UM RH FORTE

 Tenho notado que certas empresas confundem departamento pessoal com RH.

Posso afirmar que são coisas completamente distintas, vejamos, o departamento pessoal deve cuidar da parte legal do funcionário, ao passo que RH cuida da pessoa, ou seja, dá um suporte ao setor de produção, por exemplo.

Percebo que quando a empresa tem um RH atuante a liderança tem um aliado no que tange aos problemas extra produção, por exemplo. Não podemos nos esquecer que o piso de fábrica (principalmente) têm inúmeros problemas pessoais, pela própria vida que leva e dessa forma precisa se sentir seguro e amparado pela empresa que trabalha. Isso cabe ao RH administrar e não à líder do setor.

Os problemas pessoais afetam sobremaneira a performance dos funcionários, comprometendo resultados e sempre acaba “sobrando” para a liderança trabalhar como psicólogo, mediador ou conselheiro, desviando seu tempo que deveria ser dedicado integralmente aos problemas da produção. Isso ocorre quando o RH não tem uma atuação forte.

Já o contrário (quando o RH é atuante) alivia essa carga da liderança e o funcionário se sente, pelo menos, ouvido, o que de certa forma aliviará sua carga ou stress. Sem dúvida, isso ajudará nos resultados do seu trabalho.

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NÚMEROS NÃO MENTEM - PARTE 3

 

Não sou eu quem estou falando que uma hora tem 60 minutos, assim como não sou eu que falo que 60 dividido por 1 é igual a 60, da mesma forma que não sou eu quem diz que 60 dividido por 2 é igual a 30! É a matemática...

Se isso é uma verdade inquestionável, quero saber porque a liderança não entende que produzo numa operação de 2 minutos, 30 peças por hora e na outra de apenas um minuto 60 peças.  Será que é difícil entender isso? Teimosia? Falta de inteligência? Falta de escola? Ou realmente essa liderança tem um “espírito de porco” que me faz ter que provar o óbvio?

Meus leitores, vocês estão assustados? Realmente é para assustar. Tenho encontrado líderes de produção que não sabem fazer contas, tão simples como essas que relatei acima. Se falarmos em regra de três e percentuais então, aí a “coisa complica”.

Pergunto como as empresas podem ter sucesso na produção se sua líder não sabe fazer contas? Imagina essa líder comandando um grupo de costureiras.  Barbaridades à vista, com certeza.

O mais lamentável é a gestão da empresa colocar uma pessoa dessas como líder de grupo. Resultados? Querem que eu diga ou não precisa????

A INTEGRAÇÃO DA NOVA COSTUREIRA

 

Existe um fator muito importante na produção de uma confecção que é integrar a nova costureira ao grupo já existente.

Nunca permita que a nova costureira “caia de paraquedas” no grupo, pois isso poderá comprometer os resultados, uma vez que a novata não foi “enquadrada” no sistema adotado pelo grupo. Essa integração poderá fazer toda a diferença.

Abaixo colocamos um roteiro para ajuda-lo.

 

ROTEIRO PARA INTEGRAÇÃO TÉCNICA AO NOVO FUNCIONÁRIO

Objetivo –

Permitir que a nova costureira tome consciência do método de produção que adotamos no setor fabril.

Assuntos a serem abordados –

1.       O que significa uma receita de fabricação

2.       Como se cria uma meta para o grupo.

3.       O quadro de marcação de produção – sua importância.

4.       Porque a costureira precisa trabalhar em mais de uma máquina ou operação.

5.       A necessidade de seguir as regras criadas.

6.       A disciplina.

7.       Tempo da operação e não da costureira.

8.       O respeito pela líder do grupo.

Observações importantes –

1.       Qualquer dúvida deverá ser tirada com a encarregada e nunca com outras costureiras.

2.       Sempre participar do processo, dando opiniões e/ou sugestões.

3.       Procurar sempre se tornar mais polivalente possível.

4.       Saber que faltas e/ou atrasos comprometem o grupo, pois a meta não será alterada.

5.       Nunca alterar a maneira de fazer uma operação sem o consentimento da encarregada.

6.       Se dedicar ao grupo intensamente.

7.       Saber que, apesar de nova funcionária, é tão importante quanto as veteranas.

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TABUS A SEREM QUEBRADOS

 

É impressionante como o segmento de confecção está cheio de tabus, quando se fala de produção. Na verdade, são “curiosos” que criam esses tabus e investem neles todo tempo, até para poder justificar a falta de competência.

Sempre ouvi dizer que a costureira precisa ver seu “caixote” de serviços lotados para poder “trabalhar mais”. Mentira. Provo exatamente o contrário desse que considero um grande tabu.

Se a costureira da operação “anterior” perceber que na operação “posterior” existe um grande número de peças, ela relaxa e diminui o ritmo de trabalho, produzindo menos. Ao passo que se invertermos a situação, ou seja, a costureira anterior percebe que na próxima operação existe um número pequeno de peças, ela redobra a atenção, aumenta o ritmo, para que a posterior não corra o risco de ficar desabastecida. Isso é um fato incontestável...

Como esse “tabu” criado por um incompetente, outros são frequentes em nossas confecções, prometo falar mais sobre o assunto em outra oportunidade, ou se você quiser acompanhando esse assunto, acesse o link    is.gd/lideresproducao e aprenda mais sobre os assuntos da produção.

A IGNORÂNCIA

 

Ser ignorante num assunto não significa que você é uma pessoa ignorante. Todos nós somos ignorantes em alguns assuntos, pois ninguém sabe tudo de tudo. Isso é um fato e não se discute!

Uma pessoa ignorante é outra coisa. Eu considero uma pessoa ignorante aquela que não assume sua falta de conhecimento em algo e acaba passando por ridícula, pois além de não saber de tal assunto ainda faz de conta que sabe, ou pior ainda, “pensa” que sabe.

Acredito que a ignorância e a teimosia são irmãs, pois quase sempre “andam” juntas.

Por que falo isso? Nossas confecções estão cheias de “pessoas ignorantes”. Pessoas que se dizem, ou pensam que são entendidas, porém não entendem nada de processo de fabricação.

Não preciso nem falar dos resultados. São lastimáveis! O pior que “acham” que estão cobertas de razão, sempre! Essa é a verdadeira ignorância.

Uma pena.

Ninguém é obrigado a saber de tudo, porém, é necessário ter humildade. Aliás essa é uma da qualidade dos grandes líderes – humildade.

Saiba que você, como líder, não tem a obrigação em saber tudo, mas você tem a obrigação de ter ouvidos para quem realmente conhece o assunto e, no mínimo tentar segui-lo. Para que isso aconteça, a humildade deve ser uma característica da sua personalidade.

Como consultor tenho presenciado atitudes de líderes, que se consideram “os papas do assunto”, mas cometendo cada absurdo assustador.

Assustador deve ser para a empresa que além de ter uma pessoa ignorante em seu comando, ainda tem que pagar a conta...

Seja humilde, saiba ouvir, estude mais, copie quem sabe e seja grande. Esse é meu conselho...