quinta-feira, 27 de junho de 2024

CARGA DE TRABALHO

 

Costumo dizer que a ociosidade é um perigo para o sistema produtivo. Ela vicia e torna o produto mais caro, em se tratando de custo operacional. Afirmo que se existir uma carga de trabalho para uma pessoa e meia, nunca trabalhe com duas pessoas, pois essa ociosidade poderá comprometer o resultado, até porque o ritmo de trabalho das duas tende a reduzir, fato esse que, em muitos casos, comprometerá a eficiência do processo. Nesse caso é melhor trabalhar com apenas uma pessoa e certamente o resultado operacional será superior, pois essa única pessoa não terá tempo ocioso. Lembrar sempre que a produção se mede pela eficiência e não pelo número de peças fabricadas.

Caso você não queira perder “número”, então trabalhe com 3 pessoas, pois utilizará bem cada pessoa e meia.

Produção é o número de peças.

Produtividade é o número de peças em relação aos recursos que utilizamos para produzi-las.

Ocupar todo potencial do operador significa reduzir custos operacionais, desde que as metas traçadas sejam palpáveis e perfeitamente atingíveis, sem sacrificar o potencial do operador.

O ritmo dos operadores é diferente, porém essa diferença deve ter limites. Se um operador tem capacidade para 10 peças e outro para 7,8 ou 9 é normal, o que não é normal um ter ritmo para 10 peças e outro para 2 ou 3.

Lembrar sempre que as metas são essenciais para bons resultados, desde que sejam verdadeiras e palpáveis, pois caso contrário, será um fator de desmotivação para a mão de obra envolvida no processo.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

A VONTADE DE VENCER

 

Muitas vezes encontro grupos de trabalho com grande potencial técnico, mesmo assim, os números são absurdamente baixos em se comparando com esse potencial. Como se explica esse fenômeno? Está faltando garra para essa equipe...

Isso mesmo, garra, vontade, determinação e disciplina para a utilização de tal potencial, ou seja, é um grupo sem vibração, sem interesse (seja qual for o motivo), mas através dos resultados, notamos que é um grupo que chamo de morto!

Grupo morto é aquele que onera o custo do processo, é aquele que não tem resultado, é aquele que compromete toda a eficiência da fábrica e deve ser enterrado, pois morto se enterra...

Uma pena, pois quando a equipe tem vontade ela supera a falta de técnica, em muitos casos.

Mas, como vocês já devem estar esperando, vou falar que essa vontade deve ser alimentada pela liderança. É a líder que alimenta essa vontade. Prefiro uma costureira com muita vontade do que a melhor costureira do mundo, sem vontade de vencer...

quarta-feira, 12 de junho de 2024

MAIS UMA VEZ, FALANDO DE PROCESSOS...

 

Vou insistir no assunto, pela importância que ele tem sobre os resultados na produção!

Tenho acompanhado os gestores se debruçarem sobre os problemas que causam resultados assustadores, na produção das confecções, porém quase sempre se esquecem de verificar se os processos estão sendo seguidos e, quando isso acontece, acabam percebendo que grande parte deles estão sendo desprezados.

Não existe sistema nenhum que suporte a falta de processos.

Geralmente os problemas que comprometem resultados, no setor produtivo, são três – mão de obra, equipamento ou processos. Afirmo que em 70% dos casos a falta de um processo forte e bem definido é que contribui para números baixos.

Não é raro, no ambiente fabril, se fazer as mesmas tarefas de formas diferentes. Isso é falta de processo. Parto da premissa que, se existe mais de uma forma de se fabricar algo, sempre deveremos optar pela mais produtiva, para que a padronização da operação possa reduzir os custos operacionais.

Esse pequeno exemplo citado acima é apenas um dos comprometedores de boa performance na fábrica.

Isso também acontece no administrativo da produção, quando o PCP não tem um bom programa para orientá-lo ou mesmo quando as regras são quebradas em pró de uma “desculpa esfarrapada”.

Pense nisso, crie processos e os respeite...

quarta-feira, 5 de junho de 2024

O QUE PREJUDICA SUA PRODUÇÃO?

 

Existem alguns erros frequentes que comprometem seu resultado, mas apesar de serem óbvios, as confecções insistem em continuar praticando, vejamos:-

É muito comum as quebras de regras que, apesar de serem regras, são frequentemente desprezadas, sempre com uma “justificativa”. As mais violadas são as que poderiam, se fossem praticadas, pontos de redução de custos operacionais.

1.        Produzir algo sem necessidade, utilizando de forma inadequada a mão de obra. Dou um exemplo dessa afirmação – permitir acúmulos intermediários, desrespeitando as diferenças de tempos operacionais.

2.        Colocar costureiras sem ritmo de produção na linha de fabricação.

3.        Ausência de um fluxo produtivo contínuo e ininterrupto.

4.        “Adiantar” produção, criando gargalos no processo de fabricação.

5.        Não utilizar uma Receita de Fabricação para cada produto.

6.        Admitir retrabalho como se fosse algo normal.

7.        Insistir com funcionários que não têm comprometimento.

8.        Não ter foco em resultados.

9.        Achar que simplesmente entregar o pedido na data correta é o sucesso. Lembre que o sucesso é ter lucro, pois entregar um pedido na data correta só depende de planejamento, desde que tenhamos lucro.

10.   Não ter controles e relatórios que possam avaliar a performance de cada departamento.

11.   Demorar para tomar medidas corretivas, quando existe algo comprometendo resultados.

12.   Tentar produzir peças sem equipamento adequado para tal.

Estão aí uma dúzia de “pecados” que os gestores costumam praticar em suas confecções e ainda por cima querem ter resultados, como se os problemas não foram criados e alimentados pela falta de capacidade da própria gestão...