sexta-feira, 5 de junho de 2015

O MIX DE PRODUTOS

A necessidade de ter uma grande quantidade de modelos para ter mais poder de vendas é um fato real apesar de ser mais difícil de administrar a produção desses muitos modelos diferentes. Não tem como ser diferente. Os vendedores adoram quando podem oferecer para o cliente uma gama enorme de produtos diferentes, mas o pessoal da produção odeia essa diversificação nos produtos, pois sabem as dificuldades no processo.

Como vivemos para atender e bem nosso cliente, só temos um caminho – fazer a produção “dançar conforme a música”. E fazer isso nem sempre é fácil, precisamos ter técnicas que permitirão que o setor produtivo trabalhe sentindo menos essa dificuldade.

Partindo do princípio que estamos trabalhando em células independentes é interessante que criemos um mix correto de produtos e usar a nosso favor algumas artimanhas que se transformarão em resultados positivos, tais como: -
1.       Separar os grupos por famílias de produtos, ou seja, identificar os produtos em que cada grupo desempenha melhor o trabalho. Provavelmente os grupos têm potencial diferentes, uns são melhores em produtos que se utilizam de muitas operações de overloks, outros são grupos que se adaptam melhor em máquinas retas, por exemplo. O importante é usar a maior habilidade de cada um desses grupos em relação ao produto.

2.       Fazer um estudo de gargalos de máquinas para que a mão de obra seja melhor aproveitada. Se tenho um produto com tempo padrão muito alto em galoneira, por exemplo, é natural que esse produto entre no grupo com três galoneiras ao invés de entrar no grupo que possui apenas duas.

3.       A habilidade da costureira é outro fator que pode definir em que grupo aquele modelo deverá ser confeccionado.

4.       O conhecimento do PCP será relevante para definir esse mix de produtos, o importante é produzir o modelo no setor mais adequado para tal.

Em muitos casos uma boa distribuição dos modelos nas células existentes poderá ditar os bons resultados na produção, pois caso contrário teremos perda de mão de obra, gargalos prejudicando os resultados e consequentemente custos operacionais além do normal.

Geralmente os administradores de produção não têm o hábito de estudar o modelo e desta forma acabam correndo o risco de colocá-lo num grupo que o rendimento não é o ideal e consequentemente seu preço acaba inviabilizando esse produto.

Sendo assim, sugiro que antes de se fazer uma programação de produção os modelos a serem fabricados sejam analisados simultaneamente para ter a oportunidade de coloca-los na melhor célula possível.


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