sexta-feira, 27 de outubro de 2023

O INIMIGO DA PRODUÇÃO

 

Precisamos deixar claro que o inimigo da produção é o tempo. Ele não para, não volta e dessa forma toda vez que o desperdiçamos estamos deixando de fazer aquilo que era possível. Recuperá-lo, jamais... Simples de provar essa afirmação – Se tenho uma tarefa cujo tempo é de 1 minuto, significa que poderei fazer 60 vezes em uma hora. Caso não tenha feito nenhum nessa hora, jamais poderei fazer 120 na próxima, até porque a próxima hora terá também 60 minutos e a tarefa continua tendo um tempo de 1 minuto.

Conclusão – produção perdida, jamais será recuperada, a não ser que tenhamos mais recursos, o que vale dizer – aumento de custo operacional.

Isso ficando bem claro para os gestores de produção, significa que o grande trunfo para obtermos eficiência em nossas tarefas é aproveitar bem o tempo, até porque considero que um dos grandes desperdícios que nossas fábricas têm é a mão de obra mal utilizada, comprometendo, dessa forma, os custos operacionais.

A Teoria da Restrições, obra prima escrita por Goldrath, já aponta que toda vez que uma operação é feita além da necessidade também deve ser considerada desperdício. Desperdício de tempo, que poderia ser melhor aproveitado, desde que fosse utilizado em executar uma tarefa necessária.

Parece contraditório, mas muitas vezes o excesso de produção também acaba sendo desperdício, basta você produzir o que não está precisando...Seja como for, o tempo desperdiçado jamais será recuperado.

Cabe a você, como gestor,  passar e treinar seu piso de fábrica para que utilize o tempo de forma correta e assim concluir uma tarefa e nunca deixa-la pela metade...

              

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

O CORAÇÃO DA FÁBRICA

 

Nada funcionará se o coração da fábrica não “bombar” eficientemente. O PCP!

Sim, estou chamando de coração da fábrica esse setor, que embora burocrático, deve acompanhar minuciosamente o andamento dos produtos em seu processo de fabricação.

O setor produtivo da confecção, para que possa ser eficiente, precisará de toda informação possível para que os resultados sejam satisfatórios. E cabe ao departamento citado fornecer essas informações.

A produção, desde o corte até o acabamento, deverá receber essas informações sobre o produto, tais como – ficha técnica, amostras, datas de entrega do pedido, além da sua crono análise ( tempos operacionais, recursos para produzir, metas, receitas de fabricação, enfim a parte de engenharia de fabricação), além do apoio do “pessoal do produto”( modelista, piloteira e outras pessoas que estudaram a sequência operacional) para confeccionar  com a obrigação de minimizar o custo operacional.

Como podemos verificar, sendo assim, nada poderá “entrar” na produção sem um devido estudo para que o processo produtivo não seja interrompido.

PCP e fabricação deverão “andar” em harmonia, uma parceria permanente que evitará desperdícios, onerando ,dessa forma, custos operacionais.

P(de planejamento), C( de controle). Não basta planejar, o PCP tem a obrigação de controlar a produção ao longo do processo, a fim de trabalhar os desvios que possam ocorrer no meio da produção.

Tenho notado que as empresas que têm um PCP forte, auxiliam sobremaneira o setor de produção propriamente dito e dessa forma, contribuem para que as eficiências do corte, costura e acabamento sejam positivas a ponto de eliminar desperdícios e dessa forma reduzir custos de fabricação.

Por essa razão, estamos chamando o PCP de coração da produção...

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

UMA MÃO DE OBRA BEM APROVEITADA

 

Aproveitar bem a mão de obra vai permitir que seus custos operacionais se reduzam e dessa forma sua empresa fique mais competitiva no mercado. Pois bem!

Que seria então aproveitar bem essa mão de obra? Uma Receita de Fabricação bem equilibra, a partir dos tempos operacionais cronometrados, o número de peças para cada uma dessas operações, independentes das diferenças. Dessa forma saberemos os minutos gastos em cada operação para produzir o mesmo número de peças, conforme a meta final do produto.

Então deveremos administrar as operações uma a uma, criando um pulmão de alimentação no meio do processo para aproveitar bem essa mão de obra. Nunca se esquecer que pulmão de alimentação é diferente de acúmulo intermediário. O pulmão de alimentação existe para não permitir que uma operação deixe de abastecer a próxima. Já acúmulo intermediário significa mercadoria na fila de espera, o que ocasiona aumento de custo operacional, ou seja – “pulmão de alimentação” – sempre, “acúmulo intermediário” – nunca...

O número de peças que se formará entre as operações (pulmão de alimentação) dependerá da meta do produto. Sugiro que se crie um pulmão de ¼ da meta do produto. Estou me referindo à controle de hora em hora, ou seja, se a meta do produto for 100 peças/hora, então deixe entre as operações 25 peças. Isso evitará que a operação posterior corra o risco de parar, caso haja algum problema com a operação anterior. Faça isso entre as operações, numa sequência operacional e administre para que esse pulmão não se desfaça.

Pronto, você não correrá esse risco e ao mesmo tempo não perderá mão de obra em virtude de um possível acúmulo intermediário.