sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A FORÇA E O JEITO

A história nos mostra, ao longo dos anos, que nem sempre a vitória sorri para o mais forte, mas sim, quase sempre para o mais hábil.

Como pode o franzino David ter derrotado o gigante Golias? Com certeza não foi com a força, mas sim com o jeito de enfrentar a dificuldade. Eu disse jeito!

É desse profissional que as confecções estão carentes, líderes com jeito, dispostos a passar pelas barreiras por mais monstruosas que possam parecer.

A liderança que aplicava força para conquistar resultados já morreu. Taylor e sua escola já ficaram para trás, porém ainda hoje existam líderes que se prevalecem de força para “tentar” obter resultados. Vejam que eu disse “tentar”, pois com certeza esses resultados não são satisfatórios.

Nossas fábricas precisam de equipes, times com objetivos claros e transparentes, pois só dessa forma conquistaremos realmente bons resultados. E convenhamos que só com atuação inteligente e carismática de nossos líderes esses resultados serão alcançados.

Portanto não seja um líder atuando com chicotes na mão, mas sim alguém que comande sua equipe com clareza, transparência e acima de tudo jeito...


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ADMINISTRAR A PRODUÇÃO NOS DIAS DE HOJE É DIFERENTE DO PASSADO

Indiscutivelmente num passado não muito remoto administrávamos a produção de uma confecção muito mais facilmente do que hoje.

Vários são os motivos para afirmarmos essa diferença, porém poderemos citar as mais fortes.

1.      A quantidade de modelos que tínhamos no passado era pequena, mas as quantidades de peças por modelo eram enormes. Esse fator por si só facilitava a administração da produção, pois não era necessário estar trocando de modelos a toda hora no setor produtivo. Nunca é demais lembrarmos que o momento crítico da produção é a troca de modelos. Hoje vivemos muitos momentos críticos, pois ao contrário do passado, temos muitos modelos e pequenas quantidades de peças por modelo.

2.      Outro fator que dificulta a administração da produção nos dias de hoje é a necessidade de uma polivalência muito grande da mão de obra, pois com muitas trocas teremos que ter costureiras mais aptas em mais operações. Acontece que nem sempre essa mão de obra é multifuncional o suficiente, pois a encarregada se “esqueceu” de ensinar as costureiras.

3.      Precisamos levar em conta que teremos que trabalhar com uma dinâmica muito maior que no passado, pois com trocas tão frequentes, haverá uma exigência de atuação mais rápida da liderança, coisa que nem sempre acontece.

4.      Todos os departamentos ligados à produção, como almoxarifado, setor de compras, PCP, manutenção entre outros, precisarão acompanhar essa agilidade que no passado era mais fácil.

5.      A concorrência mais forte e porque não dizer até mesmo desleal, em alguns casos. Os produtos que são “despejados” de outras partes do mundo com preços que chegam a ser desafiadores para não dizer outra coisa...

6.      O fortalecimento dos sindicatos que em muitos casos chegam a atrapalhar o desempenho da indústria.

Ufa! Nem precisamos mais motivos para dizer que administrar a produção de uma confecção nos dias de hoje é infinitamente mais complicado que outrora!

Por essas e outras razões é que precisamos mudar a maneira de trabalhar. Produzir não significa sentar atrás de uma máquina de costura e pisar até o máximo, como antigamente, mas sim fazermos as operações de forma equilibrada em favor do conjunto dessas operações e não somente de uma parte do produto, como já foi no passado.

A fábrica precisa reduzir os custos operacionais através de técnica mais apurada, estudar a “melhor maneira de fazer”, baixar tempos padrões e incontinentemente motivar as pessoas do chão de fábrica para que possam trabalhar com comprometimento total.

Precisamos “tirar” das nossas fábricas aquelas encarregadas que acreditavam que a força era importante, substituindo-a pela líder que acredita nas pessoas, que sabe conduzir uma equipe com jeito e desta forma extraindo o melhor de cada elemento de sua equipe.

Considero essa a grande diferença na administração das confecções de outrora e as de hoje.


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

NADAR, NADAR E MORRER AFOGADO NA PRAIA

Desta forma que enxergo algumas confecções, nos dias de hoje.

Explico melhor...

O setor de produção de uma confecção inicia-se no setor corte, passa pela costura e termina no acabamento.

De uma maneira errada, quando falamos em produção, logo vêm à nossa cabeça o setor de costura. Provavelmente  por ter o maior contingente ou até mesmo por ser o departamento com maiores problemas, mas de qualquer forma essa ideia é errada.

Vejo, com frequência, acúmulos enormes nos setores de acabamento, como se a peça costurada fosse o bastante para considerarmos a peça pronta.

Muito têm- se trabalhado as técnicas na costura, muitos são os estudos para se baixar tempos operacionais, mas afirmo que nada disso tem valor se não trabalharmos a continuidade da costura:- arremate, revisão, passadoria, embalagens, etc.

Nesse setor, assim como na costura, o administrador deverá adotar as mesmas regras, ou seja, carga de máquina, carga de mão de obra e desta forma estabelecer metas para que não corramos o risco de costurar e ficar parado no setor de acabamento, pois os acúmulos intermediários provocarão aumento de custo operacional, assim como na costura.


O CARMAQ poderá ajudá-lo a criar uma receita de fabricação para utilização do equipamento e principalmente da mão de obra nesse setor, para que você não nade o oceano todo e venha a morrer afogado na praia...

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

PROFISSIONAL X PARENTE

Que a indústria de confecção é tipicamente familiar todos sabemos. Infelizmente quando procuramos um profissional na fábrica o que encontramos é um parente.

Acontece que o cargo é ocupado não por um profissional da área, mas um cunhado, primo, irmão ou filho que mal sabem por que estão exercendo essa função. Simples a resposta – é parente do dono.

Costumo afirmar que a empresa jamais deveria admitir um funcionário que não possa demiti-lo depois. Vocês vão concordar comigo que é mais difícil demitir um irmão, filho ou genro do que um funcionário que só tenha o vinculo profissional.

Já sabemos o final desse “filme” – a empresa paga a conta (aliás, muito cara).

A concorrência é grande, precisamos ser eficientes, mas com gente curiosa ocupando cargos importantes fica difícil.

O pior é que esse parente, muitas vezes, encontra-se numa zona de conforto total, pois sabe que seu cargo jamais estará ameaçado, afinal é parente do “dono”. Pobre empresa, seus resultados estarão a desejar. Além disso, esse “parente” acha que sabe das coisas e não percebe que está sendo nocivo à empresa. Muitas vezes ainda acaba sendo arrogante...


Cuidado empresário. Ajudar a um parente é lindo, maravilhoso, mas deixe-o em casa e pague um salário para o dito parente, não permita que ele “atrapalhe”...

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

LUTO

Hoje não escreverei sobre produção! Estou de luto.

Luto por chegar às vésperas de uma eleição presidencial e não ter em quem votar...

Devemos continuar com a atual governo (o pior da história desse país) ou arriscar a deixá-lo nas mãos de outros aventureiros?

Posso aproveitar a oportunidade para dizer que estamos carente de líderes, mas de nada adiantará, pois o país continuará a ser comandado por pessoas despreparadas...

Então o que fazer? Gostaria de ter a resposta.

Pobre povo brasileiro, é melhor eu para por aqui...