Não é difícil confundirmos eficiência com eficácia. Acredito
ser muito interessante fazer a distinção, pois caso contrário poderemos ser
eficazes sem sermos eficientes. Explico –
Ser eficaz é fazer o que planejamos. Ser eficiente é fazer
da melhor maneira possível.
Se tivermos um produto que traçamos uma meta de 80 peças,
por exemplo, e atingirmos essas 80 peças estaremos sendo eficazes. Isso não
significa que estamos sendo eficientes. Pergunto “essas 80 peças é o que
realmente poderíamos fazer”?
Será que não existe um processo onde a meta poderia ser
maior? Se essa meta, por exemplo fosse de 90 peças e não 80, estaríamos sendo
eficazes, porém não eficientes.
Isso está diretamente ligado ao trabalho de engenharia de
produção que deve determinar um estudo do processo, fazendo aquele produto da
melhor maneira possível, aproveitando bem os possíveis recursos de mão de obra
e equipamento. Em nossas confecções encontramos com muita frequência operações
sendo feitas na “raça”, sem aparelhos, guias adequados, ou mesmo operações que
não seguem uma sequência lógica e dinâmica. Tudo isso altera o tempo padrão e
consequentemente as metas do produto. Desta forma poderemos ter metas “mentirosas”,
muito embora a costureira seja eficaz, pois produziu o que se determinou.
A função dos cronometristas não é mais só levantar os tempos
operacionais, mas sim estudar cada operação para racionalizar os tempos e obter
melhores resultados no que tange a tempo padrão.
Aí você vem com aquela conversa – “não temos tempo para esse
estudo”. Então não se queixe quando seu custo extrapolar as barreiras
permitidas pelo mercado.
Não podemos mais simplesmente produzir, temos que produzir da
“melhor maneira possível”...
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