sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A FALTA DE SEQUÊNCIA NO PROCESSO PRODUTIVO

Tenho até me tornado repetitivo quando afirmo que produção é sequência, a ausência de interrupções no processo. Isso é uma verdade, porém sou obrigado a repetir essa afirmação porque noto que as empresas não têm levado muito a sério esse fator.

A continuidade ininterrupta no abastecimento das células de trabalho oferece a oportunidade de bons resultados. O que tenho visto, infelizmente, é um vazio na produção entre o término de um produto e o início do outro.

As células ficam vazias, tornando ociosas as costureiras do final do processo. Costureiras paradas porque as primeiras operações não abasteceram as últimas, isso em virtude do novo produto entrar tardiamente no grupo.

Muito tenho combatido os acúmulos de peças no meio das operações, porém a falta do abastecimento é tão grave como esses acúmulos. Sempre digo – “não podemos deixar peças acumularem e nem faltarem à operação posterior” – trabalhar como digo – no fio da navalha.

É importante salientar a responsabilidade dessa atitude – a liderança em conjunto com um PCP atuante e atento ao abastecimento pleno.

A falta de sequência no processo produtivo tem sido um dos grandes responsáveis pelos resultados ruins. A célula deverá receber o novo produto mesmo antes de terminar o anterior. Digo que esse é o único momento em que o grupo trabalhará com mais de um modelo simultaneamente.

Então vamos ditar uma regra – “ Um bom abastecimento, frequente e contínuo é o primeiro passo para obtermos resultados desejados”

Bom abastecimento e boa sorte... 

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

PRODUÇÃO VERSUS ADMINISTRAÇÃO

Vou aqui “defender meu peixe” – a produção.

Até parece que esse setor é o responsável total por tudo que acontece de errado na empresa. Claro que muitas vezes o péssimo desempenho do setor compromete os resultados, mas garanto que quase sempre a produção é vítima da má administração da empresa. Porque digo isso? Vamos por partes, o setor de produção é a última fase do processo. Antes da produção estão outros setores como – PCP, compras, criação, setor de vendas, etc.

A produção não tem margem de erro no que tange à prazos de entrega dos pedidos, pois quando começa a trabalhar já é tarde demais. Tarde porque os setores anteriores já consumiram todo tempo. 

Compras não comprou na hora certa, o setor de vendas não sabia da capacidade produtiva e prometeu entregar o pedido, mesmo sem tempo hábil para produzi-lo, o PCP por sua vez não preparou os aviamentos, não programou a produção obedecendo seus recursos, enfim, vocês acham que a “culpa” é da produção?  Não, podem ter certeza, mas também tenham certeza que a produção será responsabilizada e chamada de ineficiente.

Os prazos de entrega de pedidos deveriam obedecer a capacidade produtiva, mas por falta de informação ou mesmo de “achismo” dos administradores faz com que o setor produtivo amargue a fama de incompetente.

Já tratamos, em outras oportunidades, a diferença entre capacidade e necessidade. Nem sempre a capacidade produtiva é suficiente para atender uma necessidade de entrega de pedidos. Também já sugerimos as soluções para esses casos, o que não podemos fazer é sangrar a produção como se fosse a única responsável.

Estou sim defendendo a produção, pois muitas vezes percebo injustiça a esse setor, que por natureza já é sacrificado. 

Produção e administração (principalmente o PCP) não são inimigos, muito pelo contrário, devem realizar um trabalho em conjunto muito grande para que possam atender bem os clientes, mas sinto que agem como se fossem adversários, um acusando o outro, medindo forças e desta forma destruindo toda chance de bons resultados.


Vou afirmar e sem medo de errar – “toda fábrica que tem uma produção eficiente é aquela que tem um PCP forte e atuante”...

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A FELICIDADE NO TRABALHO

O trabalho não é um castigo, mas sim algo que deve nos encher de prazer e alegria. Deveria ser assim, porém existem pessoas que praticamente odeiam esse verbo – trabalhar.

