sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O AMBIENTE CORPORATIVO

Chega a ser curioso o ambiente que as pessoas criam nas empresas.

A energia que deveria ser gasta em projetos, planos de trabalhos e busca de soluções aos problemas do dia a dia é gasto por “fofocas”, guerras internas e atitudes que só contribuem para a destruição do sistema.

Acredito que alguns motivos provocam esse ambiente terrível –
1.       Vaidade do profissional.
2.       Insegurança e medo de perder o “poder”.
3.       Interesses pessoais.
4.       Falta de capacidade para enfrentar os problemas e dessa forma desviar a atenção.
5.       Mau caráter.

Seja como for as fábricas (principalmente de confecção) estão repletas de líderes incompetentes que procuram sempre um culpado para sua ineficiência.

Muitos gerentes e supervisores, assim como líderes de produção, por exemplo, estão mais preocupados com seus interesses pessoais do que os resultados da empresa, mas esse fato contribuirá ao longo do tempo com o fracasso nos resultados e esse tal profissional será desmascarado, muito embora isso possa levar muito tempo e a empresa só perceber que perdeu depois que a recuperação se tornar difícil.

Mas esse ambiente devastador deverá ser corrigido pela direção dessa empresa. Acontece que curiosamente, em muitos casos, essa direção também participa dessas atitudes. Pasmem leitores, tenho visto muito diretor e “dono” de empresas participarem dessas “fofoquinhas” e desacertos nas fábricas. Até parece que gostam! Seria cômico se não fosse trágico...


A competição pela conquista do mercado é cada vez mais forte. Nossos concorrentes estão cada vez mais agressivos, estão se preparando com mais eficiência à medida em que o tempo passa, portanto aconselho que sua empresa gaste todo o tempo possível em melhoria de processos, treinamento na mão de obra, redução de custos operacionais, tecnologia, eliminação rápida de problemas, busca de excelência na qualidade, planejamento e controle de resultados e não em fofoquinhas e protecionismo vergonhoso que costumo ver em nossas fábricas...

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

QUEBRA DE REGRAS

Existem administradores que lamentam o tempo todo, mas não admitem que seu fracasso está diretamente ligado ao seu péssimo hábito de não seguir regras. Estou me referindo especificamente a produção.

Qualquer método que a empresa resolva adotar no seu processo produtivo está baseado em regras que deverão ser seguidas a qualquer custo. Nosso método, a TEG (Tecnologia de Eliminação de Gargalos), por exemplo, adota uma cartilha com quarenta regras claras para manutenção do sistema.

Nenhum sistema faz milagres, mas devem ser administrados. Acontece que os líderes, supervisores ou gerentes de produção quase nunca são fiéis à essas regras e dessa forma não adotam corretamente o sistema. Conclusão – é mais fácil dizer que o sistema não funciona e fazer tudo conforme a conveniência do momento.

Regras foram feitas para serem seguidas e não quebradas.

A indústria de confecção de um modo geral sofre muito com as atitudes incompetentes de seus administradores que sabem que estão errados, quando quebram regras, porém nunca creditam o fracasso a esse fator. Resultados medíocres.

Como consultor me surpreendo com a fraca atuação dos comandantes da produção que resolvem trabalhar com os braços e não com a cabeça. Acreditam que trabalho é uma questão de “arregaçar as mangas e descarregar o caminhão” quando deveriam estar preocupados com a estratégia.

A Tecnologia de Eliminação de Gargalos é um método onde se busca otimizar os recursos da fábrica. A otimização desses recursos permite um melhor aproveitamento de mão de obra e equipamento, mas para que isso possa se tornar um fato real será necessário um conjunto de normas e procedimentos que jamais poderão ser quebrados. A medida em que as normas não forem obedecidas, nos distanciaremos de nossas metas. Isso é um fato.

Precisamos ser disciplinados! E convenhamos essa não é uma prática muito comum em nossas confecções. Percebe-se que não existem padronizações, percebe-se também que se executa uma tarefa de uma forma hoje e amanhã a mesma tarefa é realizada de forma diferente.

Temos falado muito nos “dez mandamentos da produção”, porém não é seguido na maioria das confecções.

Costumo voltar a empresas por onde prestei consultoria e percebo que na maioria delas o tempo “mata” as técnicas que foram adotadas. Evidentemente os resultados começam a despencar assustadoramente. Retomo o trabalho, adotamos novamente as regras e tudo volta a funcionar corretamente. Aí pergunto – porque deixar que as regras sejam quebradas?

Não existem milagres, mas o que deve existir é um trabalho sólido, com garantia de sucesso, e para que isso possa acontecer as regras devem ser cumpridas...

Não se esqueça – disciplina – essa é a palavra mágica que poderá solucionar seus problemas.

Regras e boa sorte...



