Sou defensor de que o conceito de produção precisa mudar, em
nossas confecções. Num passado a líder mandava a costureira sentar-se em frente
a uma máquina e “pisar” o máximo possível. Isso era produzir. O pior é que
depois de tantos anos e tantas modificações, ainda agora existem confecções que
são administradas dessa forma.
Defendo a tese de que produzir significa fazer a peça
completa e de forma equilibrada. Nunca é demais lembrar que as operações de uma
peça qualquer têm tempos diferentes e desta forma se não tivermos uma receita
de fabricação equilibrando as diferenças, provocaremos o maior mal na produção –
acúmulos intermediários.
Acúmulo entre as operações significa perder mão de obra,
significa fazer as operações sem critério, aumentar seu custo operacional,
despejar dinheiro pelo ralo, ficar fora de competição diante da concorrência.
Precisamos pensar. Partindo da premissa que cada operação da
peça tem um tempo diferente, só consigo trabalhar sem acúmulos intermediários
se trabalhar minutos diferentes em cada operação. Como é duro fazer as pessoas
entenderem isso, no processo produtivo.
Talvez aí esteja o problema – pensar. Lamentável que
nos dias de hoje os gestores da produção ainda acreditem que trabalhar é um
processo apenas manual e nunca de raciocínio. Lamentável, não é à toa que
grande parte das confecções estão quebradas...