Percebo que certos líderes formam, muitas vezes, ideias
fixas de seus subordinados. É comum um líder de produção, por exemplo,
considerar um operador bom, mas depois de um tempo acaba o considerando ruim.
Porque isso acontece?
Na verdade, ninguém é bom ou ruim o tempo todo. O
funcionário é bom até o momento que deixa de sê-lo, ou vice-versa. Até porque
se pensássemos assim, ninguém teria oportunidade de se recuperar.
São muitos os fatores que fazem com que um operador mude sua
postura, técnica ou comportamental (principalmente). O que a liderança não pode,
é deixar de aceitar essa mudança. Acontece que existe uma pré-disposição em não
a aceitar. “Opinião formada” – bobagem!
A empresa acaba perdendo muito funcionário que poderá ser
bem aproveitado, simplesmente pela maneira de encarar esse assunto. Acredito
que o bom líder é aquele que “recupera” um funcionário tido como fraco,
tornando-o forte, mas é mais fácil dispensá-lo. Provavelmente vai substituí-lo
e o problema se repetirá com o novo funcionário. Talvez, nesse caso, quem
precisa ser substituído é o líder.
As pessoas acertam e erram! É próprio do ser humano. O
importante para qualquer julgamento é que o peso das qualidades de um funcionário
sejam maiores que o peso dos seus defeitos, caso contrário não teríamos mais
ninguém em nossas fábricas. Esse poderá ser um parâmetro para que você, líder de
produção, comece a formar ideia de seu funcionário com as somas de acertos e
erros que o mesmo comete no dia a dia. Sem deixar que a simpatia ou antipatia,
pelo funcionário, acabe pesando nessa avaliação...