sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A BATALHA CONTRA A INEFICIÊNCIA

Dura a vida dos administradores de produção quando têm como inimigo a ineficiência. Na verdade, são inúmeras as razões para que os bons resultados não se apresentem como o desejado, geralmente pela própria fraqueza administrativa. Como sempre digo a culpa sempre é do comando e nunca dos “soldados”.

Em primeiro lugar é importante detectar a origem do problema para podermos solucioná-lo. O fato é que muitas vezes o real problema não é solucionado porque tenta-se mascarar a verdadeira razão desses números baixos. Explico – a administração (por vaidade ou incapacidade) sempre acaba buscando um “culpado” para o fato e não se atenta ao verdadeiro causador do problema, até porque se isso acontecer, ficará claro que na maioria das vezes o problema não está na produção, mas sim no "pré-produção”.

O que chamo de “pré-produção”?

Pré-produção é tudo que antecede ao processo produtivo propriamente, como –
1.Setor de compras
2. Planejamento
3. Modelagem
4. Pilotagem
5. Estudo de viabilidade do produto na produção,

Enfim, passo a chamar de produção os setores de corte, costura e acabamento. Sendo assim, todas as fases anteriores chamamos de pré.

Quando o projeto não é bem feito, inevitavelmente, a consequência acaba sendo desastrosa na produção. Isso parece óbvio, porém tenho visto acontecer com frequência a paralização da produção por faltas graves no comando. Essas falhas minam os resultados e acaba “sobrando” para o mais fraco – o piso de fábrica, que muitas vezes é taxado de incompetente.

Que seriam essas falhas?

1.       Um mix de produtos inadequados para as células.
2.       Produtos que não se “pagam” economicamente, pelo alto grau de dificuldade processual.
3.       Aviamentos faltando, paralisando processo.
4.       Grupos compostos por costureiras mal treinadas, comprometendo o resultado das boas costureiras.
5.       Falta de informação do produto (ficha técnica, carga de máquina e mão de obra, a ausência de receitas de fabricação, gargalos de máquinas, outros fatores).
6.       Equipamento sem manutenção.
7.       Matéria prima de má qualidade impedindo que se costure normalmente.
8.       Fábrica mal iluminada ou mal ventilada, crescendo sobremaneira o grau de fadiga das costureiras.
9.       Falta de controle dos resultados, a fim de se detectar previamente qualquer problema.
10.   A falta de estudar o produto antes de colocá-la para fabricação.
11.   A falta de guias, calcadores apropriados, aparelhos para melhor rendimento.

Como podemos ver, nem sempre que a produção está em patamares ruins a responsabilidade é da produção, mas sim de pessoas que deveriam dar condições de trabalho para esse piso de fábrica, que acaba sendo vítima de profissionais incompetentes que exercem cargos importantes na fábrica.

Então não me venham dizer que as costureiras são fracas, mas fraco é seu comando que têm comandantes que não mereceriam estar nos cargos de tanta responsabilidade.

Acontece que esses “fracos comandantes” sempre irão buscar um responsável para assumirem as responsabilidades do fracasso... Quando que o grande responsável é ele mesmo. Costumo dizer que as pessoas quando acreditam que sabem mais do que realmente sabem, isso não vai “prestar”...

O pior é que a empresa é quem acaba pagando essa “conta”...




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