Quando o profissional faz do trabalho um hobby, podem ter certeza – será feliz, contribuirá para resultados altamente positivos e conseguirá passar uma energia muito boa para os que estão em sua volta. Quer melhor?  

Infelizmente a maioria das pessoas considera o trabalho uma obrigação e um meio de ajudar na renda familiar. Não sejamos hipócritas, precisamos da recompensa financeira para podermos viver, porém esse não deve ser o único motivo para se trabalhar.

Tenham certeza, amigos leitores, todo trabalho feito com prazer e alegria será sempre aquele que renderá os melhores resultados, além de nos fazer felizes.

Não se esqueça nunca de que você tem “obrigação” de ser feliz. Lute por isso, busque isso a qualquer custo e dentro dessa filosofia envolva seu trabalho.

Ame o que faz, pois só assim fará bem feito...


Seja feliz!

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA INDÚSTRIAS DE CONFECÇÃO

A Schumacker Consultoria de Produção Ltda., sentindo a grande carência de profissionais treinados para atuarem em nossas confecções comunica a todos os interessados que montará escolas de profissionais para atuarem no setor.

Inicialmente serão escolas espalhadas pelo interior do Estado de São Paulo, onde essa necessidade é ainda maior. Começaremos pelo Vale do Paraíba, mais precisamente Taubaté e depois deveremos espalhar por outras cidades.

Diversos serão os cursos de qualificação, tais como – modelagem, cronometragem, mecânicos de máquinas, costureiras, profissionais de PCP, treinamento para encarregados de produção, entre outros.

Os leitores dessa coluna interessados já poderão entrar em contato conosco através do telefone (11) 985885458 ou pelo e-mail – jrsconsultoria@terra.com.br para futuros agendamentos de treinamentos e formação de turmas.


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O TAMANHO IDEAL DO GRUPO DE COSTURA

Muitos têm me perguntado qual o tamanho ideal para se formar um grupo de costura. Costumo responder que não existe ideal. O importante é que sejam analisadas algumas variáveis conforme o produto que se fabrica.

O fundamental é que não se permita gargalos de máquinas para um melhor aproveitamento da mão de obra. Não posso permitir acúmulos entre as operações, isso significa que teremos que ter um equilíbrio entre as fases do processo o que nos obriga a ter um estudo para cada tipo de produto que fabrico.

Grupos com muitas pessoas poderão criar subgrupos, o que não permitiria um bom rendimento da equipe. Outro fator que poderá ser negativo, nesse caso, é que o número de minutos de mão de obra nem sempre é compatível com o número de máquinas desse grupo, e desta forma perderíamos mão de obra, pois os gargalos seriam comuns.

Não quero dizem com isso que não poderemos ter grupos maiores, até porque uma das vantagens em ter um grupo com mais costureiras é uma necessidade menor de polivalência dessa mão de obra.

Já um grupo com poucas pessoas exigirá uma polivalência maior dessas costureiras, mas a grande vantagem é ter o produto mais tempo dentro do grupo de trabalho, até porque se o grupo é menor, a meta do produto será menor e desta forma demorará para ser trocado. Lembrar sempre que o momento crítico da produção é a troca de modelos. Em muitos casos é melhor ter dois grupos pequenos do que um grupo grande.

Desta forma não existe uma regra – ter um grupo com mais ou menos costureiras. O que vai determinar essa condição são fatores particulares a cada empresa.

Podemos até passar para vocês leitores uma base do tamanho do grupo em relação aos produtos, mas nada que possa garantir a melhor situação. Sendo assim, poderemos dizer que camisetas básicas - 6 ou 7 costureiras. Já calças jeans – 9 ou 10 costureiras. Soutien – 7 ou 8 costureiras. Calça social – 10 ou 12 costureiras. Calcinha 5 ou 6 costureiras, enfim cada produto poderá exigir um número diferente de operadoras. Isso não significa que esses produtos não poderão trabalhar com números diferentes de pessoas.

O mais importante nesse caso é não permitir que gargalos sejam provocados pelo número errado de pessoas na formação dos grupos.