terça-feira, 25 de janeiro de 2022

ENTRE ERROS E ACERTOS

 

                Devemos deixar claro, para quem ainda não sabe, que a indústria de confecção é um dos segmentos da indústria que mais exige da liderança, pois infelizmente, apesar da tecnologia, ainda dependemos muito da operadora (costureira).

Dessa forma estamos sujeitos a uma enormidade de problemas, que geralmente são provocados pelas pessoas.

Com tudo isso digo, sem medo de exagerar, que estamos num barco onde os erros e os acertos fazem parte da nossa vida. Dependemos muito mais da “cabeça” da costureira do que propriamente da sua habilidade técnica.

Sendo assim, precisamos muito treinamento emocional para que a líder dessas costureiras possa praticar atitudes onde resultem em números satisfatórios. Por essa razão que os erros e acertos deverão ser muito trabalhados.

O grupo poderá errar, o grupo poderá acertar, porém cabe a sua líder saber extrair as lições desses erros e acertos.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

PRODUÇÃO versus CUSTOS

 

Deveremos sempre projetar dois números em nosso ambiente fabril. O primeiro é a eficiência da equipe de produção, a segunda é o número que trata dos nossos custos.

Parto da premissa que sempre deverei ter meus números ajustados para 100% de eficiência, porém, sabemos que nem sempre conseguirei atingir a eficiência plena, pois existem variáveis no processo produtivo que poderão provocar desvios nessa eficiência.

É possível trabalhar com 100% de eficiência? Claro que sim, mas em virtude dessas variáveis deverei montar meus custos operacionais com uma eficiência menor, para não correr riscos de comprometer meu lucro!

Qual seria essa eficiência palpável para efeitos de custos operacionais?

Em condições normais, afirmo que uma empresa cuja produção está alcançando 85% de eficiência, encontra-se num patamar bom, mas temos que considerar alguns fatores que poderão alterar essa eficiência que estou considerando boa.

Quais seriam esses fatores?

1.       O número de trocas de modelos no grupo de trabalho. Quanto maior for o número de trocas de modelos, maior o risco de alterar essa eficiência. Lembrar que a troca de modelo no processo produtivo é o momento crítico da produção.

2.       Devemos também levar em consideração a padronização das operações, pois sempre poderemos ter nossa eficiência comprometida, quando não padronizamos o processo.

3.       O nível de absenteísmo da equipe. As faltas certamente acontecerão e também pode ser um fator determinante na variação da eficiência.

4.       Poderemos considerar que qualquer evento que comprometa os resultados deverá fazer parte do custo. Cada empresa deve conhecer bem essas ocorrências para considera-las nas alterações de eficiência, dessa forma alterando os custos operacionais.

Portanto justifico a afirmação que deveremos trabalhar com dois números. O primeiro para avaliar nessa real eficiência fabril e o segundo para compor um custo sem riscos.

 

 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A IMPORTÂNCIA DE UM BOM AMBIENTE DE TRABALHO

Tenho certeza que vamos concordar quando afirmo que ter um bom ambiente de trabalho, na produção, é fundamental. Agora, pergunto, o que é um bom ambiente de trabalho? Deixar que cada costureira faça o que quiser? Também tenho certeza que a resposta será a mesma que afirmo – NÃO!

Não consigo entender porque a cobrança por resultados compromete esse “bom ambiente”.

Mais uma vez vou dizer que não existe a possibilidade de bom ambiente se os resultados forem ruins. Com isso estou dizendo que bom ambiente de trabalho só poderá acontecer se estivermos dentro das metas traçadas por um planejamento estabelecido.

Para que possamos ter esse desejado “bom ambiente de trabalho” será necessária uma soma de coisas, tais como: -

1.       Bons resultados, pois caso contrário, teremos uma preocupação de custos altos e ineficiência do setor. Como posso ter bom ambiente se somos ineficientes?

2.       Condições de trabalho adequado para tais resultados.

3.       Respeito tanto dos subordinados para com o líder e vice-versa.

4.       Respeito entre as costureiras.

5.       Eliminar qualquer sintoma de “panelinhas’ dentro do grupo.

6.       Envolver todos (costureiras, ajudantes, líderes) numa mesma condição de igualdade.

7.       Fazer valer o “certo e o errado” e assim sendo, as regras valem para todos, independentes do cargo que ocupam.

8.       Fazer valer “direitos e deveres”, para todos.

Dessa forma poderemos ter a chance de criarmos uma situação onde a igualdade contribuirá para que esse ambiente seja legal e assim vamos eliminar algo tão comum em nossas confecções – “sempre gente reclamando do ambiente de trabalho”.

Não confunda bom ambiente de trabalho com falta de cobrança...

Saiba que um grande desmotivador da produção é a falta de cobrança, pois a costureira acaba se perguntando – “qual a diferença entre ser bom ou mau funcionário”? Quando eu produzo além das metas, ou quando produzo abaixo dessas metas ninguém me cobra, não tem diferença.... Então o meu trabalho não tem importância aqui nesse local. Isso por si só já torna esse ambiente péssimo...