sábado, 24 de março de 2018

NÚMERO NÃO MENTE


As pessoas que trabalham comigo estão acostumadas a ouvir essa frase – “número não mente”. Ele mostra a verdade, sejam bons os ruins os resultados que são expressos por números.

Vou concordar que muita gente (gerentes, supervisores e até mesmo diretores de algumas empresas) não gostam de números, isso porque ele é cruel e mostra a verdade, desde que não sejam “arranjados”, pois é impressionante como certas pessoas gostam de manipulá-los.

Os controles, por mais cruéis que possam ser os resultados, servem para ajudar, para buscar acertos, para corrigir desvios, para motivar quando apresenta boa performance, enfim o que eu quero dizer que as decisões só serão tomadas corretamente quando os números são verdadeiros. Como você quer tomar uma decisão se a base para essa decisão foram números “fabricados”?

Eu também gosto de números “bonitos” que mostram um rendimento satisfatório, porém jamais poderei “fugir” quando eles apresentarem resultados ruins. É nesse momento que deverei procurar as razões desses maus resultados para poder corrigi-los.

Existem líderes de produção, por exemplo, que não gostam de relatórios. Geralmente essa liderança mostra a insegurança e incompetência. Fugir da verdade! Aqueles adeptos à filosofia do que os olhos não veem o coração não sente. Insegura essa liderança, incapaz essa líder, coitada dessa empresa que possui em seu quadro de funcionários uma mentirosa. Joguei pesado? Porque? Porque chamei de mentirosa uma pessoa que “manobra” os números e só para não mostrar para seu diretor que é incompetente? Como vou chamar uma pessoa que mente? M E N T I R O S A....

Por mais que você queira enganar com números falsos, uma hora a casa cai e nesse momento a sua manipulação de resultados ficará “escancarada” provando mais uma vez que número não mente.

Você escolhe – têm os números como seu aliado e desta forma poderá tirar proveito disso ou os manipula até que a “casa caia”...





sábado, 17 de março de 2018

O PAPEL DO RH NA PRODUÇÃO


Departamento pessoal é uma coisa. RH é outra.

Suas funções são distintas. Um cuida de toda parte “legal” do funcionário, o outro cuida da parte humana desse funcionário. Muitas empresas não conseguem separar esses dois mundos e dessa forma acabam confundindo os assuntos.

O líder de produção precisa da ajuda do Departamento de Recursos Humanos, por motivos óbvios. Em primeiro lugar para não se expor em situações que possam comprometer resultados e além disso não é especialista em ouvir pessoas, até porque não tem tempo para tal. Aí onde atua o RH. Dar suporte ao setor de produção, por exemplo, ouvindo as pessoas, contribuindo em amenizar possíveis problemas dentro ou fora da empresa, passando confiança ao funcionário, que em muitos casos não tem como pedir “socorro”, seja qual for seu problema. Ele precisa apenas ser ouvido. Isso basta. Ficará mais aliviado só pelo fato de dividir seu problema.

Existem estatísticas que mostram que alguém só consegue ser produtivo quando está feliz. Difícil é ser feliz num país deste em que vivemos, pois, a maioria da população não tem sequer suas necessidades básicas atendidas. Aí vem um empresário “engraçadinho” e me diz que isso é um problema social e nada pode fazer. Oras, que não pode solucionar eu até entendo, porém você não pode deixar ouvir seus funcionários, não estou dizendo que você (empresário) resolverá todos os problemas deles, mas estou sugerindo que pelo menos ouça, dê atenção, ajude-o moralmente, tente elevar sua autoestima que está abalada pelo problema, mas não vou aqui ficar tentando lhe convencer disso. Você pode ajudar, tendo em sua empresa um RH atuante, que consiga repartir o problema com a “vítima”...

Não se esqueça nunca que seu funcionário antes de mais nada é um ser humano, precisa sentir que a empresa em que trabalha se preocupa com ele como “gente” e que não é apenas um número e confundido com máquinas.

Gente pensa, gente tem emoção não pode ser “enxergado” como número.
Experimente, dê tempo a uma nova filosofia e a médio e longo prazo poderá colher os frutos da nova postura que sua empresa adotou...



sábado, 10 de março de 2018

ATITUDES - A PALAVRA MÁGICA PARA O LÍDER DE PRODUÇÃO


A fragilidade dos profissionais da área de confecção não está localizada na falta de conhecimento técnico, mas sim na falta de atitudes.
Infelizmente, esses profissionais usam os controles apenas como informativos e não como ferramentas corretivas, quando os números não são satisfatórios. Muitas vezes os problemas são detectados, mas só.... Não se age, faltam ações, atitudes e dessa forma existe uma grande chance do problema se agravar, ou pelo menos não ser solucionado
   Os problemas são naturais em qualquer trabalho, porém não podemos achar natural a falta de solução. O que fazer com o que não foi feito?

           É mais fácil, talvez, buscar o culpado do erro quando na verdade deveríamos solucionar o problema existente, para depois “ensinar” o “culpado”.
   A maioria dos erros acontece por falta de treinamento e o que é pior, não se aprende com esses erros, pois o funcionário tem medo de assumi-los, uma vez que, poderá perder o emprego.
   Não podemos falar de “atitudes” sem falarmos que esse quesito tem importância capital na vida de um líder. O líder poderá até não dominar totalmente a parte técnica do processo, porém jamais poderá deixar de ter ação, dinamismo, rapidez no raciocínio.
       Que as coisas falharam, nota-se, mas o que fazer para corrigir? Evidentemente, cada problema exige uma solução diferente, mas essa solução ou essa medida corretiva deve ser rápida e objetiva. A vida da empresa é uma eterna luta contra o relógio (principalmente se falando de produção), onde qualquer perda ou retrabalho é considerado desperdício, que muitas vezes deixa a empresa em apuros.
O profissional de confecção foi treinado (historicamente) para acreditar que trabalhar é atividade manual. Por isso, acaba não parando para pensar e conseqüentemente solucionar as dificuldades do dia-a-dia. Encontramos, por exemplo, diversas encarregadas que operam nos grupos de trabalho como se fossem costureiras ou ajudantes, e pouco fazem para exercer realmente seu papel (administrar a produção).
 O verdadeiro papel da encarregada é “puxar” a produção; manter o fluxo da mercadoria em ordem; colocar uma receita de fabricação pré-estudada; vibrar com a equipe; acertar e corrigir metas não estabelecidas, enfim ter atitudes.