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

TAYLOR VERSUS CHAPLIN

A história nos conta que existiam duas filosofias diferentes de enfrentar a rotina árdua de uma fábrica.

A primeira, adotada pelo Taylor, era aquela que ditava as regras da força, onde o “chefe” mandava e seus subordinados obedeciam, sob a pena de serem dispensados quando o contrariassem.

A segunda que era defendida pelo grande gênio Chaplin, advogava em favor da participação dos subordinados nas decisões que eram determinadas pelo “líder”.

Vejam que quando me referi à Taylor disse “chefe” e quando mencionei Chaplin disse “líder”.

Isso já mostra a diferença entre as maneiras de se administrar, pois chefe “manda”, enquanto líder “orienta”.

Muito bem, vamos mais a fundo na comparação dessas duas filosofias -  o mundo está se transformando muito rapidamente, isso significa que se um dia as ideias de Taylor foram valiosas, hoje estão ultrapassadas. Quanto mais o tempo passar, mais serão necessárias as novas maneiras de se administrar e sendo assim lembre sempre – “o centro de tudo é o ser humano”.  Na medida em que ele for valorizado os resultados serão consequência. Nunca duvide da capacidade do seu funcionário, nunca deixe de acreditar que ele será capaz, mas incentive-o, ajude-o a buscar todos os objetivos e metas. Isso fará a diferença...

Que existem pessoas que não merecem essa consideração, isso não duvido, porém não poderemos nivelar “por baixo”. Não é porque existe alguém ruim que considerarei todos ruins. Se todos os seres humanos fizessem o que deveria o mundo seria melhor, sem dúvidas, não é por isso que deixarei de acreditar no “homem”.

O tempo passou e pôde nos mostrar que entre essas duas filosofias (Taylor e Chaplin) seguramente o Chaplin tinha razão. O funcionário precisa ser valorizado, motivado e seguramente os resultados serão consequência dessa maneira de agir. Evidentemente existirão exceções, mas posso garantir que não estamos cuidando de exceções, mas sim de regras. E essas regras dizem que precisamos acreditar nas pessoas, elas farão a diferença.

Empresário do segmento de confecção, por mais difícil que possa parecer de uma chance para sua empresa, acredite no seu funcionário, valorize-o, motive-o, adote a filosofia do Chaplin e logo poderá colher os frutos desse plantio saudável que hora está praticando.

Coração, vibração, enfrentemos os problemas de “peito aberto” e tenha certeza que terá motivos de sobra para comemorar num futuro bem próximo...

Boa sorte, você vai precisar...


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

PEÇA PILOTO E FICHA TÉCNICA

Recentemente, em uma das nossas matérias, abordei a necessidade forte da informação para podermos tomar as decisões acertadas. Porém é evidente que as informações precisam ser corretas, pois caso contrário a possibilidade de decisões erradas serão muito grandes.

Estou me referindo, mais explicitamente, sobre as peças pilotos e as fichas técnicas que nem sempre são “fiéis”.

Tenho visto peça piloto que não reflete o “verdadeiro” produto. Em primeiro lugar é necessário entender o que significa uma peça piloto. Peça piloto, na minha maneira de pensar é aquela que serve como padrão ou uma amostra do que deverá ser a peça na produção.

Acontece que nem sempre isso é verdade. Conclusão, ninguém confia na peça piloto ou pior, quando se confia, a produção toda acaba sendo comprometida, pois existiam alterações nisso que chamam de piloto e não foi informado. Não existe peça piloto com observações, das duas uma, ela é piloto e deverá ser copiada ou não poderá ser chamada de piloto. Piloto errada, joga-se fora e faz-se outra correta. Resultado – produção toda errada, pois copiou-se a peça piloto. Informação errada. Os setores de produto têm preguiça de fazer outro piloto e não informam a produção as alterações que esse piloto sofreu.  Simplesmente lamentável...

Assim como a peça piloto não é confiável a ficha técnica do produto também não é.

Fale para uma líder do setor de costura que ela deverá confiar na ficha técnica e ela dará uma gargalhada. Mais uma vez lamentável... Essa tal “ficha técnica”, assim como a peça piloto, é cheia de informações imprecisas, não é merecedora de confiança. Seguramente é isso que a líder vai falar.

Aí me acho no direito de perguntar – “ para que termos peça piloto e ficha técnica se ambas não são merecedoras de crédito”?

Podem ter certeza que as informações erradas geram mais problemas do que a falta de informações. 

Depois algum “engraçadinho” vem me falar que a costureira é a culpada dos péssimos resultados que temos obtidos? Seguramente não temos um problema na produção, mas sim no “pré-produção”.

Ah, isso está me “cheirando” a vaidade do pessoal da criação que “nunca erra”...


Coitada da nossa costureira que vai  acabar pagando o pato...