sexta-feira, 23 de maio de 2014

A FALTA DE AVIAMENTOS NO SETOR DE PRODUÇÃO

A maior ignorância em se tratando de produção é advogar em favor das operações individuais sem ter como objetivo o “todo”. De nada adianta a produção de uma “parte” do produto se não consigo concluí-lo e consequentemente entregar esse produto ao meu cliente. Toda interrupção ao processo produtivo é um golpe no fluxo de mercadoria dentro do sistema.

Essas interrupções podem ser de diversas maneiras, porém a mais freqüente é a falta de aviamentos. Toda vez que um produto entra na produção para ser produzido sem os devidos aviamentos estaremos diante de incompetência de um planejamento sem visão de produção.

Quando não temos aviamentos para um determinado corte, o interessante é que esse produto não entre na produção, pois fatalmente irá interromper o processo na operação que necessita desse aviamento faltante. Essa paralisação será responsável pelo fracasso dos números o que na verdade tirará o animo dos elementos do grupo, desta forma a desmotivação será marcante uma vez que os resultados frustrarão a equipe.

Infelizmente os senhores “administradores” colocam essa peça para ser produzida pensando em “adiantar” a produção, para que depois que chegar o aviamento, concluí-la.

Absurdo, pois em produção nunca se “adianta” produção, mas sim se cria o fluxo de mercadoria e produz-se.

Quando não tenho aviamento para produzir, entro com outro produto que possa “render fruto”, pois caso contrário teremos acúmulos intermediários, meus custos operacionais crescerão e além do mais terei jogado fora as regras básicas e fundamentais para obter produção.

Se por exemplo tenho um corte de 500 peças, mas só tenho aviamentos para 400, então terei que agir da seguinte forma –.
  1. Entro com 400 peças.
  2. Deixo as 100 na espera, evidentemente produzindo outra peça.
  3. Quando chegarem os aviamentos para as 100 peças restantes, aí sim começo a produzi-las.

Essa é a maneira mais inteligente de aproveitar sua mão de obra, não permitindo que simplesmente as máquinas sejam ativadas, mas sim utilizadas de maneira mais eficiente.
A falha neste caso está no PCP que por razões diversas não programou os aviamentos na hora certa. E não adianta senhores profissionais de PCP virem justificando que o erro foi do fornecedor que atrasou a entrega, mas sua que não considerou a possibilidade de existir atraso do fornecedor.


Seja como for, a produção (operacional) não pode “pagar” pela falha do setor burocrático da produção que permitiu a falta do aviamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário