sexta-feira, 31 de julho de 2015

BUSCAR SOLUÇÕES OU DISTRIBUIR DESCULPAS?

Que a indústria de confecção é um “mar de problemas” nem preciso dizer. Só quem vive o dia a dia de uma produção que pode entender o que estou dizendo, porém os problemas precisam ser enfrentados e resolvidos, afinal o que trás os resultados positivos são as atitudes dos administradores e a rapidez em que esses problemas são solucionados.

Infelizmente é mais comum encontrarmos líderes de produção justificando erros do que empenhados em solucionar problemas. As desculpas vêm como avalanche e sempre tem um objetivo – “não é culpa minha”.

O líder de produção precisa ter humildade para admitir que erra, precisa deixar de lado a vaidade em benefício do profissionalismo, pois caso contrário os erros se repetirão frequentemente.

Como é impossível ficar livres de problemas é necessário ter capacidade em resolvê-los, muito embora alguns desses problemas fossem causados pela má atuação da liderança. Acontece que entre admitir que errou, talvez seja mais cômodo “jogar a culpa em terceiros”.

Tenho visto encarregadas dizendo – “Como posso ter uma melhor produção com essa costureira tão ruim?” Oras, se a costureira é ruim, duas são as razões – está mal treinada ou está com má vontade. O que essa encarregada tem que entender é que em ambos os casos a culpa é sua, pois quem não a treinou adequadamente? Ou se está com má vontade porque ainda faz parte da equipe? De quem é a culpa, da encarregada ou da costureira? Arrisco-me a falar que é só da encarregada.


Portanto se você é uma líder de produção e está lendo essa matéria saiba que errar não é vergonha e todos erraram, mas o vergonhoso realmente é buscar desculpas “esfarrapadas” e tentar justificar o injustificável...

sexta-feira, 24 de julho de 2015

SOCORRO, NOSSA PRODUÇÃO ESTÁ UM HORROR!

Tenho ouvido muito essa frase! Porque esse fenômeno acontece com frequência em nossas confecções?

Muito são os motivos, poderemos ficar aqui horas e horas classificando esses motivos, porém alguns são comuns. Vamos analisá-los separando em dois grandes grupos de problemas –

OS PROBLEMAS TÉCNICOS –
a)      Falta de conhecimento do produto. Ausência de tempos operacionais levando em consequência falta de metas claras e palpáveis.
b)      Em consequência um desiquilíbrio das operações, acumulando algumas, faltando outras.
c)       A falta de fluxo produtivo provocado muitas vezes pelo layout inadequado, outras pelo próprio desequilíbrio apontado acima.
d)      A ausência de um acompanhamento mais eficaz da produção. Sempre é bom acompanhar a produção num curto espaço de tempo. Já sugerimos em outras ocasiões uma marcação de produção de hora em hora.
e)      O péssimo aproveitamento da mão de obra que “despeja” operações não necessárias em detrimento de operações que renderiam peças prontas.
f)       Máquinas mal reguladas comprometendo resultados.
g)      Grande quantidade de peças com defeitos.
h)      Treinamento fraco na mão de obra.
i)        Uma sequência operacional não adequada para o produto.

j)        O desprezo por um gargalo, seja no tempo operacional ou máquina.
k)      Falta do conhecimento técnico da liderança.
l)        Ausência de relatórios de produção que mostram certeiramente onde “mexer” para corrigir os problemas.

Ufa! Estão achando muito problema? Com certeza outros muitos provocarão esse arrepio de sentir a produção “capengando”, mas com certeza os citados acima são os mais frequentes.

OS PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS –
a)      Falta de motivação gerada por diversos fatores.
b)      A conscientização dos elementos do grupo de trabalho muito perto de zero.
c)       A vaidade da liderança que se sobrepõe ao seu profissionalismo e desta forma não permite a participação das costureiras nas decisões.
d)      As panelinhas que se formam dividindo os grupos de trabalho.
e)      Disciplina péssima, comprometendo resultados.
f)       A falta de atitudes da liderança que simplesmente “assiste” os problemas e se limita às reclamações desviando a atenção da sua péssima performance.

Pronto! Se vocês se atentarem aos problemas comportamentais poderão facilmente perceber que quase sempre a culpa é da encarregada ou de quem a escolheu como encarregada.

Para cada problema deveremos ter uma solução, mas solução definitiva, que não volte a nos incomodar, pois caso contrário a situação mostra que não aprendemos com nossos erros e tudo isso acaba virando uma rotina devastadora a ponto de fazer parte do nosso dia a dia de tal forma que acabamos achando os problemas normais.

Sempre digo que não tem problema ter problema, o problema é não resolver o problema. Acontece que existem pessoas que adoram problemas para justificar seu péssimo desempenho, usando-os como tampão de ineficiência e principalmente incompetência.


Já falei em artigos anteriores nossas confecções estão repletas de incompetentes...

quarta-feira, 22 de julho de 2015

CURSO DE PRODUÇÃO - OS MANDAMENTOS DA PRODUÇÃO

PROGRAMA
Os dez mandamentos da produção.
A importância da líder de produção.
Como criar metas palpáveis de produção.
Os gargalos produtivos.
A montagem do grupo (célula).
O fluxo da mercadoria como fator determinante no resultado.
Noções de cronometragem.
Um layout eficiente.

