sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A FUNÇÃO DA DISTRIBUIDORA DE PRODUÇÃO

Muitas vezes a performance da distribuidora de produção, dentro do processo produtivo, acaba sendo mais importante do que a costureira. Não são poucas as vezes que me deparo com grupos de costureiras excelentes com resultados medíocres, em virtude de um mal trabalho da distribuidora, assim como grupos de costureiras medianas com resultados ótimos, uma vez que a distribuidora sabe usar corretamente o potencial de cada uma dessas costureiras. Os melhores grupos são aqueles que têm as melhores distribuidoras.

O grande problema está na escolha dessa profissional. Ao contrário do que a maioria das empresas praticam, a distribuidora não pode ser uma simples auxiliar de produção, mas sim alguém que tenha conhecimento do processo e acima de tudo tenha algumas características fundamentais para exercer tal cargo. Ela na verdade é uma líder de produção.

Vamos descrever uma distribuidora eficiente, algo que seria essencial para um bom desempenho dessa que na verdade é o ponto de equilíbrio do grupo de costureiras: -
1.       Deve ser uma pessoa conhecedora do produto e do processo.
2.       Deverá exercer sua função com uma dinâmica forte.
3.       Saber “puxar” produção, motivando as costureiras.
4.       Trabalhar com equilíbrio os tempos operacionais, até mesmo dividindo a meta em 4 (um quarto da hora), aliás matéria essa que já estudamos aqui em nossa coluna.
5.       Deverá ser altamente positiva, sempre mostrando as costureiras que é possível atingir metas.
6.       Uma fiel seguidora de normas e procedimentos, nunca permitindo que regras sejam quebradas.
7.       Não poderá ter medo de costureira (fato muito comum nas distribuidoras que encontramos em nossas confecções).
8.       Saber que sua função é administrar o fluxo de mercadoria evitando dessa forma que acúmulos intermediários se formem entre as operações.

Somente com muito treinamento é que poderemos ter uma distribuidora eficiente e ajudando de forma eficaz a célula de produção. Nunca coloquem nessa função alguém despreparada que acabará exercendo uma função de auxiliar de produção.

Treinamento mais uma vez (advogamos, sempre, em favor de treinamento para qualquer função) é a palavra chave para o sucesso dessa profissional que poderá “arrumar” um grupo que apresenta maus resultados.


sexta-feira, 13 de outubro de 2017

CUSTO DE FABRICAÇÃO - segunda parte

Quero entender como se faz um custo operacional se não se tem o tempo que a peça leva para ser fabricada. No mínimo estranho.

Em se falando de custos, tenho visto muita empresa “chutar” o custo de mão de obra na produção. Fazer o custo é apenas matemática, precisamos da base de informação, para tal. Na produção por exemplo, na maioria das empresas (principalmente as de menor porte) não existe um trabalho de crono análise no sistema produtivo, fato esse que por si só limita a informação.

Pergunto como fazer um custo correto, se não temos o tempo de fabricar tal peça? Impossível! Mais uma vez a falta de dados contribui para que os erros sejam fatais ao sucesso do produto.

Tenho visto que algumas empresas até tentam montar um custo operacional, porém tomam como base o que aconteceu e não o que poderia ter acontecido. Explico melhor –
A empresa produziu 5.000 peças e esse número acaba sendo base para montagem do custo. Erro muito grande, pois o fato de se ter produzido 5.000 peças não significa que esse número não poderia ter sido maior, se trabalhasse com eficiência.

Lembrar sempre que existe uma diferença entre o que se produziu e o que deveria ser produzido. Se existe diferença entre eles, tenha certeza, houve ineficiência no setor produtivo. Acontece que o cliente, ou mesmo o consumidor final não estão mais dispostos a pagar pela ineficiência de sua fábrica. E aí? Pela incapacidade (talvez pela falta de informação do tempo operacional) o custo foi “chutado” e como tudo que é tratado dessa forma –perdeu-se....

Custo correto, assim como planejamento bem feito e pontualidade nas datas de entregas dos pedidos são os fatores que fazem a diferença.

Acredito que você concordará comigo quando afirmo que é fundamental a empresa conhecer seu real potencial produtivo, pois somente assim poderá ter segurança nos preços que está praticando, além de poder corrigir um problema que muitas vezes fica “escondido” na fábrica.

Tenha um cronometrista, esse profissional poderá lhe mostrar a real situação de cada produto em relação aos recursos que você tem a produzir.


Só assim você poderá ter um custo de fabricação correto...

sábado, 7 de outubro de 2017

A IMPORTÂNCIA DO KANBAN NO PROCESSO PRODUTIVO

Difícil quantificar uma perda de resultados na produção, quando nos deparamos com falta de aviamento para produzir o modelo que está em processo. Por mais estranho que possa parecer   isso é muito comum em nossas fábricas. Entrou o serviço na célula, porém “faltou” um aviamento qualquer. Absurdo! Todo o fluxo produtivo foi comprometido. Falha da produção? Claro que não, falha de planejamento, de um PCP que não cuidou dos detalhes, que fazem a diferença.

Já que considerei um fato “comum”, ou seja, vive acontecendo, precisamos nos atentar de forma mais eficiente e considerar serviço para costura somente quando estiver acompanhado dos respectivos aviamentos.

Uma boa alternativa para ajudar o setor de planejamento é a criação de um Kanban, que terá como objetivo cuidar para que a peça seja aviamentada quando sai do setor corte para a costura.

Um controle simples, mas muito eficaz. Ele deverá funcionar da seguinte forma.

Corta-se o produto, separa-se em caixas conforme a meta na costura, coloca-se juntamente com as peças todo aviamento correspondente. Depois armazena-se num espaço determinado e as líderes dos grupos vão abastecendo conforme a necessidade. Evidentemente elas saberão que cada caixa estará acompanhada pelo aviamento. Nesse momento o cartão (Kanban) será retirado da caixa e devolvido ao corte para que esse setor saiba que as peças estão sendo consumidas pela costura e dessa forma providencia-se mais cortes.

Seguramente o setor de costura nunca mais correrá o risco de parar a produção por falta de aviamento.


Experimente, você vai gostar...