MERCADO RUIM OU PRODUTO RUIM ?

Toda vez que vivemos uma crise, alguns empresários aproveitam para justificar a incapacidade da sua gestão, dizendo: - “o mercado está péssimo”. Realmente o momento não é para brincadeira, porém isso me dá o direito de pensar que parte dessa responsabilidade é desse empresário, pois vejamos – pergunto: - será que esse empresário já olhou para dentro da fábrica?  Como está a qualidade do seu produto? E o preço?

Qualidade é o ponto de partida para o sucesso da empresa, já falamos sobre isso...

O preço está diretamente ligado ao aproveitamento dos recursos internos, como por exemplo, ser eficiente no processo de fabricação...

Se a qualidade é boa, o preço é bom, então pode ter certeza que sua empresa sairá na frente dos concorrentes e por pior que esteja o mercado, você sobreviverá.

Acontece que o seu produto está sem qualidade, não seduz o consumidor, seu preço então nas alturas, pois saiba que o seu cliente já não quer mais pagar a ineficiência da sua fábrica, portanto – vendas péssimas...

E você vem me falar em mercado ruim?

Mercado ruim ou fábrica ruim?

Isso! Não faça nada, fique pelos cantos chorando, dizendo que o governo é culpado e você vai ver o que acontecerá. O fim desse filme é triste...

Mude seu comportamento, saiba que em épocas de crise as grandes empresas aproveitam para crescer. Quando falo em grandes empresas não estou me referindo à grandes fábricas até porque costumo chamar de grande aquela com atitudes, com pessoal profissional, independente se tem 1.000 funcionários ou apenas 10.

Henry Ford já dizia a muitos anos – “A empresa para ter sucesso precisa de: - um produto com qualidade, com custo operacional baixo e pagar ótimo salário a seus profissionais.

Sua empresa tem praticado esse conjunto?

Se a resposta foi negativa, então não me venha reclamar do mercado...

                

TREINAMENTO - SEGUNDA PARTE

Fico admirado e surpreso observando as “barbaridades” que certos profissionais de Staff cometem nas fábricas que visito.

Erros infantis, grotescos e inadmissíveis que custam muito caro para a empresa.

Acontece que o diretor ou gestor dessa empresa não percebe o dinheiro “indo pelo ralo” porque sua falta de visão é assustadora. Seus profissionais são de uma incapacidade enorme, mas ele (diretor) não faz nada, porque dispensar esse profissional “custa caro”.  Acorda senhor empresário, caro é permitir que esse “projeto” de profissional cometa erros que levarão sua empresa para o abismo. ACORDA...

Sugiro que invista em treinamento para esse seu líder, caso ele possua condição de absorver o treinamento.

Acontece que esse diretor também acredita que não precisa treinar sua equipe.

Pois bem, se você faz parte desse time, meus pêsames, sua empresa certamente está com os dias contados.

Treinar, treinar e treinar.... Única saída para bons resultados, agora se você acha que treinamento é custo sinto muito, sua condição de empresário está chegando ao fim...

MOTIVAÇÃO

Assunto fácil sobre um aspecto e muito difícil em outros.

Fácil por ser a essência da vida. Alguém só consegue algo se estiver motivado para tal.

Difícil por ser singular. A motivação é algo que se apresenta de maneiras diferentes entre as pessoas. O que motiva uma pessoa pode não servir de motivação para outra.

Com essa afirmação quero dizer que o nos leva a ficar motivados são razões diferentes.

Erroneamente muitos acreditam que motivar significa bem material, dinheiro, por exemplo. Não podemos dizer que o dinheiro não é um motivador, só se fossemos hipócritas, porém ainda não é a chave do sucesso da motivação. Se isso não fosse verdade os ricos não teriam mais motivos para viverem entusiasmados.

Então pergunto: - o que nos motiva?

Vou responder com total segurança – “ o que nos motiva é enxergar a possibilidade de realizarmos um sonho”.

O homem é cheio de sonhos, aliás isso move sua vida, seus objetivos, suas metas e a realização deles pode ser um momento de exstasse. Sabem aqueles momentos que vivemos e percebemos que esse viver vale a pena? Precisamos ser felizes e só com sonhos realizados conseguimos essa façanha.

Nossos sonhos começam na infância. Na espera do papai Noel, por exemplo. Quando o garotinho cria a expectativa e quanto seus pais aproveitam essa situação para barganhar. Coma legumes que o papai Noel vem, tire nota boa em matemática que o presente está garantido... Trocas! Esse simples ato provoca uma motivação para se comer legumes ou tirar notas boas na escola. De repente... sonho realizado.

Crescemos e os sonhos mudam, mas continuam fazendo parte de nossas vidas. Que bom, pois que seria de nós se não tivéssemos sonhos a realizar?

