Um dos principais fatores para se obter resultados na
produção é o ritmo que a operadora emprega em sua tarefa.
Costumamos chamar de padrão aquela operadora que domina a operação
e a faz com regularidade e principalmente mantém os movimentos constantes.
Erroneamente confundimos falta de prática com baixo ritmo de
trabalho. É necessário deixar bem claro que não são sinônimos. Quando uma
costureira não tem prática numa operação, não significa que deverá fazê-la
lentamente, pois para qualquer conhecedor de tempos e métodos não é novidade
dizer que temos que analisar de duas formas o tempo de qualquer operação. A
primeira é o tempo propriamente da operação, ou seja, o momento em que a
costureira costura e a segunda é o manuseio da peça, que geralmente acaba sendo
maior que o tempo da própria costura.
Quando a costureira for pisar na máquina é normal que a faça
mais lentamente por não ter prática, porém para pegar, ajustar e descartar a
peça não depende mais de conhecimento, mas sim de ritmo. Dinâmica.
O grande problema é que por falta de cobrança ou
conhecimento da liderança, esses dois fatos se confundem e a costureira se
acomoda, dizendo simplesmente que não tem prática naquela operação ou máquina.
Na verdade o ritmo das operadoras é quem determina o tempo
padrão da operação, aliás, existe até um estudo detalhado de avaliação de ritmo
que deverá ser de conhecimento dos cronometristas. Quando determinamos a meta
de um produto, significa que esse estudo foi levantado através da obtenção do
tempo padrão.
Deveremos também levar em conta que não existe o tempo da
operadora, mas sim da operação, sendo assim, independentemente da costureira o
tempo é um só – o padrão.
Produção com eficiência só com ritmo de trabalho, que deverá
ser incentivado com um trabalho de motivação, fator esse que deverá acontecer
conforme a postura da liderança.
Existem grupos de trabalho que superam, muitas vezes, a
falta de técnica com muita garra, determinação e principalmente um forte ritmo
das suas costureiras.
É muito importante a encarregada ou líder de produção
detectar rapidamente qual o ritmo de cada elemento do seu grupo, devendo
afastar da produção aquelas costureiras que não possuem essa qualidade, pois
certamente não servem para trabalhar no processo produtivo. Geralmente
costureiras que fazem peças pilotos não têm ritmo de trabalho, portanto não
podem trabalhar na produção, muito embora sejam ótimas costureiras.