Um grande mestre sempre me dizia:- “Não existe um bom
profissional que não seja antes uma boa pessoa”. Acredito muito nessa
afirmação, pois uma boa pessoa poderá ser um bom profissional, desde que esteja
comprometido e receba um bom treinamento, mas nem sempre um bom operador
tecnicamente será um bom funcionário. E o que a empresa precisa é um bom
funcionário.
O que significa um bom funcionário?
Ser bom funcionário é estar, acima de tudo, comprometido. Ter
potencial para receber e absorver um bom treinamento, ter vontade, garra,
brigar pelas coisas certas, ser disciplinado e sempre buscar um crescimento
dentro da empresa.
A grande diferença dos resultados das empresas está na
qualidade das pessoas que formam as empresas.
Canso-me de ver empresas com grande potencial de
equipamento, grandes prédios, estruturas fantásticas e lamentavelmente
resultados péssimos. Já outras sem as mesmas condições dessa primeira,
limitadas em recursos, mas com resultados excelentes. Porque ocorre esse
fenômeno? Simples – a resposta está na qualidade das pessoas, que muito embora
sem os mesmos recursos conseguem aproveitar o máximo as condições de trabalho,
com garra, vibração, atitudes e principalmente comprometimento.
Num passado, não muito distante, as empresas eram “medidas”
pelo prédio, pelas máquinas fabulosas, pelo número de funcionários, mas hoje a
empresa de sucesso é aquela que investe em pessoas. Seu grande patrimônio
chama-se:- “gente”. Esse é o grande diferencial.
Quando advogo em favor de manter um quadro de funcionários
comprometidos evidentemente que não poderemos nos esquecer do investimento que
a empresa deverá fazer em treinamento. Esse treinamento deverá fazer parte do
cotidiano da empresa e não deve se limitar ao treinamento técnico, mas também ao
comportamental.
O grande desafio é formar pessoas para depois formar
profissionais. Evidente que nem todos poderão ser enquadrados, pois temos no
meio desse caminho um problema cultural, porém precisamos “experimentar”.
Nas empresas manufatureiras, onde geralmente dependem muito
do operador (como é o caso da confecção) os cuidados devem ser redobrados, pois
nesse caso o homem é que “puxa” a máquina, diferente dos segmentos onde a
máquina “puxa” o homem.
Portanto, penso que a empresa que tiver objetivos de
crescimento ou mesmo de se manter bem no mercado deverá investir nas pessoas.
Os tempos mudaram, aquilo que no passado era privilégio
somente de grandes fábricas (como a compra de equipamentos, melhorias no parque
industrial) hoje é possível a qualquer “pequena indústria”, então a diferença
realmente está na mão de obra, não tenho dúvidas disso...
Quando me refiro a treinar estou falando em todos os níveis
da escala hierárquica:- piso de fábrica, encarregados, líderes, gerentes e
principalmente a diretoria da empresa que precisa aprender a “enxergar” sua
fábrica sob um ângulo diferente daquele que tradicionalmente está acostumado a
enxergar.
Funcionário comprometido não é custo, mas retorno e
infelizmente alguns empresários não atentam a esse detalhe e só conseguem ver o
que esse funcionário representa na folha de pagamento quando deveriam
enxerga-lo como patrimônio.
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