sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

BOA VONTADE X CONHECIMENTO TÉCNICO

Tenho observado nas confecções que visito que muitas vezes temos encarregadas com boa vontade, porém com pouco conhecimento técnico.

Já dizia meu avô que o inferno está cheio de gente com boa vontade...

Sem dúvida é fundamental um líder com muita vontade, mas jamais poderemos desprezar o conhecimento. Da mesma forma sou capaz de dizer que o conhecimento não é eficaz quando não existir boa vontade.

Querer nem sempre é poder! A líder que deseja números satisfatórios, que está cheia de boas intenções muitas vezes não os alcança porque não conhece, porque não sabe como agir diante dos problemas do dia a dia.


Um conselho aquela líder que tem como lema a boa vontade – “estude, aprenda o processo, apure seu conhecimento” que aí sim seus resultados serão exemplo. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O TEMPO DA OPERAÇÃO

Acredito que não é necessário dizer que não existe tempo da operadora, mas sim o tempo da operação. Essa afirmação deve ser de conhecimento de todos no processo produtivo.

Quando falamos em tempo da operação é evidente que estamos falando de uma operação executada por uma costureira padrão, ou seja, aquela que domina a operação e sendo assim, a realiza com eficiência.

O cronometrista deve se atentar ao fato de que deve levantar tempos de operadoras consideradas padrões, pois caso contrário os tempos não serão confiáveis.

Se temos uma costureira executando uma tarefa e ainda não tem o pleno domínio da mesma, não servirá para a tomada de tempos. Nem por isso digo que tenho o tempo da Maria e o tempo da Joana na mesma tarefa, a diferença entre ambas não é o tempo e sim a eficiência.  Uma será eficiente porque domina a operação a outra ainda está aprendendo, logo poderá atingir o tempo correto.


Parece lógico porém é uma falha muito frequente nas confecções. Vamos nos lembrar que os tempos operacionais formam a base para todos os cálculos e desta forma um tempo errado poderá comprometer todas as informações subsequentes.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O NÚMERO DE OPERAÇÕES

Tenho percebido que em muitas confecções costumam-se determinar o número de operações de uma peça para identificar o grau de dificuldade dela.

Erro grotesco!

Quem foi que disse que a peça mais trabalhosa é aquela que tem mais operações em seu processo?
Acompanhe comigo o exemplo abaixo:-

Primeiro caso –
Operação                           Tempo padrão
1                                                                                          0,50
2                                                                                          1,50
3                                                                                          0,50
4                                                                                          1,00
5                                                                                          0,70
Total                                                   4,20 minutos

Segundo caso –
Operação                          Tempo padrão
1                                                                                          2,50
2                                                                                          1,60
3                                                                                          2,00
Total                                                   6,10 minutos
Perceba que no primeiro caso tenho um produto com 5 operações e seu tempo é 4,20 minutos.
Já no segundo caso tenho um produto com apenas 3 operações mas seu tempo é maior, ou seja, 6,10 minutos.

Desta forma encontramos mais dificuldades para produzir o segundo modelo do que o primeiro, muito embora tenha um número menor de operações.

Sendo assim, vai um aviso aos profissionais de custos, ou mesmo administradores da produção – “o que define o grau de dificuldade de cada peça é seu tempo de fabricação e nunca o número de operações”.                                                        


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O DESPERDÍCIO EM NOSSAS CONFECÇÕES

Somos brasileiros e tradicionalmente nossa cultura não têm nenhuma preocupação com os alarmantes desperdícios que encontramos dentro das nossas confecções.

Se visitarmos algumas fábricas do segmento observaremos muito material indo para o lixo de uma forma tão natural que até assusta. Etiquetas pelo chão que acabam sendo varridas, linha sendo gasta a mais, elástico e viés sobrando entre uma peça e outra, botões caindo e ninguém se preocupando com o “estrago”, enfim, material perdido de toda forma...

Esse fato nos mostra a falta de comprometimento de todos, de uma forma geral, que não se preocupam com os custos e desta forma ficam sem armas para enfrentar os concorrentes que muitas vezes nos “roubam” o pedido por centavos.

Isso é cultural! Precisamos iniciar um combate muito forte que poderíamos chamar de guerra aos desperdícios.


Ainda nem comecei a falar sobre outro desperdício que é a falta da utilização dos talentos que certamente temos dentro da nossa produção. Esse assunto, fica para uma nova oportunidade...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

SERÁ QUE ESTAMOS DESAPRENDENDO ?

Tenho ouvido, cada vez mais frequentemente, que os funcionários de nossas confecções não “querem mais saber de nada”. Não se comprometem, têm pouca responsabilidade e não fazem o que poderiam. Os índices de faltas têm sido cada vez maiores e desta forma o custo operacional acaba ficando insuportável.

Realmente tenho notado esse fenômeno. Agora também acho que precisamos buscar as razões e corrigi-las. Me arrisco a dizer que é uma soma de fatores –

1.       A cultura desse país que não investe em educação.
2.       Os baixos salários que o setor desenvolve.
3.       A omissão de um governo totalmente perdido que não valoriza a produção.
4.       A falta da valorização do segmento industrial desmotivando os empresários.
5.        A falta de perspectiva de crescimento dentro das fábricas.
6.       Mão de obra mal treinada que faz com que o empresário também se desmotive.
7.       Os altos impostos pagos pelas empresas que sempre estão buscando profissionais mais baratos e desta forma perdem rendimento.
8.       Bolsas e mais bolsas que o governo “inventa” e valoriza o “não trabalho”.

Enfim, poderíamos chegar a mais motivos para tal situação, porém precisamos solucionar isso que compromete nossos resultados. A produtividade do operário brasileiro perde de “lavada” para operários de outros países que têm uma política diferente aplicada pelo nosso governo.


O Brasil não valoriza a produção...