terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

ACOMPANHAR A PRODUÇÃO EM PERÍODOS CURTOS


INTRODUÇÃO -
Provavelmente um dos grandes problemas que resultam em má performance do grupo de trabalho esteja na dificuldade do rodizio de operações que a costureira deverá fazer para permitir um fluxo de mercadoria eficiente.

É de conhecimento de todos, através das regras da T.E.G., que o que define a produção é uma receita de fabricação objetiva que equilibra a diferença dos tempos operacionais de cada etapa da costura. Sendo assim existe uma necessidade muito grande de se trabalhar minutos diferentes cada operação, conforme seu grau de complexidade.

Partindo dessa afirmação, as costureiras deverão administrar seu tempo em cada operação, coisa que nem sempre é fácil, uma vez que terá que fazer o rodizio das operações que compõem sua receita de fabricação.

Para que ela (costureira) não precise mais se preocupar com esse rodízio e fazer as operações sequencialmente, a única pessoa que deverá ter essa preocupação deverá ser da líder de produção.


MÉTODO PARA FACILITAR O PROCESSO –

Vamos imaginar um produto que apresenta para uma costureira a seguinte receita –
Operação A – 20 minutos – 40 peças
Operação B – 30 minutos – 40 peças
Operação C – 10 minutos – 12 peças
Para que a costureira possa fazer todas as 40 peças de A, depois as 40 de B e por fim as 12 de C, sem se preocupar com seu rodízio ela deverá dividir a meta em 4 partes, partindo do princípio que a meta do produto é de 40 peças por hora. Como fazer?

1.       Dividir a meta em quatro, ou seja 40:4 = 10 peças.

2.       Ela fará no primeiro quarto de horas 10 A, 10 B e 3 C. Isso por si só definirá os primeiros quinze minutos trabalhados. No segundo quinze minutos repetirá a forma, assim como no terceiro e quarto quinze minutos.

3.       A costureira deverá fazer a operação e NUNCA segurar a peça, mas sim passar para a próxima operação, evitando dessa forma que comprometa o fluxo da mercadoria. Sempre ter em mente que o fluxo da mercadoria é um dos fatores responsáveis na obtenção da peça pronta.

4.       Quando o grupo de trabalho está enxuto, ou seja, não houver acúmulo de peças entre as operações, significa que a velocidade de entrada de peças no grupo é igual à saída. Isso significa que a mão de obra foi bem aproveitada, pois existiu equilíbrio de peças no processo, desta forma afirmo que para cada operação realizada existiu a seguinte e o processo foi eficiente. 

Nunca se esquecer que quando a primeira operação do produto for fabricada esse produto só poderá “parar” quando estiver completamente concluída.

5.       Evidente que se considerarmos que a meta/hora deverá ser dividida por quatro, significa que o abastecimento está sendo feito de quinze em quinze minutos, tarefa essa que deverá ser religiosamente praticada pela líder de produção.

6.       A costureira da primeira operação nunca correrá o risco de fazer mais peça exigida pela meta, pois não terá e automaticamente essa costureira passará para a próxima operação que também estará regulada pelo abastecimento equilibrado.

7.       A única coisa que passa a ser de responsabilidade da costureira é fazer a operação no tempo correto.

8.       Perceber que a responsabilidade da abastecedora ou da líder de produção aumentou consideravelmente, pois a incumbência de contar equilibrando as operações passou da costureira para ela (abastecedora)


    Evidentemente essa nova postura que a situação exige da abastecedora deverá ser enriquecida por muito treinamento, e que de certa forma exigirá um nível melhor dessa profissional.

9.       O grande objetivo do sistema é eliminar completamente o acúmulo intermediário e dinamizar o fluxo de mercadoria dentro da célula, permitindo a otimização da mão de obra.



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