sexta-feira, 29 de novembro de 2013

RITMO VERSUS PRÁTICA


Costumamos cometer um grande erro quando confundimos ritmo com falta de prática de uma costureira.

A falta de prática em uma máquina ou em uma operação não significa que a costureira tenha que fazer de forma lenta a operação, muito pelo contrário, deverá cobrir a deficiência técnica com mais rapidez em manusear a peça.

Toda operação é composta de dois elementos – o primeiro é o tempo da operação propriamente dita, o segundo é o tempo de manuseio da peça. De uma maneira geral a maioria dos casos o tempo de manuseio é superior ao tempo da costura. Sendo assim, a costureira que não estiver treinada numa operação deverá manusear a peça com mais ritmo, ou seja, a velocidade desse manuseio cobre parte do tempo que naturalmente será maior na costura.

Acontece que a falta de visão da liderança costuma passar por cima do fato, como se a costureira aprendiz não tivesse compromisso com o ritmo de trabalho.

Não podemos nos esquecer que o ritmo da costureira é o terceiro mandamento da produção, desta forma exigindo uma atenção redobrada da líder do setor, pois quanto mais distante o tempo real estiver do tempo padrão, maior será a dificuldade em se atingir as metas traçadas.

É necessário ficar claro o que estamos chamando de ritmo de trabalho! O ritmo nada tem a ver com conhecimento ou prática na operação, mas sim, com a velocidade e frequência nos movimentos que essa costureira emprega ao fazer essa operação.

Analisar o ritmo da operadora nem sempre é muito simples, será necessário que além da líder, um cronoanalista possa fazer um estudo e criar padrões para tal. Nunca é demais dizer que não existe o tempo da operadora, mas sim o tempo da operação. É por essa razão que chamamos de tempo padrão. Um cuidado que o cronometrista deverá tomar é saber quem é a costureira ideal para se determinar o tempo da operação. Ele deverá escolher a costureira que tenha conhecimento dessa operação e acima de tudo tenha movimentos constantes e frequentes para executar tal tarefa.

 

 

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