Um cuidado que nem sempre as empresas de confecção adotam é
estudar se seu produto tem retorno financeiro.
Em muitos casos, não existe uma preocupação do setor
comercial ou mesmo de criação em analisar se a produção consegue produzir de
uma forma rentável aquele produto super-elaborado.
Evidente que o setor de criação deve buscar modelos
diferenciados, que provoquem o consumidor a adquiri-lo, porém jamais poderão se
esquecer que a meta da empresa é o lucro. Quero dizer com isso que não adianta
a peça ser maravilhosa se não irá gerar lucro. Ela precisa ser viável
economicamente.
Tenho visto estilistas maravilhosas criando peças também
maravilhosas muito embora o seu grau de dificuldade, no momento da produção, é
tão grande que não existe como transferir essa dificuldade para o preço final
do produto. E aí? Prejuízo! Não houve um estudo desse grau de dificuldade no
setor produtivo.
A piloteira levou meio dia para confeccionar essa peça. Deu um
“jeitinho”, puxou aqui, esticou ali, pronto ficou excelente. Saímos com as
amostras e vendemos 10.000 peças. E agora? Será que a produção poderá dar esses
jeitinhos que a piloteira praticou em uma única peça?
É meus amigos, vocês estão achando que isso acontece pouco?
Tenha certeza que todos os dias enfrentamos esse tipo de problema. Resultado –
mais uma vez a produção “paga o pato”, pois vai ter que produzir 10.000 peças
em tempo recorde...
Impossível! Estamos diante de um produto inviável
economicamente e isso aconteceu porque provavelmente o setor de criação não
tinha noção nenhuma de custos operacionais.
Temos que confeccionar produtos diferenciados, porém que
acima de tudo permitam a empresa ter lucro, pois caso contrário...
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