sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A FIGURA DA ENCARREGADA DE PRODUÇÃO


Alguns empresários ainda não conseguiram enxergar a importância dessa profissional dentro do seu setor produtivo.

Posso afirmar que se esse empresário tivesse mais cuidado na escolha de uma encarregada no setor de costura, sua fábrica seria mais produtiva e consequentemente seu custo operacional estaria reduzido.

Já que esse cargo representa tanto nos resultados da empresa, vamos estuda-lo mais detalhadamente.

Para efeitos comparativos chamaremos a encarregada de “antiga” e “moderna”.

Antiga

Geralmente é a encarregada que não enxerga o produto, mas sim a parte desse produto. Explico – ela gosta de costureiras de uma única operação, chegando a dizer:- “tenho uma ótima costureira, pois ela faz X peças de tal operação”. Não se preocupa com custos operacionais, pois acaba “inventando” aquela operação só para a costureira não ficar parada. Advoga em favor de simplesmente não parar máquinas, quando deveria se preocupar em não parar a costureira. Adota o sistema de “linha de produção”, achando que produção é tirar o máximo do equipamento, quando na verdade produção é tirar o máximo da mão de obra.

Chamo de antiga porque no passado, quando o mercado trabalhava com poucos modelos e grandes quantidades de peças a própria situação facilitava a administração. Hoje o que encontramos é exatamente inverso – muitos modelos e pequenas quantidades de peças por modelo. Essa encarregada não se adaptou a essa mudança o que fez com que continuasse administrando da mesma forma, comprometendo assim os resultados.

A costureira da “antiga encarregada” não tem polivalência, fato esse que limita sua atuação quando se muda o produto no processo produtivo. Desta forma a fábrica acaba ficando “inchada” e apresenta uma dificuldade no abastecimento, uma vez que sempre será necessário ter um serviço que “atenda” as limitações daquela costureira, pois afinal de contas ela só sabe costurar “naquela” máquina.

Quando chamamos de antiga não significa que essa profissional tenha uma idade avançada, mas sua “cabeça” é antiga, administra mal sua equipe com essa filosofia arcaica.

Para agravar a situação geralmente são inseguras, pensam que sabem mais que realmente sabem, não dão chances para as costureiras da equipe e administram a produção como gostava o Taylor a mais de cem anos atrás.

Costuma ser “chefe” e não líder.

Moderna –

Essa é a encarregada que nossas confecções precisam, atua completamente diferente da anterior. Costuma dar valor para a peça “pronta” e não apenas para as operações individualmente.

Sua eterna preocupação é terminar a peça que iniciou, nunca permite acúmulos intermediários, equilibra a diferença dos tempos das operações, costuma trabalhar com os princípios das células de manufatura e sendo assim sua equipe é altamente polivalente.

Sua atuação reduz custos operacionais, naturalmente, trabalha buscando a melhor eficácia da equipe, sabe ler os relatórios de produção e dá ênfase aos controles, usando-os como ferramentas de trabalho.

Na verdade estamos falando de uma verdadeira líder, que busca a participação das suas costureiras em suas decisões, valoriza o conjunto, motiva a equipe e acima de tudo “respira” resultados.

O treinamento é outra coisa que faz parte do seu dia-a-dia, sempre está procurando aperfeiçoar a mão de obra de sua equipe, buscando aumentar a polivalência da equipe.

 

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