sexta-feira, 26 de junho de 2015

KAIZEN

Palavra que tem origem no vocabulário japonês, seu significado é “melhoramentos contínuos”.

O Kaizen é antes de mais nada uma filosofia que todos deveriam levar para a vida toda, pois acredito que sempre dá para melhorar, por melhor que seja a performance. Essa forma de pensar dentro de um processo produtivo é essencial. O bom profissional é aquele que está sempre buscando recordes. 

Fazer uma operação de costura, por exemplo, com um tempo menor sempre resultará em melhoria de metas.

Não podemos nos esquecer que para isso acontecer não basta a vontade da costureira, mas uma soma de fatores como a filosofia adotada pela empresa, a alimentação da criatividade das pessoas, a motivação gerada pelas atitudes das lideranças, enfim, um conjunto que propiciará essa prática.

Levantar pela manhã e acreditar que hoje poderá ser melhor que ontem nos enche de entusiasmo para enfrentar um novo dia. Praticar isso nos alivia a fadiga e gera uma sensação de bem-estar, por mais cansado que você possa estar. Pratique, divulgue, procure seguidores para essa nova maneira de enfrentar as dificuldades do dia a dia.

Lembre-se – não existe a perfeição, mas o que não poderá deixar de existir é a busca pela perfeição.


O ser humano tem uma necessidade muito forte de sentir-se importante e tenha certeza que você só se sentirá importante com o crescimento, com resultados cada vez melhores e desta forma poderemos buscar nosso objetivo maior na vida – ser feliz...

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O QUE REALMENTE FAZ A DIFERENÇA?

Num passado, não muito distante, apenas grandes empresas de confecção podiam investir em tecnologia, comprando máquinas eletrônicas, equipamentos eficientes, porém caros. Hoje a facilidade em se adquirir equipamentos mais eficientes é muito grande. Qualquer pequena empresa poderá se dar ao luxo de ter, por exemplo, máquinas de primeira geração.

Sem dúvidas esse era um argumento forte para que as grandes empresas tivessem ótimos resultados ao contrário daquela que só possuía máquinas convencionais. O equipamento fazia a diferença.

Se isso mudou, pergunto então o que realmente faz a diferença, agora?

Acredito que meus leitores já sabem a resposta – o que faz a diferença são as PESSOAS. Exatamente isso. A produção está carente de GENTE boa, dinâmica e eficiente.

Sem dúvidas estou afirmando que o RH, o “dono” da empresa ou seus diretores têm uma responsabilidade enorme nisso tudo, pois precisam aprender a selecionar melhor sua equipe de trabalho. Admitir um funcionário, mais do que nunca se tornou uma arte.

A produção EXIGE pessoas com ritmo de trabalho, principalmente se tratando de liderança. Tai a diferença.

Tenho encontrado grupos de costureiras excelentes cujos resultados são péssimos pois a distribuidora de serviços, por exemplo é péssima. Também tenho encontrado grupos com costureiras medianas que conseguem resultados fantásticos, pois a distribuidora de serviços é maravilhosa. Dinâmica, puxador de produção, aquela que transmite uma energia positiva para a equipe e tem isso tudo como exemplo para as costureiras.

É possível que você tenha essa funcionária, porém se investir em treinamento ela ficará melhor ainda e com certeza fará toda a diferença, talvez aquela que você está precisando e querendo...



sexta-feira, 12 de junho de 2015

UM INVESTIMENTO NECESSÁRIO

Já me declarei explicitamente em favor do treinamento. Quanto mais vivo em confecções mais percebo que o empresário não dá muita importância para o assunto. São poucos os empresários que enxergam como investimento fundamental para obter resultados, pois não preciso dizer que quanto mais treinado for o funcionário melhor a performance da equipe.

Quando falo em treinamento não estou me limitando às costureiras, mas sim a todos os funcionários da empresa, desde o mais humilde até o presidente.

Vocês já imaginaram quantos pedidos foram perdidos porque simplesmente a telefonista atendeu mal um cliente? Ou quanto bom contato foi abortado porque a recepcionista foi prepotente e antipática? Quanta devolução de mercadoria só porque a expedição encaminhou uma remessa errada? Quantos deixaram de comprar seu produto porque foram mal atendidos nas lojas por vendedores displicentes?
Tudo isso acontece porque as pessoas não foram preparadas, a empresa “achou bobagem jogar dinheiro fora” treinando sua equipe. Parece exagero, porém as perdas são incalculáveis e ocultas, pois em muitos casos nem se percebe que perdeu.

