Muitos podem ser os gargalos no processo produtivo, todavia
seja qual for esse mal só poderá ser combatido se as lideranças da produção os
encarar de peito aberto e sem medo de tomar medidas fortes para tal.
Como sabemos, os gargalos são quem governam a produção de
uma confecção, sendo assim, é obrigação da chefia persegui-los até sua “morte”.
Muitas vezes não conseguimos eliminá-los totalmente, mas na medida em que os
reduzimos, obteremos melhores resultados em nossa produção.
O mais importante é conhecer o “inimigo”, que se apresenta
com diversas facetas, muitas vezes confundindo nossos líderes. Na maioria dos
casos, esses gargalos são frutos de um mau planejamento que não soube avaliar
seu efeito avassalador. Para não generalizarmos vamos estudar os casos mais
freqüentes das causas desses gargalos:
1. Em primeiro lugar o gargalo vem da diferença dos tempos
padrões das operações que desequilibra sobremaneira o número de peças. Nesse
caso aconselhamos que se faça uma receita de fabricação para equilibrarmos tal
diferença. A receita de fabricação é o melhor caminho para que aproveitemos
plenamente nossa mão de obra.
2. Também encontramos muitos gargalos de produção, em nossas
confecções, quando não temos máquinas suficientes para absorver plenamente essa
mão de obra. É comum encontrarmos confecções com poucas retas para muitos
overloks, ou muita máquina galoneira para pouca pespontadeira, ou coisa
parecida. É necessário fazer uma carga de máquina comparada com a mão de obra
para podermos ficar livres desse problema.
Sugerimos que o leitor aplique todas as técnicas da TEG
(Tecnologia de Eliminação de Gargalos) para resolver os dois itens acima.
3. Uma situação onde também encontramos gargalos é na quebra
de uma máquina e por falta de coragem do líder em parar a linha de fabricação,
continua produzindo as operações anteriores, como se isso fizesse a
diferença.
4. Não podemos desprezar a falta de ritmo de costureiras que
não conseguem fazer suas operações no tempo padrão e dão oportunidade para que
os acúmulos no processo aconteçam, gerando “falsos” gargalos de produção. Digo
falsos porque foram gargalos provocados pela incapacidade da mão de obra. Nesse
caso costumo responsabilizar muito mais a líder do que a própria costureira,
pois não acompanhou, não controlou e permitiu que o caos fosse instalado no
setor produtivo.
Não importa o motivo – o gargalo deverá ser combatido com
toda força da produção, pois só dessa forma reduziremos o custo operacional da
fabrica e poderemos contribuir para tornar o produto viável economicamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário