Existe um vocabulário que não cabe mais à um processo
produtivo eficiente. Tenho certeza que todos os leitores dessa coluna já ouviram
pelo menos uma vez, alguém dizer coisas do tipo: -
“Vai adiantando a operação”; ou a costureira se dirige à
encarregada e pergunta: - “o que eu faço agora”? Ou ainda –“ o tempo dessa
operação foi tirado de outra costureira, eu não tenho prática”; assim também
você já ouviu muito: - “agora tenho que ter qualidade? Faço bem feito ou faço
rápido”? “ Isso é muito difícil, precisamos preparar”. “Vamos criar um acúmulo
aqui para a próxima operação não parar”... Frases malditas que eliminam a
chance de ter boa produção.
Acredito que você não se assustou, pois isso é muito
frequente em fábricas ineficientes. Quem é o responsável? Poderia dizer que é a encarregada, ou a
gerência ou o diretor da empresa, ou mesmo todos juntos...
Se isso está acontecendo em sua fábrica tome cuidado porque
fatalmente o fim desse filme é muito triste. Acontece que existem pessoas que
acham que “sabem tudo”, são teimosas e nunca gostaram de “estudar” a
produção... Eu disse estudar. É uma matéria que precisa de muito estudo, não de
curiosos que “matam” as fábricas por aí, como tenho visto...
Ninguém é obrigado a saber tudo, concordo, mas é obrigado a
aprender, estudar, ser curioso, reinventar processos, procurar ser eficiente,
trabalhar em prol da manutenção de regras e obedecer às normas e procedimentos
que foram criados.
Não estou exagerando, podem ter certeza, se isso tudo não
for eliminado dessa fábrica, aí sim, teremos uma frase maldita – “ a empresa
quebrou”...
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