Afirmo com convicção que o melhor investimento que uma empresa pode fazer é em treinamento, pois é retorno líquido e absoluto.

Evidentemente é necessário tomar alguns cuidados para se treinar um funcionário, pois caso contrário realmente será jogar dinheiro fora. O que chamo de importante: -
a)      Em primeiro lugar saber quem está treinando. Ele está “a fim”?
b)      Será que essa pessoa tem capacidade para absorver o treinamento?
c)       É um funcionário que pretende crescer dentro da empresa?
d)      Tem perfil para o cargo?
e)      Mostrou-se interessado em crescimento?
f)       Seu desempenho tem mostrado bons resultados?

Perceba que não é tão simples assim, pois se uma das perguntas acima não for positiva, 
provavelmente você estará investindo de forma errada. Aí sim serei obrigado a concordar com empresários que não gostam desse investimento. Acontece que o erro não é o treinamento, mas sim a forma em que está sendo feito.

Tenha certeza de que os melhores sempre são aqueles que mais treinam e isso vale para qualquer atividade. Como ser bom em algo que não estou "acostumado” a fazer?

Isso é treinamento, fazer, fazer e fazer repetidamente para que possa fazer melhor.

Um conselho ao empresário que acha que estou exagerando – “seu dinheiro terá retorno total se sua equipe for forte, receber boa orientação”.

Agora não vamos nos esquecer do treinador. Tenho acompanhado algum treinamento sem sucesso pois, o treinador também precisa ser treinado para treinar...



sexta-feira, 5 de junho de 2015

O MIX DE PRODUTOS

A necessidade de ter uma grande quantidade de modelos para ter mais poder de vendas é um fato real apesar de ser mais difícil de administrar a produção desses muitos modelos diferentes. Não tem como ser diferente. Os vendedores adoram quando podem oferecer para o cliente uma gama enorme de produtos diferentes, mas o pessoal da produção odeia essa diversificação nos produtos, pois sabem as dificuldades no processo.

Como vivemos para atender e bem nosso cliente, só temos um caminho – fazer a produção “dançar conforme a música”. E fazer isso nem sempre é fácil, precisamos ter técnicas que permitirão que o setor produtivo trabalhe sentindo menos essa dificuldade.

Partindo do princípio que estamos trabalhando em células independentes é interessante que criemos um mix correto de produtos e usar a nosso favor algumas artimanhas que se transformarão em resultados positivos, tais como: -
1.       Separar os grupos por famílias de produtos, ou seja, identificar os produtos em que cada grupo desempenha melhor o trabalho. Provavelmente os grupos têm potencial diferentes, uns são melhores em produtos que se utilizam de muitas operações de overloks, outros são grupos que se adaptam melhor em máquinas retas, por exemplo. O importante é usar a maior habilidade de cada um desses grupos em relação ao produto.

2.       Fazer um estudo de gargalos de máquinas para que a mão de obra seja melhor aproveitada. Se tenho um produto com tempo padrão muito alto em galoneira, por exemplo, é natural que esse produto entre no grupo com três galoneiras ao invés de entrar no grupo que possui apenas duas.

3.       A habilidade da costureira é outro fator que pode definir em que grupo aquele modelo deverá ser confeccionado.

4.       O conhecimento do PCP será relevante para definir esse mix de produtos, o importante é produzir o modelo no setor mais adequado para tal.

Em muitos casos uma boa distribuição dos modelos nas células existentes poderá ditar os bons resultados na produção, pois caso contrário teremos perda de mão de obra, gargalos prejudicando os resultados e consequentemente custos operacionais além do normal.

Geralmente os administradores de produção não têm o hábito de estudar o modelo e desta forma acabam correndo o risco de colocá-lo num grupo que o rendimento não é o ideal e consequentemente seu preço acaba inviabilizando esse produto.

Sendo assim, sugiro que antes de se fazer uma programação de produção os modelos a serem fabricados sejam analisados simultaneamente para ter a oportunidade de coloca-los na melhor célula possível.