sexta-feira, 29 de junho de 2018

O DESEQUILÍBRIO NO PARQUE FABRIL


Tenho observado que certas confecções não se preocupam muito com o desequilíbrio do seu parque fabril. Possuem máquinas não compatíveis com a necessidade dos produtos que fabrica. Explico – muitas têm uma grande quantidade de máquinas retas, quando seus produtos exigem mais overloks, justamente as máquinas que possuem em menor quantidade, outras fazem camisetas regatas e não têm galoneiras compatíveis e desta forma provocam gargalos produtivos nessas poucas galoneiras que têm.

Sobram alguns tipos de máquinas, faltam outras. Desequilíbrio.

O grande risco nessa situação é o mal aproveitamento da mão de obra, pois muito provavelmente as operações estarão sendo feitas de forma desbalanceadas, permitindo que as máquinas que estão em maior número, muito embora não sejam necessárias “adiantarão” as operações, fato esse que não reduz o gargalo provocado pela falta de máquina verdadeiramente necessária.

Um trabalho de engenharia de produção poderá desmascarar essa ilusão que as operações adiantadas poderão trazer resultados no fim do processo. Muito pelo contrário, o aumento do custo de fabricação será sentido fortemente.

É preciso que tenhamos o bom senso e controles eficazes para que não nos iludamos com máquinas que simplesmente estarão sendo ativadas, quando na verdade precisamos de máquinas utilizadas.

Cuide do equilíbrio, não faça operação desnecessária só porque você tem máquina parada. Execute cada operação quando a posterior exigir. Just-in-time, caso contrário estará contribuindo para o acúmulo intermediário, que aliás é o causador do aumento do custo operacional.




Nenhum comentário:

Postar um comentário