quinta-feira, 18 de julho de 2013

TEORIA DAS RESTRIÇÕES


Criador dessa teoria, Goldratt está corretíssimo quando afirma que o gargalo é o fator determinante para os números que a produção apresenta.

Os gargalos são os obstáculos que o processo apresenta, ou seja, qualquer restrição ao caminho do produto dentro do seu fluxo natural. Os gargalos de produção poderão ser temporários ou permanentes. Vejamos – um gargalo temporário – uma máquina que se quebra e não tem substituta, poderemos considerar um gargalo temporário, pois assim que for consertada eliminará esse gargalo. Diferente de um gargalo permanente, por exemplo, uma operação mais complexa que a outra. Exemplo - operação A = 2,00 minutos – Operação B = 1,00 minuto. Nesse exemplo poderemos dizer que a operação A é um gargalo em relação à operação B.

Os gargalos deverão ser eliminados ou minimizados. Essa é a tarefa do administrador da produção, pois caso contrário perderá mão de obra.

Sendo assim, como administrar essa produção, se temos operações com tempos muito diferentes entre si? Para se eliminar um gargalo operacional só um caminho será eficiente, o equilíbrio dos tempos padrões das operações. Vejamos o exercício abaixo.

Produto X

Sequência operacional             1          2          3          4          5          6

Tempo da operação                0,5       1          0,5       3          1,5       2

Aí podemos verificar que tenho na operação número 4 o grande gargalo de produção desse produto, pois seu tempo de fabricação é de 3 minutos, quando as demais operações têm tempos menores.

Só com o equilíbrio dos tempos poderei aproveitar bem toda minha mão de obra envolvida no processo. Se erroneamente eu colocar uma operadora 60 minutos na operação número 1 ela fará 120 peças nessa hora, ao passo que a operadora da operação número 4 fará apenas 20 peças. Pergunto – de que adiantaria fazer 120 peças numa operação se na outra só posso produzir 20? Erro grotesco do administrador, pois ele está criando acúmulos intermediários (fato que onera sobremaneira o custo operacional). Quero afirmar com isso que não importa o grau de dificuldade da operação, mas sim, o que importa é fazer o mesmo número de peças de cada operação. Isso é produzir com eficiência. Isso é eliminar gargalos.

Aproveitando o exercício acima também afirmo que se eu balancear a capacidade da máquina terei que trabalhar com 6 operadoras (uma em cada operação), mas meu resultado final será apenas 20 peças por hora, pois a operação número 4 limitou a saída do produto.

Se equilibrar os tempos dessas operações também farei 20 peças por hora, muito embora só utilize 2 pessoas e mais 83% de uma terceira.  Explico – se o tempo total da peça é igual a 8,5 minutos ( a soma de todas as operações) e produzirei apenas 20 peças, então tenho – 8,5 x 20 = 170 minutos, ou seja menos de três operadoras.

Conclusão final – custo operacional reduzido. Porque usarei 6 pessoas para fazer uma produção que poderei fazer com 2,83 pessoas?

Afirmo que o grande problema de desperdício de mão de obra nas confecções está na falta desse equilíbrio que nem sempre é de total domínio do administrador da produção.

Se pudéssemos dar um apelido ao chefe de produção, certamente diria que o chefe de produção é um “caçador de gargalos”, pois só eliminando-os poderá ser eficiente no seu papel de líder de produção.

 

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