quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

A CRONOANÁLISE

 

Acredito que nem preciso falar da importância de se estudar a melhor maneira de executar uma operação no setor de costura.

É comum encontrarmos uma operação sendo feita por duas costureiras, de maneiras diferentes. Cabe ao cronoanalista, antes mesmo de levantar o tempo da operação estudar com a líder, a melhor maneira de executá-la e posteriormente instruir a costureira a operá-la da maneira mais produtiva.

A cronoanalista deverá, sempre que possível, acompanhar o processo produtivo para verificar se as costureiras estão fazendo as operações da forma correta (aquela que foi cronometrada), até para não correr o risco de alterar o tempo e comprometer o resultado da produção. Nem sempre esse trabalho é feito e o que verificamos, ao longo do processo produtivo é que a costureira acaba modificando o método da operação comprometendo assim o fluxo da mercadoria no grupo de trabalho.

De nada adianta simplesmente levantar os tempos operacionais se, cada costureira faz a operação da sua maneira. Lembrar que não existe o “jeito” da Maria ou o “jeito” da Benedita fazer a operação, mas sim o “jeito correto”, e dessa forma as duas deverão usar o mesmo método.

Infelizmente sempre estamos “atropelando” as coisas e não é surpresa ouvirmos gestores dizendo que não dá tempo de estudar a peça, pois já estamos com os prazos “estourando” e dessa forma corremos o risco de perder a data de entrega da mercadoria. Oras, isso é outro problema.... Um problema administrativo que impactou o resultado no operacional.  Pergunto, porque estamos sempre atrasados? PCP ineficientes? Setor de compras, lento? Ah, fica mais fácil dizer que o fornecedor foi o responsável, pois atrasou na entrega da matéria prima e aviamentos. Dane-se a produção, agora é problema deles...

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