Eu como consultor de produção para indústrias de confecção
não me canso de ouvir essa frase:-“ Que horror de produção, que faço”?
Em primeiro lugar, digo que é importante detectar o motivo
ou os motivos que estão contribuindo para os números baixos, muito embora, nem
sempre esses motivos estão claros assim. Isso por si só já mostra que o
primeiro motivo desse horror de produção já começa na falta de informação.
Imaginem os senhores, nem se sabe o porquê se perde produção! Problema “escondido”
é problema não solucionado!
Mas, vamos lá, precisamos rapidamente localizar os
problemas, para resolvê-los.
Normalmente quando os números não são satisfatórios
precisamos olhar três fatores determinantes – equipamento, processo e pessoas.
Com certeza num desses fatores se escondem os problemas.
Equipamento – será que estamos produzindo com
equipamento adequado para nossos produtos? Muitas vezes não temos máquinas
apropriadas para as operações e acabamos improvisando e dessa forma perdendo
número em virtude de equipamento ineficiente para tal tarefa, além de aumentar
consideravelmente os custos operacionais.
Outro fator que pode ser “creditado” para equipamento é
saber se as máquinas estão corretamente reguladas para a operação, evitando
dessa forma o retrabalho.
Pessoas – A liderança é eficiente? As costureiras são
habilitadas para as operações? Tem ritmo de trabalho? Existiu um treinamento
para melhorar o processo de fabricação? O índice de qualidade é bom? Se em
algumas dessas perguntas as respostas forem negativas, então me arrisco a dizer
que localizou o problema. Agora, para cada uma das negativas deverá existir
atitudes para corrigir o desvio...
Processo – Agora o problema passa a ser mais sério,
pois não existe produção boa se não houver um processo claro, definido e
principalmente seguido...
Nas minhas andanças pelas fábricas percebo que o maior
responsável pelos números desastrosos “mora” na falta de processo. As
empresas trabalham sem obedecer a processos e de uma forma muito amadora. Não
tem normas, procedimentos fazem as mesmas coisas de formas diferentes, acreditam
que trabalhar é só “braço” e não “cabeça”. Adotam medidas para apagar o incêndio,
ninguém se entende, matam os princípios, por exemplo de uma célula de
manufatura, não passam segurança para a fábrica, pois cada hora fala e faz diferente
do combinado e planejado.
Afirmo que tudo que não segue um padrão e é de conhecimento
de todos não vai “dar certo”.
Processo deve ser a “bíblia da empresa”, sem ela não vamos
para o céu...
Mas infelizmente existem gerentes, chefes, supervisores e
gestores, de um modo geral que não gostam de processos, controles e relatórios,
pois eles são baseados em números e números mostram a verdade, doa a quem doer,
vai que nosso “chefe” gosta de esconder sua ineficiência...
Acontece que a bagunça é tão grande em algumas confecções
que em muitos casos não temos um determinante do insucesso, mas a soma dos três
(equipamento, pessoas, processo)...
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