Trabalhar em células ou grupos na produção não é tão simples
como pode parecer.
Muito mais que um “amontoado” de pessoas funcionando
máquinas sem critério a filosofia deverá ser diferente de um passado não muito
remoto. Para ficar mais clara essa afirmação deveremos dividir o assunto em
duas partes:- a técnica e a comportamental.
Técnica –
Como afirmo acima, precisamos ter um conceito novo de
produção. Antigamente produzir significava costureira atrás da máquina usando
todo potencial dessa máquina sem se preocupar com a necessidade dessa operação.
Chegavam-se ao ponto de uma costureira nunca sair de uma máquina ou uma
operação só porque ela era ótima nessa operação. Às vezes “inventava-se”
serviços só para que a costureira continuasse nessa operação, não tendo desta
forma, a visão para o produto, mas sim para a operação.
Absurdo!
Sempre advogo a favor do produto final e nunca da “parte” do
produto, ou seja, de que adianta uma costureira pregar 1 milhão de mangas se
não vendo mangas, mas sim camisas? As demais operações acompanham esse milhão
de mangas? Se a resposta for negativa, estarei “jogando” mão de obra na lata do
lixo.
Hoje produzir é acima de tudo fazer as operações
equilibradamente sem acúmulos intermediários, não permitir que gargalos tomem
conta do processo produtivo sob pena de elevação de custos operacionais.
A ferramenta que dispomos para tal tarefa é uma receita de
fabricação que se incumbirá de trabalhar minutos certos para cada uma das
operações do produto que se encontra em processo. Somente dessa forma
evitaremos esse acúmulo de mercadoria entre as operações, pois posso afirmar
que muitas vezes é melhor ter uma costureira trabalhando com uma eficiência de
70% numa operação onde ela não é craque ao mantê-la numa operação em que ela
consegue 100% de eficiência, somente porque ela é ótima nessa operação.
Esse conceito precisará estar alinhado e de conhecimento de
todos (líderes, costureiras e ajudantes). Nunca esquecer que produção é peça
pronta e o setor deverá ter um único objetivo – mandar peças para o acabamento.
Comportamental –
De nada adianta termos a melhor técnica do mundo se não
temos os elementos do grupo comprometidos. O comprometimento com resultados,
com os objetivos da empresa é que acaba fazendo toda diferença no sucesso do
grupo de trabalho.
Algumas pessoas poderiam me perguntar – como comprometer
alguém com os resultados?
Realmente não é tarefa tão simples assim, mas posso afirmar
que a base do comprometimento é a motivação. Quando falamos em motivação o
assunto torna-se complexo, pois cada pessoa motiva-se de formas diferentes. O
que motiva uma pessoa pode não motivar outra e assim por diante.
Essa afirmação nos faz pensar a necessidade que tem o líder
em conhecer muito bem cada elemento da sua equipe, pois só assim ele conseguirá
motivar cada um. Mas para todos a base da motivação tem como ponto de partida o
respeito pelo ser humano, pelo profissional e mostrar à esse profissional que
ele é importante para o seu grupo.
Conclusão –
Desta forma concluímos que tanto tecnicamente com
comportamentalmente é muito importante a atuação do líder do grupo, pois não
existe um grupo eficiente e com bom desempenho se na sua condução não existir
um verdadeiro líder.
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