Seria cômico se não fosse trágico a maneira que certas
confecções encaram o processo produtivo. Estou me referindo ao “estilo mutirão”
que costumam adotar no processo de fabricação.
Costumam, muitas vezes, parar o setor de costura para “ajudar”
a embalagem ou outro setor qualquer de acabamento.
Chegou a data da entrega do pedido. O setor de acabamento,
por várias razões não vai conseguir cumprir o prazo de entrega, isso é um fato.
E agora? O gerente ou a encarregada para as costureiras para “ajudar” na
embalagem!!!!!!! Engraçado ou triste? Eu diria que é ridículo...
Será que ninguém percebeu que os próximos pedidos também
precisarão dessa ajuda? É obvio, pois, a costureira para de costurar e
fatalmente comprometerá novas datas de entregas, isso torna-se um ciclo vicioso
que dificilmente será rompido.
Na verdade, o que aconteceu foi uma total falta de
planejamento da administração que não trabalhou corretamente as datas, os
recursos, ou outra qualquer variável que provocou esse absurdo.
Mutirão se faz na construção civil, não na confecção, muito
embora encontramos confecções que veem sendo administradas dessa forma.
Não me cansarei de falar, precisamos trabalhar com
informações, claras e precisas. Metas, receitas de fabricação, potencialidade
da fábrica, qualificação de mão de obra, relatórios em curtos prazos de tempos,
eficiências, enfim são essas informações que permitirão menos erros.
Gostaria de ver os líderes “explorando” melhor essas
ferramentas de trabalho, trabalhando com os pés no chão, buscando alternativas
para os desafios que diariamente temos que enfrentar, mas não, ao invés desse
comportamento o que vejo são encarregadas “desmanchando” peças com defeito,
tirando serviços de máquina ou até mesmo sentada nas máquinas cobrindo faltas.
Realmente, como disse acima, seria cômico se não fosse
trágico.
Continue assim, pois um dia você não terá peças para
acabamento e nem para costurar...
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