sexta-feira, 18 de maio de 2018

IDEIA FORMADA


Percebo que certos líderes formam, muitas vezes, ideias fixas de seus subordinados. É comum um líder de produção, por exemplo, considerar um operador bom, mas depois de um tempo acaba o considerando ruim. Porque isso acontece?

Na verdade, ninguém é bom ou ruim o tempo todo. O funcionário é bom até o momento que deixa de sê-lo, ou vice-versa. Até porque se pensássemos assim, ninguém teria oportunidade de se recuperar.

São muitos os fatores que fazem com que um operador mude sua postura, técnica ou comportamental (principalmente). O que a liderança não pode, é deixar de aceitar essa mudança. Acontece que existe uma pré-disposição em não a aceitar. “Opinião formada” – bobagem!

A empresa acaba perdendo muito funcionário que poderá ser bem aproveitado, simplesmente pela maneira de encarar esse assunto. Acredito que o bom líder é aquele que “recupera” um funcionário tido como fraco, tornando-o forte, mas é mais fácil dispensá-lo. Provavelmente vai substituí-lo e o problema se repetirá com o novo funcionário. Talvez, nesse caso, quem precisa ser substituído é o líder.

As pessoas acertam e erram! É próprio do ser humano. O importante para qualquer julgamento é que o peso das qualidades de um funcionário sejam maiores que o peso dos seus defeitos, caso contrário não teríamos mais ninguém em nossas fábricas. Esse poderá ser um parâmetro para que você, líder de produção, comece a formar ideia de seu funcionário com as somas de acertos e erros que o mesmo comete no dia a dia. Sem deixar que a simpatia ou antipatia, pelo funcionário, acabe pesando nessa avaliação...

sexta-feira, 11 de maio de 2018

MERITOCRACIA



Todos concordarão comigo que seria muito justo que o salário fosse determinado pelo desempenho de cada funcionário. Trabalhou mais, ganha mais, trabalhou menos, ganha menos. Isso seria, na minha opinião, justíssimo.

O grande problema nessa filosofia seria como determinar o ponto de equilíbrio e a diferença entre o mais e o menos. Deveríamos ter medidores absolutamente reais e verdadeiros da performance do funcionário ou das equipes de trabalho. Precisaríamos ter indicadores corretíssimos dessas supostas metas de produção, para que da mesma forma não fossemos injustos.  Equipe com boa eficiência – bom salário, equipe com resultados insatisfatórios – menores salários. Talvez isso realmente fizesse com que a motivação da equipe crescesse em resultados e a justiça estaria feita.

Será que o Messi ganha o mesmo salário de um jogador qualquer da segunda divisão? Ou mesmo um jogador do seu time, que joga junto, porém não tem a mesma performance? Garanto que não!

Sendo assim, pergunto – “porque uma equipe da fábrica altamente eficiente deve ter os mesmos vencimentos que uma equipe medíocre”? Isso considero injusto... A motivação estará zero para essa boa equipe, pois elas foram niveladas por “baixo”. Nesse caso, pergunto eu, qual a diferença de ser bom ou medíocre, naquilo que se faz? Injusto.

No caso do Messi, ele como grande profissional que é, tem a possibilidade de exigir ser bem remunerado e a nossa costureira que poderá ser um messi da costura, porém vai se sujeitar a ser injustiçada.

Uma pena, só isso...

sábado, 5 de maio de 2018

MATAR UM LEÃO POR DIA... AS VEZES DOIS.


Acredito que, quem se propôs a trabalhar em produção na indústria de confecção das duas uma, ou é louco ou ama muito essa atividade.

Como acho que tenho um pouco dos dois, posso aconselhá-lo a investir muito nisso tudo, desde que ame muito tudo isso.

A indústria de confecção não acompanhou a evolução dos demais segmentos das nossas indústrias. Pouco evoluiu em avanços tecnológicos e em consequência ainda ficamos muito dependentes da performance das nossas costureiras.

Enquanto na indústria metalúrgica, por exemplo, a máquina “puxa” o homem, na confecção é exatamente o contrário – “ o homem é quem puxa a máquina”. Isso muda tudo. Estamos dependendo das “pessoas”.

Quando dependemos das pessoas é necessário fazer um trabalho muito forte no que diz respeito ao comportamento do ser humano. Explico melhor – não basta ser bom tecnicamente, mas é necessário querer realizar aquilo que tecnicamente podemos realizar. Fui claro?

Desta forma a liderança da produção deverá ter dois trabalhos distintos – treinar tecnicamente a costureira e provoca-la (no bom sentido) a querer fazer o que é capaz...

Matar um leão por dia!


sexta-feira, 4 de maio de 2018

DÚVIDAS x TEIMOSIA



É curioso como as coisas se misturam no dia a dia dentro da produção.

Existem líderes de produção que não conseguem enxergar o óbvio, misturando muitas vezes dúvidas com teimosia.

Ninguém precisa saber tudo dentro do processo produtivo, porém é necessário ter humildade para dizer que não sabe e aproveitar esse momento para aprender.

Acontece que certas “lideres” de produção (se é que podemos chamar esse tipo de gente de líder) não têm essa humildade, aliás coisa peculiar em verdadeiros líderes, e dessa forma iniciam um processo doentio de teimosia, ficando cego para fatos concretos, simplesmente porque acham que sabem tudo e sempre acham que estão com a razão. Aí não são mais dúvidas, mas sim teimosia que beira a ignorância.

Quando se poderia ganhar tempo simplificando, é necessário “gastar” o tempo combatendo a teimosia de gente despreparada e ainda, muitas vezes, arrogante...

Infelizmente nossas confecções estão repletas dessa gente que comprometem sobremaneira os resultados da empresa e por mais estranho que possa parecer acabam “enganando” a diretoria ou os proprietários da empresa.