sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A QUALIDADE DAS PESSOAS NAS EMPRESAS


Um grande mestre sempre me dizia:- “Não existe um bom profissional que não seja antes uma boa pessoa”. Acredito muito nessa afirmação, pois uma boa pessoa poderá ser um bom profissional, desde que esteja comprometido e receba um bom treinamento, mas nem sempre um bom operador tecnicamente será um bom funcionário. E o que a empresa precisa é um bom funcionário.

O que significa um bom funcionário?

Ser bom funcionário é estar, acima de tudo, comprometido. Ter potencial para receber e absorver um bom treinamento, ter vontade, garra, brigar pelas coisas certas, ser disciplinado e sempre buscar um crescimento dentro da empresa.

A grande diferença dos resultados das empresas está na qualidade das pessoas que formam as empresas.

Canso-me de ver empresas com grande potencial de equipamento, grandes prédios, estruturas fantásticas e lamentavelmente resultados péssimos. Já outras sem as mesmas condições dessa primeira, limitadas em recursos, mas com resultados excelentes. Porque ocorre esse fenômeno? Simples – a resposta está na qualidade das pessoas, que muito embora sem os mesmos recursos conseguem aproveitar o máximo as condições de trabalho, com garra, vibração, atitudes e principalmente comprometimento.

Num passado, não muito distante, as empresas eram “medidas” pelo prédio, pelas máquinas fabulosas, pelo número de funcionários, mas hoje a empresa de sucesso é aquela que investe em pessoas. Seu grande patrimônio chama-se:- “gente”. Esse é o grande diferencial.

Quando advogo em favor de manter um quadro de funcionários comprometidos evidentemente que não poderemos nos esquecer do investimento que a empresa deverá fazer em treinamento. Esse treinamento deverá fazer parte do cotidiano da empresa e não deve se limitar ao treinamento técnico, mas também ao comportamental.

O grande desafio é formar pessoas para depois formar profissionais. Evidente que nem todos poderão ser enquadrados, pois temos no meio desse caminho um problema cultural, porém precisamos “experimentar”.

Nas empresas manufatureiras, onde geralmente dependem muito do operador (como é o caso da confecção) os cuidados devem ser redobrados, pois nesse caso o homem é que “puxa” a máquina, diferente dos segmentos onde a máquina “puxa” o homem.

Portanto, penso que a empresa que tiver objetivos de crescimento ou mesmo de se manter bem no mercado deverá investir nas pessoas.

Os tempos mudaram, aquilo que no passado era privilégio somente de grandes fábricas (como a compra de equipamentos, melhorias no parque industrial) hoje é possível a qualquer “pequena indústria”, então a diferença realmente está na mão de obra, não tenho dúvidas disso...

Quando me refiro a treinar estou falando em todos os níveis da escala hierárquica:- piso de fábrica, encarregados, líderes, gerentes e principalmente a diretoria da empresa que precisa aprender a “enxergar” sua fábrica sob um ângulo diferente daquele que tradicionalmente está acostumado a enxergar.

Funcionário comprometido não é custo, mas retorno e infelizmente alguns empresários não atentam a esse detalhe e só conseguem ver o que esse funcionário representa na folha de pagamento quando deveriam enxerga-lo como patrimônio.

 

 

                                   

 

 

 

 

                                                                      

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