sexta-feira, 26 de setembro de 2014

PROBLEMAS E DIFICULDADES

Facilmente confundidos, problemas e dificuldades estão presentes diariamente na vida da produção.

Em primeiro lugar é necessário distingui-los. Nunca foram sinônimos, mas misturam-se em nosso dia a dia.

As dificuldades aparecerem e precisam ser administradas, trabalhadas e quebradas na medida em que nos incomodam.  Podemos dar exemplo de algumas dificuldades que a fábrica encontra:- o governo que não protege a indústria nacional, as estações do ano que não se definem e comprometem uma nova coleção, os fornecedores que não entregam suas mercadorias nas datas prometidas e consequentemente reduzem o poder do PCP, enfim podemos apresentar as dificuldades em diversas facetas.

Tudo isso é diferente de problema. Os problemas não devem ser administrados, mas sim resolvidos. 

Podemos citar diversos tipos de problemas que comprometem os resultados da nossa produção – falta de treinamento, falta de ritmo das costureiras, abastecimento ineficiente, desequilíbrio dos tempos padrões das operações, etc.

Acontece que, frequentemente as encarregadas buscam desculpas para os maus resultados e se esquecem de que os problemas não resolvidos se potencializam no processo produtivo, desta forma tentam justificar seu fracasso chamando esses problemas de dificuldades. Obviamente não são dificuldades, mas sim problemas que não foram resolvidos.

Costumo dizer: –“ qual o problema ter problemas?  O problema é não resolver o problema”...


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O COMPROMETIMENTO COMO FERRAMENTA DE VIDA


Acredito que a falta de comprometimento das pessoas torna a vida mais difícil. Esse comprometimento que hora cobro é a todos os níveis.

A impressão que tenho é que as pessoas (na maioria) não têm objetivos claros, não se incomodam com resultados, em suas vidas, enfim, estão alienados. Nesse aspecto acredito que o homem regrediu, sendo assim imaginemos dentro de nossas fábricas.

Como teremos funcionários comprometidos com a empresa se nem com eles mesmos estão se incomodando? Talvez aí esteja o grande problema de maus resultados na produção.

Funcionários que não tem interesse pelos resultados da empresa e nem pelo seu próprio trabalho, dificultando a tarefa dos líderes, esses que precisam viver de resultados, muito embora o fato de ser líder não garante que também não esteja descompromissado.

Costumo dizer que o mundo seria diferente se todos fizessem o que deveriam, porém essa falta de compromisso com o certo torna o mundo cruel.

Verdadeiramente o momento é crítico. O ser humano até parece estar vivendo por viver, sem objetivo ou metas claras e transparentes. Uma pena! Tudo isso contribui para tornar a vida mais difícil.

Caros leitores vamos imaginar isso dentro de nossas fábricas. Pessoas pouco se importando com resultados, desmotivados e além do mais elevando custos operacionais. Costumamos reclamar dos “bastidores” – governo que não ajuda, exigências cada vez maiores, mas não estamos acostumados a enxergar a verdadeira razão de números baixos em nossa produção – “a falta de comprometimento dos nossos funcionários”. Esse sim é um fator relevante para esse desastre que encontramos em nossas fábricas.

 Mas nem tudo está perdido, pois costumo visitar empresas onde o fator compromisso é uma ferramenta de trabalho e essas empresas têm resultados fantásticos.

Vamos ser bastante sinceros – é difícil comprometer alguém, pois são variáveis que tornam essa missão quase impossível, mas independentemente de qualquer coisa não podemos desistir e talvez dessa forma poderemos transformar nossos resultados.
Que Deus nos ajude...

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

APRENDENDO A ANALISAR NÚMEROS


Partindo da premissa que produção não se mede pelo número de peças e sim por minuto do produto, afirmo que nem sempre produzir um número menor de peças significa redução da produção.

Tentarei explicar essa afirmação com números. Imaginem que tenho um produto cujo tempo padrão é de 5 minutos. Tenho uma equipe de cinco costureiras. Desta forma se dividir 300 minutos (carga de mão de obra) por 5 defino minha meta como sendo 60 peças por hora.

Num segundo caso tenho um produto com 10 minutos e a mesma equipe, desta forma minha meta passa a ser 30 peças por hora.

Numa determinada hora produzi 48 peças do primeiro produto, portanto minha eficiência foi de 80%. Em outra hora produzi 30 peças do segundo caso. Então tenho 100% de eficiência.

Não poderei de forma nenhuma dizer que perdi produção somente porque 30 é menor do que 48, pois muito  embora meu número de peças caiu de 48 para 30 minha eficiência foi maior no segundo caso.

Conclusão – cada produto deverá ser medido através dos seus minutos e consequentemente pela eficiência e nunca pelo número de peças.

Todo produto tem uma história dentro dos recursos, ao ser produzido.

Parece obvio e é, mas infelizmente muita gente não consegue enxergar esse fato na produção.

Só dizendo o seguinte – nossa produção caiu pois ontem produzimos 1.000 peças e hoje só 800 peças. Falta de visão , pois só posso fazer essa afirmação se nos dois dias produzimos o mesmo modelo.