Alguns empresários ainda não conseguiram enxergar a
importância dessa profissional dentro do seu setor produtivo.
Posso afirmar que se esse empresário tivesse mais cuidado na
escolha de uma encarregada no setor de costura, sua fábrica seria mais
produtiva e consequentemente seu custo operacional estaria reduzido.
Já que esse cargo representa tanto nos resultados da
empresa, vamos estuda-lo mais detalhadamente.
Para efeitos comparativos chamaremos a encarregada de “antiga” e “moderna”.
Antiga –
Geralmente é a encarregada que não enxerga o produto, mas
sim a parte desse produto. Explico – ela gosta de costureiras de uma única
operação, chegando a dizer:- “tenho uma ótima costureira, pois ela faz X peças
de tal operação”. Não se preocupa com custos operacionais, pois acaba
“inventando” aquela operação só para a costureira não ficar parada. Advoga em
favor de simplesmente não parar máquinas, quando deveria se preocupar em não
parar a costureira. Adota o sistema de “linha de produção”, achando que
produção é tirar o máximo do equipamento, quando na verdade produção é tirar o
máximo da mão de obra.
Chamo de antiga porque no passado, quando o mercado
trabalhava com poucos modelos e grandes quantidades de peças a própria situação
facilitava a administração. Hoje o que encontramos é exatamente inverso –
muitos modelos e pequenas quantidades de peças por modelo. Essa encarregada não
se adaptou a essa mudança o que fez com que continuasse administrando da mesma
forma, comprometendo assim os resultados.
A costureira da “antiga encarregada” não tem polivalência,
fato esse que limita sua atuação quando se muda o produto no processo
produtivo. Desta forma a fábrica acaba ficando “inchada” e apresenta uma
dificuldade no abastecimento, uma vez que sempre será necessário ter um serviço
que “atenda” as limitações daquela costureira, pois afinal de contas ela só
sabe costurar “naquela” máquina.
Quando chamamos de antiga não significa que essa
profissional tenha uma idade avançada, mas sua “cabeça” é antiga, administra
mal sua equipe com essa filosofia arcaica.
Para agravar a situação geralmente são inseguras, pensam que
sabem mais que realmente sabem, não dão chances para as costureiras da equipe e
administram a produção como gostava o Taylor a mais de cem anos atrás.
Costuma ser “chefe” e não líder.
Moderna –
Essa é a encarregada que nossas confecções precisam, atua
completamente diferente da anterior. Costuma dar valor para a peça “pronta” e
não apenas para as operações individualmente.
Sua eterna preocupação é terminar a peça que iniciou, nunca
permite acúmulos intermediários, equilibra a diferença dos tempos das
operações, costuma trabalhar com os princípios das células de manufatura e
sendo assim sua equipe é altamente polivalente.
Sua atuação reduz custos operacionais, naturalmente,
trabalha buscando a melhor eficácia da equipe, sabe ler os relatórios de
produção e dá ênfase aos controles, usando-os como ferramentas de trabalho.
Na verdade estamos falando de uma verdadeira líder, que
busca a participação das suas costureiras em suas decisões, valoriza o
conjunto, motiva a equipe e acima de tudo “respira” resultados.
O treinamento é outra coisa que faz parte do seu dia-a-dia,
sempre está procurando aperfeiçoar a mão de obra de sua equipe, buscando
aumentar a polivalência da equipe.
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