quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

MINHA PRODUÇÃO ESTÁ UM "HORROR", QUE FAZER?

 

Eu como consultor de produção para indústrias de confecção não me canso de ouvir essa frase:-“ Que horror de produção, que faço”?

Em primeiro lugar, digo que é importante detectar o motivo ou os motivos que estão contribuindo para os números baixos, muito embora, nem sempre esses motivos estão claros assim. Isso por si só já mostra que o primeiro motivo desse horror de produção já começa na falta de informação. Imaginem os senhores, nem se sabe o porquê se perde produção! Problema “escondido” é problema não solucionado!

Mas, vamos lá, precisamos rapidamente localizar os problemas, para resolvê-los.

Normalmente quando os números não são satisfatórios precisamos olhar três fatores determinantes – equipamento, processo e pessoas. Com certeza num desses fatores se escondem os problemas.

Equipamento – será que estamos produzindo com equipamento adequado para nossos produtos? Muitas vezes não temos máquinas apropriadas para as operações e acabamos improvisando e dessa forma perdendo número em virtude de equipamento ineficiente para tal tarefa, além de aumentar consideravelmente os custos operacionais.

Outro fator que pode ser “creditado” para equipamento é saber se as máquinas estão corretamente reguladas para a operação, evitando dessa forma o retrabalho.

Pessoas – A liderança é eficiente? As costureiras são habilitadas para as operações? Tem ritmo de trabalho? Existiu um treinamento para melhorar o processo de fabricação? O índice de qualidade é bom? Se em algumas dessas perguntas as respostas forem negativas, então me arrisco a dizer que localizou o problema. Agora, para cada uma das negativas deverá existir atitudes para corrigir o desvio...

Processo – Agora o problema passa a ser mais sério, pois não existe produção boa se não houver um processo claro, definido e principalmente seguido...

Nas minhas andanças pelas fábricas percebo que o maior responsável pelos números desastrosos “mora” na falta de processo. As empresas trabalham sem obedecer a processos e de uma forma muito amadora. Não tem normas, procedimentos fazem as mesmas coisas de formas diferentes, acreditam que trabalhar é só “braço” e não “cabeça”. Adotam medidas para apagar o incêndio, ninguém se entende, matam os princípios, por exemplo de uma célula de manufatura, não passam segurança para a fábrica, pois cada hora fala e faz diferente do combinado e planejado.

Afirmo que tudo que não segue um padrão e é de conhecimento de todos não vai “dar certo”.

Processo deve ser a “bíblia da empresa”, sem ela não vamos para o céu...

Mas infelizmente existem gerentes, chefes, supervisores e gestores, de um modo geral que não gostam de processos, controles e relatórios, pois eles são baseados em números e números mostram a verdade, doa a quem doer, vai que nosso “chefe” gosta de esconder sua ineficiência...

Acontece que a bagunça é tão grande em algumas confecções que em muitos casos não temos um determinante do insucesso, mas a soma dos três (equipamento, pessoas, processo)...

 

 

 

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