segunda-feira, 23 de setembro de 2019

TRANSFORMAÇÃO


Existem momentos, na produção de uma confecção, que obrigatoriamente precisamos tomar uma decisão imediata. Continuar trabalhando da mesma forma e ficarmos impotentes diante dos problemas ou criar coragem para mudanças radicais.
Realmente será necessário ter muita coragem para as mudanças, porém, apesar do remédio ser amargo, se não o tomarmos, morreremos...
Já vou avisando que toda mudança é difícil, por além de tirar todo o time da zona de conforto, o desconhecimento “do novo” contribuirá para o medo. Mas que fique muito claro que se optarmos em continuar atuando da mesma forma, a empresa estará fadada a perder terreno no que diz respeito à concorrência. Isso, nos dias de hoje, pode ser fatal.
O que seria, então uma transformação na maneira de se produzir?
Pode ter certeza que quase tudo que você está fazendo não contribui para ganhar dessa concorrência. Lembre-se, os seus concorrentes que “estão ganhando o jogo” estão fazendo as mesmas coisas que você, mas de formas diferentes...
Quais seriam essas diferenças?
Em primeiro lugar será muito importante mudar seu processo de admissão de funcionários. Isso vale tanto para o piso de fábrica como principalmente na escolha da liderança. Um bom líder é fundamental.
 Que seria um bom líder? É aquele que acima de tudo sabe comandar equipe, trabalhando todo lado comportamental e não apenas a parte técnica. Será que a escolha dos seus últimos líderes não foram apenas considerando sua condição técnica? Se a resposta foi positiva, aí está a primeira mudança para uma possível transformação que sua empresa deverá passar.
Depois disso, outro fator importante será um investimento no que tange a treinamento.
Pergunto a você empresário – “quando foi a última vez que você separou uma verba financeira para treinar seu pessoal”? Não se esqueça – “treinamento não é custo, mas sim retorno”. Time treinado é o que ganha o jogo. Vamos, coragem...
O terceiro fator importante nessa transformação é nivelar o pessoal “por cima”. Não me venha falar que não pode ter líder melhor porque os salários estão fora daquilo que você pode pagar, talvez você usa esse argumento porque não se dá conta, o quanto custa um líder fraco. Saiba amigo gestor que o grande diferencial das grandes empresas são três fatores, como já defendia Henry Ford – qualidade do produto, custos operacionais reduzidos e ótimos salários. Só assim sua empresa será competitiva. Precisa ficar claro que quando falo em grandes empresas não estou me referindo a um número grande de funcionários ou equipamentos, mas sim costumo chamar de grande aquela empresa que tem um plano de trabalho claro e definido, aquela empresa que se mostra pronta a atingir seus objetivos que foram traçados com pés no chão acima de tudo tem controles e muito acompanhamento.
Conheço empresas com 10 funcionários que a considero grande, assim como outras com 1.000 funcionários e a considero pequena.
Talvez aí esteja uma maneira nova de enxergar sua empresa. Pode considerar também um item da transformação à que me refiro.
Certamente a empresa com uma nova e eficiente liderança poderá permitir que a produção passe por transformação profunda, tais como – uma melhor utilização de mão de obra, eliminando gargalos produtivos, além dos acúmulos intermediários, eliminação dos desperdícios que a má administração permite, uma redução do retrabalho, uma equipe de qualidade muito junto com a produção, além de uma aproximação do departamento de criação com a produção, um departamento de engenharia que busque fortemente a redução de processos que oneram os custos de fabricação, enfim, atitudes da liderança, e não mais uma simples fonte de reclamações e desculpas para a baixa eficiência que serve como desculpas para justificar números tão baixos que nem de perto poderão trazer a possibilidade da sua empresa buscar a verdadeira meta – lucro.
Coragem, está na hora da transformação...




segunda-feira, 16 de setembro de 2019

BOA COSTUREIRA x BOA FUNCIONÁRIA


Entre uma boa costureira e uma boa funcionária, fico com a segunda, sem dúvidas. É necessário deixar claro que ser bom “tecnicamente” não significa que se é bom profissional. Não necessariamente uma boa costureira é uma boa profissional.

