sexta-feira, 28 de novembro de 2014

OS RISCOS PARA 2015

Qualquer empresário do ramo de confecção que conversar com algum economista ficará de “cabelo em pé”. O próximo ano promete ser horroroso para o setor. Porque esses economistas fazem essas previsões preocupantes? A atual situação econômica do país exigirá mudanças profundas que com certeza a indústria, mais uma vez, pagará a conta.

Isso é um fato. Não temos como mudar, porém poderemos passar pela tempestade com alguns cuidados que toda época de crise exige. Quais seriam esses cuidados?

Em primeiro lugar acertar o caixa evitando despesas desnecessárias. Eliminar desperdícios de toda espécie (aliás a indústria de confecção é campeã em desperdícios, principalmente no que diz respeito ao péssimo aproveitamento de mão de obra). Outra medida prudente é praticar um custo verdadeiro para cada produto. Costumeiramente as confecções erram muito em seus custos (principalmente operacional) por não terem informações dos produtos que fabricam. Chegam, em certos casos, a ter prejuízos em alguns modelos fabricados e nem percebem, pois falta informação – tempo da peça, metas pré estabelecidas, controles de eficiência do setor produtivo, eficácia dos setores, relatórios de resultados, enfim, a pobreza de informação cega o empresário que se ilude ao receber um pedido que muitas vezes o leva aos resultados no vermelho.

Seu PCP deverá ter uma atuação impecável, ser completamente equilibrado, trabalhar no “fio da navalha”, ou seja, não poderá deixar faltar nada para a produção assim como não poderá super abastecer essa produção com compras desnecessárias, evitando dessa forma estoques comprometedores de matéria prima ou aviamentos.

Saia da “mesmice”. Busque novos parceiros, outros fornecedores que possam “baratear” seu produto final.

Trabalhe bem sua contabilidade, procure ajuda em setores que você não tenha um domínio completo, pois só dessa forma a empresa poderá passar esse ano que promete ser de “arrepiar” ...

Empresário do ramo, Deus que te ajude, pois além de tudo isso precisamos de muita oração para “sobrevivermos” 2015...




sexta-feira, 21 de novembro de 2014

UM INIMIGO A SER COMBATIDO

Ao entrar no setor de costura de uma confecção você poderá enxergar peças se acumulando entre as máquinas. Estamos falando de um mal que assola a maioria das nossas fábricas – um monstro chamado – ACÚMULO INTERMEDIÁRIO.

Não estou exagerando quando chamo de monstro, pois quando esse fenômeno acontece significa que não existe equilíbrio nas operações da peça que está sendo fabricada.

O acúmulo de peças entre as operações significa trabalhar em algo que não agrega valor ao produto porque estão sendo feitas além da capacidade da próxima operação. Vamos dar exemplo para maior compreensão – se tenho uma operação que poderei fabricar 50 peças por hora, porque fazer 70 peças na operação anterior? Perda de tempo, jogar mão de obra na lata do lixo. Seria, nesse caso, mais interessante que ao invés de fazermos 70 peças, a costureira só faria 50 e o restante do tempo aproveitar em outra operação de forma equilibrada. Isso é produzir com inteligência.

Equilíbrio esse é o termo mais adequado para mantermos a produção com custo operacional baixo.

O japonês com sua filosofia do Just-in-time já nos ensinou essa técnica que nossas fábricas insistem em não aprender. Esse método está muito ligado ao conhecimento das nossas líderes de produção que por terem preguiça de “pensar” acabam onerando os custos de fabricação.  


Ao lado da má qualidade o acúmulo intermediário é o maior inimigo que temos que combater com todas as forças para que possamos produzir toda capacidade do setor de costura. O resto é brincar de produção, fator que vem contribuindo e muito para os resultados tirarem o sono do empresário confeccionista.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O DESPREPARO DA LIDERANÇA

Impressionante como as encarregadas de produção não conseguem entender a necessidade de se trabalhar o produto como um todo e não simplesmente a operação isoladamente.

Vejo, com frequência, a costureira “perder” tempo executando uma operação desnecessária só porque é boa em tal operação. Toda vez que uma operação é feita a mais do que a próxima pode absorver estaremos perdendo mão de obra. Prefiro uma costureira trabalhando a 70% de eficiência em uma operação que resultará em peça pronta do que estar trabalhando a 100% em outra que simplesmente acumulará dentro do processo produtivo, só porque ela é boa nessa operação.

Absurdo a forma de administrar. Essa encarregada não está enxergando o custo operacional, perde, muitas vezes, operadoras excelentes em operações que nada agregam ao produto final.

Certamente a empresa está precisando investir em treinamento a essa líder que por falta de conhecimento ou até mesmo visão compromete os custos do produto chegando até a inviabilizá-lo economicamente. Dois caminhos – a líder será treinada e aplicará a atenção na peça como um todo ou deverá ser substituída.

É necessário ressaltar que o objetivo da fábrica não é que o grupo tenha eficácia, mas sim ser eficiente, fazendo todo processo de maneira a objetivar os lucros da empresa. Senhores leitores, estou falando de líder com um pouco mais de visão e não aquela liderança que tínhamos de 20 ou 30 anos atrás.   

Ser líder de costura hoje exige muito mais do que no passado, onde tinha-se o único objetivo – fazer com que a costureira “rodasse” máquinas o mais rápido possível. Já escrevemos em outras matérias que isso não é produzir...


Infelizmente encontramos nas nossas confecções lideres muito fracas, despreparadas e sem condições de atender as necessidades da empresa. Quem é o culpado? Não sei! Só sei que os diretores mudam esse comportamento da liderança ou sua fábrica estará na mão de uma encarregada despreparada...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MELHORIA NO MÉTODO DE COSTURA

Muitas operações de costura em nossas fábricas são complexas e não recebem, por parte da liderança, o estudo que merece para que se possa diminuir os tempos padrões.

Os cronometrista têm a obrigação de estudar a operação antes mesmo de levantar os tempos da mesma, pois isso poderá reduzir sobremaneira o custo operacional da fábrica. De nada adianta simplesmente obter o tempo da operação se a mesma não está sendo feita de maneira racionalizada.

O tempo da operação é determinante para obtermos as metas de fabricação e desta maneira quanto menor for esse tempo, maior será nossa produção.

Acontece que o cronometrista, na maioria dos casos, não tem o conhecimento necessário para determinar a melhor maneira de se fazer ou ainda não tem apoio da liderança para tal atitude.

Não podemos desprezar também aquela estilista que não permite que uma operação seja alterada para que o setor produtivo ganhe tempo, mesmo que isso não altere a estrutura da peça. Considero que essa estilista é infantil e não enxerga a importância do custo operacional causando muitas vezes a inviabilidade daquele produto economicamente. Sem dúvidas essa estilista está mais preocupada com a vaidade do que propriamente com o profissionalismo.

Ter uma peça bonita é fundamental, assim como ter uma peça com preço de fabricação baixo.

Dois são os fatores que nos levam à uma compra – qualidade e preço.

Melhorar o processo de fabricação é obrigação do departamento de produção e sem dúvidas isso contribuirá com a redução do seu preço que por sua vez permitirá uma venda maior.


Treine, melhore a maneira de fabricar, baixe tempos operacionais e seja feliz...