Não basta ter as melhores costureiras do mundo para que esse
grupo obtenha os melhores resultados. O que estou querendo afirmar que o
conjunto sempre prevalece sobre o individualismo.
Acostumei-me a ver grupos com costureiras excelentes e
resultados desastrosos. Porque esse fenômeno é comum na maioria das nossas
confecções? Poderei responder que muitas são as razões, mas o mais comum relato
aqui:-
1)
Por ser um grupo com costureiras ótimas, não existe humildade,
mas sim um estrelismo muito grande que chega a ficar acima do profissionalismo.
Cada uma se acha a melhor, causando uma disputa interna que prejudica
totalmente o resultado.
2)
Apesar de existir uma boa polivalência nessa equipe, as
costureiras costumam se acomodar e tendem a fazer o que lhe é mais conveniente
e não em busca de resultados para a equipe.
3)
Geralmente não gostam de obedecer a uma receita de
fabricação pré-estabelecida e desta forma acabam “matando” o equilíbrio das
operações, gerando assim acúmulos intermediários.
4)
A líder, por sua vez, acaba ficando refém das
costureiras, não tem atitudes diante dos problemas e não cobra ninguém, pois
tem medo de “perder” uma dessas estrelas. Para conduzir um grupo com ótimas
costureiras, só uma ótima líder.
5)
O grupo para obter uma boa performance precisa ter
conjunto, todas deverão estar voltadas para um único objetivo que é o
resultado. Posso comparar essa situação com um time de futebol que possui os
melhores jogadores do mundo, mas não conseguem ganhar o campeonato, pois não
tem conjunto.
6)
Não podemos deixar de responsabilizar os
administradores da produção que por estarem diante de um grupo acima da média
acaba não tendo um controle mais forte, achando que esse grupo não precisa ser
cobrado e desta forma não motiva a equipe (lembrar que a falta de cobrança é um
forte desmotivador).
7)
Tudo isso acaba por resultar na falta de regras, onde
cresce o absenteísmo e mais uma vez está instalado um ambiente que não favorece
resultados.
Não se esqueçam de que estamos falando num grupo com ótimas
costureiras tecnicamente, mas que provavelmente não são tão boas funcionárias.
Não estou querendo com isso afirmar que não deveremos ter um
ótimo grupo de costureiras, mas acima de tudo saber utilizar corretamente esse
grupo.
Diante desse quadro advogo em favor de um forte treinamento
nos lideres e encarregados de produção, pois serão eles os agentes de mudanças
na empresa, serão eles que poderão realmente fazer com que esse grupo se torne
vencedor, não somente na individualidade das costureiras, mas na força do
conjunto para obter resultados expressivos.
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