Uma costureira para ser considerada boa funcionária não basta costurar bem, mas precisa de outros requisitos tais como – comprometimento com resultados, assiduidade, disciplina, ter espírito de colaboração, vontade de conseguir melhores resultados, postura e dar exemplo para as novatas.

Estão pensando que estou sonhando? Não! Conheço muitas com tantas qualidades que até me encho de esperanças...

Infelizmente existem algumas excelentes costureiras (tecnicamente) que por serem acima da média acreditam que podem tudo – faltar ao trabalho desnecessariamente, consideram-se “estrelas”, pois ninguém faz o que ela faz, geralmente são indisciplinadas e suas habilidades como costureiras não são aproveitadas, pois seus defeitos são maiores.

O curioso é que as líderes acabam tendo medo de perder essa costureira porque ela é ótima... Engano, posso afirmar!

Você pode ensinar uma pessoa a ser boa tecnicamente, mas dificilmente você ensinará uma pessoa a mudar seu comportamento, sua postura, seu caráter.

Pense nisso e não se torne refém dessa costureira que se acha o máximo.... Ela é uma tragédia para a sua produção.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

GRAU DE DIFICULDADE DO PRODUTO versus NÚMERO DE OPERAÇÕES


Quem afirmou que o grau de dificuldade do produto está ligado ao número de operações?

Muitas vezes escuto a líder de produção dizer que o produto A é mais difícil que o produto B, simplesmente porque A tem mais operações que B. Isso não é necessariamente verdade, até porque o que define a meta do produto é o tempo padrão e nunca o número de operações.
Olhe o exemplo abaixo –
Produto A –
Operação nº 1    -    tempo padrão – 0,50 minuto
Operação nº 2    -    tempo padrão – 1,00 minuto
Operação nº 3   -     tempo padrão -  2,00 minutos
Operação nº 4   -     tempo padrão – 0,50 minuto

Produto B –
Operação nº 1    -   tempo padrão – 2,50 minutos
Operação nº 2   -    tempo padrão – 3,00 minutos

Perceba que o produto A tem 4 operações e o tempo desse produto é de 4 minutos. Por sua vez o produto B só tem 2 operações, porém o tempo padrão desse produto é igual a 5,50 minutos, portanto é mais difícil e sua meta é menor que A, muito embora possua menos operações.


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

A IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO NO FLUXO PRODUTIVO


Costumo dizer que o segredo da produção é equilibrar a entrada da mercadoria com a sua saída.

É uma questão de lógica, pois toda vez que esse equilíbrio não for obedecido, teremos perdas na utilização da mão de obra, vejamos, se a entrada do produto for inferior teremos falta de abastecimento nesse fluxo e desta forma, não obteremos produção, da mesma forma que, se a entrada for superior à saída, provocaremos acúmulos de peças entre as operações, fato esse que contribuirá para o aumento do custo operacional.

Analisemos isso com números – Entrada – 200 peças, saída 300 peças = perda de 100 peças, pois a capacidade produtiva não foi alcançada. Em contrapartida imagine que a Entrada é de 300 peças e sua saída for 200 peças, teremos 100 peças acumuladas no meio do setor, isso é igual a desperdício de mão de obra, pois a costureira estará fazendo operação que a próxima não comporta.

Parto do princípio que para que a produção seja eficiente é necessário que – a cada peça pronta (saída do fluxo) outra peça entre nesse fluxo (entrada).

Naturalmente esse evento só ocorrerá com muito acompanhamento por parte da liderança. E esse acompanhamento deverá ser feito em períodos curtos de tempo, o que facilitará o processo.

Poderemos fracionar nossa meta/hora, isso diminuirá o tempo de análise e permitirá que a líder possa corrigir um desvio de resultados mais rapidamente.

Portanto, mais uma vez, advogamos em favor de ACOMPANHAR RIGOROSAMENTE OS RESULTADOS...