DATA
08/agosto/15
Carga horário – 8,30 as 17 horas.
PÚBLICO ALVO
Encarregadas/líderes de produção

LOCAL
 Santana – próximo metro Cruzeiro do Sul – S.Paulo

INSCRIÇÕES –
e-mail – jrsconsultoria@terra.com.br ou telefone - 98588545

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A SINCRONIA ENTRE OS SETORES PRODUTIVOS

Se cortou, costure, se costurou embale!

Esse deve ser a sequência operacional correta, que quando ininterrupta permite uma sincronia entre os setores de uma confecção.

O estudo de um fluxo contínuo não poderá ser adotado somente no setor de costura, mas sim desde o início do processo – o corte. Curiosamente existem empresas que favorecem um desiquilíbrio muito grande entre corte e costura. Não é necessário ter enormes volumes de peças cortadas para se costurar, basta ter equilíbrio, ou seja, peças suficientes para um bom abastecimento da costura.

Acontece que o medo de que falte serviço na costura, costuma-se cortar um número absurdamente alto. As peças são cortadas e entram numa fila enorme para serem costuradas. Não se esqueça, isso compromete o custo operacional. Agora, tome cuidado para que o oposto também não aconteça – por falta de corte, para a costura. É fio da navalha, nem deixar faltar, nem exagerar na quantidade. Não se esquecer que todo acúmulo intermediário mascara os resultados, é um efeito tampão para cobrir uma ineficiência.

A regra também deve valer entre costura e acabamento/embalagem.

Se sua fábrica produz 1.000 peça dia, então tenha uma equipe de acabamento para 1.000 peças também. Lamentavelmente e de uma forma errada quando falamos em produção até parece que estamos falando só do setor de costura e o acabamento acaba ficando em segundo plano.


Observe que geralmente temos mais gente que o necessário nesses setores de acabamento. Mas também aí deveremos ter um estudo de tempos, uma meta clara e transparente e também uma receita de fabricação, pois assim como na costura, as operações têm tempos diferentes – limpeza de linhas, revisão, passadoria, embalagem, enfim, cada operação tem um tempo diferente e a receita de fabricação vai equilibrar essas diferenças.

sábado, 11 de julho de 2015

JOÃO E SUA FÁBRICA DE CAMISETAS - SEGUNDA PARTE

Lembram-se do João e sua confecção de camisetas? (Matéria postada anteriormente).

Pois bem, está dando novos passos para consolidar os bons resultados conquistados através das suas ATITUDES. Agora com o conhecimento e informação dos seus produtos já almeja voos mais altos.

Percebeu que seria um grande aliado montar um setor de planejamento e programação. Isso custaria caro? Evidente que teria custo na contratação de um profissional apto e com conhecimento em PCP, porém os benefícios seriam altamente benéficos e trariam retorno que compensaria e muito essa contratação. Mais uma vez João criou coragem e buscou um profissional competente que em conjunto com os responsáveis pela produção consegui montar uma equipe com capacidade de antever os problemas e até evita-los.

Com um PCP atuando de forma eficiente pode ter um mix de produtos bem adequado aos grupos de trabalho e desta forma a eficiência da fábrica continuou subindo, pois, o aproveitamento dos grupos foram potencializados.

Outro ganho na montagem desse novo departamento foi criar uma condição de NUNCA permitir que um produto entre sem aviamentos na linha de produção, desta forma não interrompendo o fluxo da mercadoria. Ótimo, novas regras, melhores resultados.

Além do PCP outras medidas foram tomadas em paralelo, como por exemplo, João percebeu que quanto maior a polivalência das suas costureiras melhores eram os resultados, sendo assim, iniciou um projeto de treinamento às costureiras que queriam aprimorar suas técnicas.

O ambiente na fábrica é ótimo. João até já consegue dormir à noite e os bons resultados já permitem que pense em futuros benefícios a seus funcionários. Todos felizes, resultados melhorando...

Agora João está sentindo a necessidade de se aperfeiçoar e já se inscreveu em diversos cursos que lhe permitirão uma melhor condição na gestão.

Vamos esperar os próximos “avanços” no comportamento de João, os resultados começam a aparecer...


sexta-feira, 3 de julho de 2015

O NEGATIVISMO

O mercado está ruim? Não tenham dúvidas!

Os impostos estão altos? Com certeza!

“A coisa” está feia? Muito!

E daí? Será que vamos dar um jeito nisso se ficarmos reclamando? Não!

Então gente só tem uma solução – pararmos de reclamar e ir à luta. Claro que é difícil, a crise que o país está passando é algo assustador, sabemos disso.

O que mais dói é que se trata de uma crise criada por incompetentes, corruptos e bandidos que se encontram no poder.  Uma pena!

Agora temos que reagir e não “jogar a toalha”. Precisamos buscar alternativas, pois o negativismo que toma conta do empresariado não vai solucionar nada, muito pelo contrário só potencializará o problema.

Eu sei que não é fácil, mas já passamos por outras crises e estamos aqui são e salvos. Sempre achamos que a crise atual é pior que as anteriores, normal, mas ela vai passar assim como as demais passaram.

Não deixe que o negativismo reinante atrapalhe tudo aquilo que conquistamos, porque nós conseguimos apesar das crises que nos envolveram. Já não basta viver num país onde não existe educação, saúde, segurança?

Quando era criança ouvia dizer que esse era o país do futebol, pois até com isso acabou. Hoje até paraguaios nos humilham, imaginem aonde chegamos...

Coragem, empresário! Lembre-se Deus não tem partido político, ufa que alívio...


Vamos sair dessa, com certeza...