Na verdade, por essa razão que é um assunto delicado, pois cada pessoa tem sonhos diferentes, sendo assim, motivação ímpar.

Vamos imaginar num local de trabalho onde a motivação é a responsável pelos resultados, e isso é um fato concreto, só teremos resultados satisfatórios se a equipe estiver motivada. Com certeza o líder dessa equipe só conseguirá extrair o máximo de seu funcionário se conhecer seus sonhos, para tentar ajuda-lo a conquistar tais sonhos.

Vocês devem estar pensando que sou louco.... Pode até ser. Não estou querendo dizer com isso que esse líder deverá realizar os sonhos do seu funcionário, mas poderá muito bem conhecê-los e ajudar atingir esse objetivo. Isso sim é motivador.

Precisamos mudar nossa postura. O líder pode estar pensando – “é só o faltava, eu com tantas tarefas a realizar agora tenho que saber dos sonhos dos meus subordinados”? Tem sim, você não é líder? Como liderar alguém se você nem sequer o conhece direito? Motivá-lo? Como?

Não existe mais aquela cenourinha que se amarrava na frente do burro para que ele puxasse a carroça mais rapidamente, os tempos mudaram, as pessoas mudaram, as necessidades mudaram, então como você está querendo ter atitudes de líderes do século passado?

Acontece que a medida em que a vida nos apresenta dificuldades costumamos “jogar a toalha”, falta motivo para brigar pelas coisas que acreditamos, falta “garra”, falta “vontade”, falta “disposição”, falta “comprometimento”. Infelizmente é mais cômodo desistir, deixar “rolar”, vamos ver como fica. Isso só pode ser cultural. Nossa liderança está muito fragilizada, aliás o que falta para esse país sair do “lixo” em que se encontra são líderes. Quem é o líder do país hoje? Se você ousou em pensar numa pessoa, cujo nome me recuso a pronunciar, vou dar uma gargalhada...               

Me propus a falar de motivação, mas estou falando muito mais de líder, isso porque não acredito em motivação sem líder forte.

Agora vamos partir para a automotivação. Evidentemente que só se consegue motivar uma equipe se você (líder) também estiver motivado. Como motivar alguém se sua autoestima está baixa, por exemplo?

Uma coisa curiosa é considerar que a motivação não vem sozinha, mas sim acompanhada de alegria, bom humor, felicidade, força interior, comunicação, dedicação, comprometimento, emoção, garra entre outras “palavrinhas” mágicas.

Estar motivado não significa a ausência de problemas, mas sim confiança em resolvê-los e dessa confiança vem a coragem, a garra.

Acreditar que por maior que seja o problema, poderemos resolvê-lo, vencê-lo e desta forma nos “turbinar” para o próximo desafio.

Força, acredite no seu potencial, enfrente seus “fantasmas” e estará pronto e motivado para ganhar o “próximo jogo”...

Boa sorte...

RACIONALIZAR PARA GANHAR

Muito têm me chamado a atenção a falta de estudos operacionais no setor de costura de nossas confecções. Tenho visto as operações sendo feitas sem técnica.

Provavelmente isso acontece porque nossos cronoanalistas só têm se preocupado em levantar os tempos das operações, mas não buscam a melhor maneira em fazê-las. Faltam aparelhos, guias apropriados, enfim ferramentas que permitam que a operação seja melhor executada tanto no que diz respeito à qualidade quanto ao tempo padrão.

Evidente que um aparelho, muitas vezes, auxiliará a costureira a produzir com mais qualidade e além do mais executar a tarefa em menor tempo. Nunca se esquecer que o que define o sucesso de uma empresa é o conjunto da qualidade do seu produto com o preço desse produto.

A racionalização das operações dentro do setor de costura é o caminho mais curto para redução dos nossos custos operacionais, pois quanto mais rápida a operação menor o tempo padrão da peça a ser fabricada e consequentemente maior será a meta desse produto no processo produtivo. Resultado – custos mais baixos.

Vamos por partes. Porque o cronoanalista não estuda a operação? Porque simplesmente se limita a levantar o tempo da forma que está se fazendo essa operação? Preguiça? Falta de capacidade? Falta de comprometimento? Ou algo parecido? E a liderança é conivente? Não enxerga?  

É minha gente, feliz a empresa que tem profissionais comprometidos, aqueles que realmente buscam fabricar com redução de custos. Esse profissional está cada vez mais raro e muitas vezes não são valorizados. Uma pena, pois a empresa que costuma dar valor para esse trabalho é aquela que sai na frente dos concorrentes.

Que tal virar esse jogo?

Tenham certeza que vale muito a pena iniciar um trabalho de racionalização no processo produtivo, pois quando você tem qualidade e preço não existe mercado ruim. Talvez aí esteja uma oportunidade para enfrentar essa crise que tomou conta o nosso país...