações que não sabem. A solução seria ensiná-las. Treinamento!

Sugerimos que um sistema adequado ao seu grupo de trabalho seja a TEG, com todas as suas regras e normas de procedimento.

 

5. A CAPACIDADE QUE A EMPRESA TEM EM MANTER AS REGRAS CRIADAS.

As regras do jogo não podem ser mudadas no meio desse jogo. Elas deverão ser determinadas antes dele começar, por isso é muito importante estudá-las antecipadamente, não adotá-las para depois voltar atrás.

Canso-me de ver empresas que quando conveniente, prometem mundos e fundos aos seus funcionários, porém quando o momento não é bom, mudam aquilo sem explicações, como seu funcionário não fosse importante. Atitude grave, que poderá colocar em risco resultados.


Fracassar ou ter sucesso, produzir ou ser ineficiente depende muito mais de fatores administrativos do que propriamente operacionais. Portanto senhor empresário não procure desculpas para seu insucesso, mas note como você está administrando sua confecção e certamente encontrará respostas.

 

 

 

                                                                     

sábado, 13 de abril de 2013

OS 10 MANDAMENTOS DA PRODUÇÃO



1. ABASTECIMENTO PLENO
Para que se possa produzir, a regra número um é ter um abastecimento total, ou seja, entrar o serviço no grupo de produção acompanhado de todos os aviamentos, fato esse que permitirá uma sequência sem interrupções no processo produtivo. Uma medida bastante eficiente é a criação de um Kanban.

2. FLUXO DE MERCADORIA
Depois de bem abastecido através do Kanban, o segundo passo é criar um fluxo da mercadoria. Esse fluxo poderá ser criado com uma receita de fabricação perfeita que permitirá o equilíbrio da diferença dos tempos padrões das operações. Note bem que não estamos falando de capacidade de máquina, mas sim fluxo de mercadoria. O balanceamento deverá ocorrer em função da meta de produção.

3. RÍTMO DAS OPERADORAS
Evidentemente, só alcançaremos metas quando houver ritmo das operadoras e, para que isso aconteça, será preciso que as operações sejam feitas nos tempos pré-estabelecidos.

4. EQUILÍBRIO DOS TEMPOS PADRÕES DAS OPERAÇÕES
Se não trabalharmos essa diferença não atingiremos metas, pois cada operação tem um grau de dificuldade diferente. Sendo assim, a carga de minutos para cada uma passa a ser diferente também. Esse equilíbrio deve ser muito monitorado pela liderança para que não exista o risco de sermos eficazes sem sermos eficientes.

5. ENCARAR CADA GRUPO COMO SE FOSSE UMA FÁBRICA
A independência do grupo de trabalho é fundamental para que possamos ter bons resultados, pois permite um controle mais apurado, motiva as pessoas, faz crescer o grau de responsabilidade dos elementos do grupo e, acima de tudo, dá condição ao líder de conhecer e aproveitar melhor o potencial de cada elemento desse grupo.

6. CONTROLAR A PRODUÇÃO HORA A HORA
Tão importante quanto programar e planejar uma produção é o seu controle no decorrer do período. O controle para ser eficiente deverá ser analisado num período curto de espaço de tempo. Sugerimos que, a cada sessenta minutos, essa informação venha à tona para que o líder possa tomar as decisões de acordo com a variação desses resultados.

7. CORRIGIR QUALQUER DESVIO QUANDO NECESSÁRIO
Fazer uma marcação de produção só por fazer, não tem sentido. Portanto, o grande objetivo é ter atitudes quando existem desvios nos resultados. O líder deverá entrar em ação quando um período não apresentar números satisfatórios. Caso contrário, cumprir ou não as metas seria a mesma coisa.

8. TRANSPARECER OS RESULTADOS COMPROMETENDO O PESSOAL
A motivação da equipe de trabalho é a base sustentadora para que os resultados sejam atingidos com sucesso. Sendo assim, não podemos falar em motivação sem sermos claros em relação ao “poder fazer” e realmente “o que se está fazendo”. Os elementos da equipe de trabalho deverão acompanhar os resultados para, só assim, perceberem a importância do seu trabalho (base da motivação).

9. NÃO ADMITIR RETRABALHO - ENCARAR ERROS COMO ACIDENTE
Toda vez que admitirmos um erro, ele acontecerá! O erro pode até acontecer, mas deverá ser encarado como acidente. A má qualidade é a maior inimiga da produção. Só tem produção quem tem qualidade. O tempo de fazer bem feito é o mesmo de se fazer com defeito. É só uma questão de capricho! Portanto, não gastar tempo em desmanchar e refazer poderá dar uma condição de melhor aproveitamento de tempo.

10. BUSCAR SOLUÇÕES DO COTIDIANO COM A PARTICIPAÇÃO DO PESSOAL
Toda vez que um líder der chance ao seu subordinado de participar das decisões, ele estará fazendo crescer dentro desse funcionário uma sensação forte de importância do seu trabalho. Esse fato contribuirá para motivá-lo fortemente, pois as grandes soluções para os problemas da produção veem do piso de fábrica.

UM BLOG PARA COMPARTILHAR EXPERIÊNCIAS DE SUCESSO


A SCHUMACKER CONSULTORIA apresenta cursos rápidos para preparar a administração de sua produção com o objetivo de extrair todo potencial da equipe e atingir resultados cada vez melhores, muitas vezes surpreendentes, tais como: 
- Formação de supervisores e encarregados de produção
- Cronoanálise
- Cronometragem

E a partir de agora, você terá a disposição matérias semanais sobre produção de confecção neste blog. A finalidade é dividir informações importantes e dar chance ao administrador de produção de ter acesso a assuntos que diariamente o incomodam e, não raramente, comprometem seus resultados. 

Nesta primeira semana, vocês terão a oportunidade de ler sobre “OS DEZ MANDAMENTOS DA PRODUÇÃO”.